Marcas Próprias

Descontos, experiências e marca própria: inflação balança a fidelidade do consumidor

Pesquisa da empresa de dados Neogrid aponta que 55% dos consumidores costumam comprar a mesma marca com frequência, mas apenas 7% se dizem totalmente fiéis

O cenário de inflação persistente, com preços de alimentos acima da média, tem levado os consumidores a rever seus hábitos de compra. Cerca de 70% dos brasileiros afirmam estar mais atentos às ofertas de produtos com marcas próprias nos supermercados, cujos preços são mais acessíveis. É o que mostra o mais recente levantamento da Neogrid, empresa de análise de dados, em parceria com a Opinion Box, especializada em pesquisas.

O estudo “Dados sobre Consumo e Fidelização no Brasil” ouviu mais de 2 mil pessoas em todo o país e traçou um retrato atual do comportamento de compra nos varejos físico e digital.

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Segundo os dados, 55% dos consumidores costumam comprar a mesma marca com frequência, enquanto apenas 7% se dizem totalmente fiéis. O que mais pesa na decisão de compra é a qualidade do produto, apontada por 76% dos entrevistados, mas o preço é importante para 43%, bem como a boa experiência de compra (33,5%).

“O consumidor brasileiro está mais criterioso e disposto a testar novas marcas, inclusive as próprias do varejo, desde que perceba valor real na compra”, afirma Christiane Cruz Citrângulo, Chief Marketing Strategy Officer (CMSO) da Neogrid. “A fidelidade não está mais vinculada apenas ao nome da marca, mas ao custo-benefício que ela entrega.”

Marcas próprias ganham espaço

A percepção do aumento de marcas próprias nas prateleiras está alinhada à movimentação de grandes redes varejistas que buscam ampliar suas margens oferecendo produtos com mais competitividade de preço. Para o consumidor, isso tem representado uma alternativa viável diante do aumento do custo de vida.

Ao mesmo tempo, o levantamento indica que 46% estão satisfeitos com os produtos que levam para casa e 28% muito satisfeitos, sugerindo que, além de economia, há aceitação da qualidade oferecida.

Fidelização no ponto de venda e online

No varejo físico, 52% dos consumidores dizem frequentar com regularidade o mesmo supermercado. A variedade de produtos é o principal fator de fidelização (50%), seguido por descontos (43%) e proximidade (42%). No ambiente digital, o comportamento se torna mais fragmentado: 51% usam uma mesma loja virtual ocasionalmente, 27% com frequência e apenas 4% são fiéis a um único e-commerce.

Além disso, os programas de fidelidade seguem populares: 60% dos consumidores participam de algum sistema de recompensas oferecido por supermercados — e muitos acumulam mais de um. O levantamento mostra que 60% estão vinculados a dois ou quatro programas simultaneamente, e 28% a cinco ou mais, tanto no varejo físico quanto no digital.

Mais diversidade, mais poder de escolha

A pesquisa também indica que 89% dos consumidores gostariam de participar de programas de fidelidade que abranjam múltiplas marcas e redes varejistas, apontando para uma demanda por mais flexibilidade e vantagens reais. “O consumidor quer sentir que está fazendo um bom negócio. Ao encontrar um desconto aliado à boa qualidade, a chance de recompra cresce significativamente.”

O levantamento foi realizado online com pessoas acima de 16 anos, de todas as classes sociais, que são responsáveis — total ou parcialmente — pelas compras da casa. O resultado reforça que, mesmo com hábitos consolidados, o consumidor brasileiro está mais aberto a novas experiências, atento à relação entre valor e benefício e menos preso a marcas tradicionais.

“O consumidor pode até permanecer fiel a marcas de alimentos, apesar da elevação de preços, devido à confiança na qualidade, mas o preço fica mais evidente se os aumentos forem excessivos ou outras marcas oferecerem alternativas de qualidade a preços mais acessíveis, desafiando a fidelidade em tempos de orçamento apertado”, disse Anna Fercher, coordenadora de atendimento ao cliente e dados estratégicos da Neogrid.

Fonte: InfoMoney 

Do Sul ao Sudeste: o plano de expansão da Panvel no Brasil

Com mais de 630 pontos de venda próprios, marca gaúcha tenta se diferenciar da concorrência por meio da marca próprio, que contabiliza 1 mil SKUs

Com 51 anos de história, a rede gaúcha de farmácias Panvel inaugurou recentemente seu 13º ponto de venda em São Paulo, mais precisamente no Conjunto Nacional, na Avenida Paulista. Com essa, a companhia contabiliza, ao todo, 632 lojas próprias distribuídas pelo Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná e pela capital paulista, escolhida como o primeiro lugar de investimento fora da região Sul.

Priscila Franzeck, head de marketing da Panvel, comenta que a estratégia para São Paulo é torná-la vitrine para o restante do País. Somente a nova loja teve um investimento de cerca de R$ 2 milhões. O plano é finalizar o ano de 2025 com a abertura de mais três unidades.

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“Estamos expandindo, mas queremos crescer devagar em São Paulo. Não temos a pretensão de competir, sobretudo porque existem players enormes. Considerando as quatro regiões em que estamos, atingimos 13,2% de market share e a previsão é abrirmos mais 60 lojas neste ano”, afirma.

O Grupo Panvel – dono da rede de farmácias, da distribuidora Dimed e do laboratório Lifar – registrou lucro de R$ 32,5 milhões no quarto trimestre de 2024, conforme dados divulgados no final de março. O montante representa alta de 4,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. Na mesma comparação, as receitas subiram 10,2%, chegando a R$ 1,34 bilhão. O canal de digital respondeu por 21,9% das vendas totais no varejo – superior ao percentual anterior, de 20,4%.

Panvel e diferenciação

A executiva explica que um dos maiores trunfos da companhia é o portfólio robusto de marcas próprias, com mais de mil unidades de manutenção de estoque (SKUs). A abrangência vai de itens infantis, como fraldas e lenços umedecidos, até higiene, saúde e beleza, como maquiagem e dermocosméticos. Ao todo, o mix de loja é composto por mais de 16 mil itens.

“Sabe-se que marca própria traz margem para o negócio. É um business importante dentro da composição da companhia e sempre privilegiamos a qualidade. Por isso, produtos Panvel nos acelerou como marca no RS e nossos novos clientes estão descobrindo isso também”, ressalta.

Nesse sentido, mesmo medicamentos sendo o core do negócio, o segmento de beleza, especificamente, representa a principal estratégia de diferenciação e a marca própria, segundo Priscila, colabora com isso. “Somos, por exemplo, a marca de maquiagem mais vendida dentro da rede, mas, no todo, nossos produtos representam mais de 7% no total da venda da Panvel”, pontua.

A head destaca, ainda, as redes sociais como espaços centrais nos esforços de fortalecimento de marca, sendo alvo de investimentos em awareness: “Em 2025, vamos acelerar ainda mais a questão das redes. Temos olhado como podemos, enquanto farmácia, levar assuntos para dentro do TikTok que as pessoas possam se apropriar. Como medicamentos são assuntos mais difíceis, beleza também nos ajuda a navegar com mais naturalidade”.

Fonte: Meio & Mensagem

Private Label Brazil e Anuga Select Brazil ampliam conexões e oportunidades de negócios

Private Label Brazil e Anuga Select Brazil ampliam conexões e oportunidades de negócios

Os visitantes terão acesso facilitado a ambas as feiras por meio de um serviço de transporte gratuito que interligará os dois eventos, separados por apenas 4 km de distância

A 8ª edição da Private Label Brazil, principal feira de marcas próprias e terceirização da América Latina, será realizada em parceria com a Anuga Select Brazil, referência global no setor de alimentos e bebidas. A colaboração visa potencializar as oportunidades de negócios para os participantes, criando um ambiente estratégico para networking qualificado e alianças comerciais.

Os visitantes terão acesso facilitado a ambas as feiras por meio de um serviço de transporte gratuito que interligará os dois eventos, separados por apenas 4 km de distância. Enquanto a Anuga Select Brazil acontece de 8 a 10 de abril no Distrito Anhembi, a Private Label Brazil será realizada nos dias 9 e 10 de abril no Pro Magno Centro de Eventos.

“Com essa parceria, estamos ampliando o alcance da Private Label Brazil e proporcionando um intercâmbio de visitantes e expositores altamente estratégico. Além disso, nossa programação de palestras e painéis será realizada no espaço da Anuga, permitindo que um público ainda maior tenha acesso a conteúdos de alta relevância sobre o setor de marcas próprias e terceirização. Ainda há um grande potencial inexplorado, e essa integração ajudará na expansão e consolidação das marcas próprias no Brasil”, declara Giulio Rossi, Diretor-Geral da Private Label Brazil.

Mercado de marcas próprias no Brasil e o impacto da parceria

A crescente demanda por produtos de marca própria reflete a evolução do comportamento do consumidor, que busca cada vez mais qualidade e economia. Segundo pesquisa da Nielsen, 34% dos lares brasileiros já consomem produtos de marcas próprias regularmente. De acordo com a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), esses itens oferecem uma economia média de 30% em comparação com as marcas tradicionais.

Apesar desse crescimento, a participação das marcas próprias no setor de supermercados no Brasil ainda é de aproximadamente 7%, enquanto na Europa esse índice ultrapassa 30%. A Private Label Brazil tem como um de seus objetivos ampliar esse mercado, promovendo conexões entre fabricantes e varejistas para fortalecer o setor.

“Os varejistas estão investindo cada vez mais na qualidade e inovação dos produtos de marca própria, tornando-os competitivos frente às marcas tradicionais. A melhoria na percepção do consumidor e estratégias eficientes de marketing e distribuição têm contribuído para o crescimento desse segmento. Com a consolidação desse movimento, a lealdade do consumidor tem se fortalecido, levando os varejistas a expandirem seus portfólios e categorias de produtos”, destaca Rossi.

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A transformação na qualidade dos produtos de marca própria foi crucial para essa mudança de percepção. Rigoroso controle de qualidade, certificações específicas, novas tecnologias e embalagens mais sofisticadas contribuíram para que os consumidores percebessem esses produtos como equivalentes – e, em muitos casos, superiores – às marcas tradicionais.

“A segmentação do mercado tem permitido a criação de linhas premium e produtos voltados para nichos específicos, como orgânicos, veganos e funcionais. O avanço da tecnologia também tem facilitado a personalização e o aprimoramento dos produtos, tornando as marcas próprias cada vez mais competitivas e atrativas para os consumidores. Um dos pontos que chama atenção é também o cuidado com a embalagem, tanto que decidimos dedicar parte do espaço na feira para abordar essa questão. Esse item está diretamente relacionado à valorização do produto de qualidade”, explica Rossi.

Mesmo diante do crescimento acelerado, o setor ainda enfrenta desafios importantes, como a complexidade da cadeia de suprimentos, a garantia de um alto padrão de qualidade e a construção de uma identidade de marca forte. “Desenvolver estratégias sustentáveis para equilibrar custos operacionais, promover inovação e garantir diferenciação no mercado são fatores essenciais para conquistar a confiança dos consumidores e ampliar a presença das marcas próprias no Brasil”, finaliza Rossi.

SERVIÇO

Private Label Brazil 2025
Data: 9 e 10 de abril de 2025
Local: Pro Magno Centro de Eventos – São Paulo/SP
Mais informações: www.privatelabelbrazil.com.br

Anuga Select Brazil 2025
Data: 8 a 10 de abril de 2025
Local: Distrito Anhembi – São Paulo/SP
Mais informações: www.anuga-brazil.com.br

Wegmans aposta em marca própria e sustentabilidade para crescer

Wegmans aposta em marca própria e sustentabilidade para crescer

Rede americana de supermercados quer atrair consumidores com oferta de produtos premium a preços acessíveis, além de reforçar inovação digital

A rede de supermercados Wegmans foi considerada pelo portal Store Brands como uma das 10 redes que deverão se destacar em 2025. Com a expectativa de que o próximo ano dê continuidade à tendência de crescimento dos produtos de marca própria, a Wegmans está bem posicionada para continuar com o pé no acelerador.

A empresa tem enfatizado suas linhas de produtos próprios, como uma forma de atrair consumidores com produtos premium a preços competitivos. Em um cenário de inflação ainda elevada e orçamento apertado, essa é uma combinação eficiente para atrair e fidelizar os consumidores.

Com uma experiência de compra encantadora, em que a visita à loja é uma sobrecarga sensorial, a Wegmans reposicionou seus supermercados nos últimos anos como um local que oferece um grande sortimento de itens frescos e refeições prontas, além de uma seleção cuidadosa de produtos.

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As marcas próprias são essenciais nessa estratégia. Presentes em categorias como hortifrutis, saúde e bem-estar, elas permitem à rede aumentar sua presença nos armários dos clientes, com produtos de qualidade acima ou comparável à das marcas líderes.

Outro aspecto importante é a sustentabilidade. A Wegmans avançou significativamente na redução de sua pegada ambiental, a partir de fontes limpas de energia, redução de desperdício e eficiência energética. Com o aumento da demanda dos consumidores por práticas sustentáveis, a varejista se coloca como uma opção relevante para clientes que priorizam a responsabilidade ambiental.

A inovação digital é mais uma área em que a Wegmans vem se tornando referência no varejo americano. Seu aplicativo oferece experiências de compra personalizadas, permitindo que os clientes busquem produtos, gerenciem suas listas de compras e aproveitem serviços de delivery e pick-up. Aqui, o foco é ser a primeira opção para quem valoriza o uso de tecnologia, ao mesmo tempo em que mantém a loja física como uma espécie de “templo da marca”.

Com esse conjunto de abordagens, a Wegmans, com US$ 12,5 bilhões em vendas anuais em mais de 110 lojas na costa leste dos Estados Unidos, quer continuar a ser a opção número 1 para seus clientes, reforçando seu posicionamento de excelência no relacionamento com os consumidores.

Fonte: SuperHiper 

Como o design de embalagens de marca própria influencia as escolhas do consumidor

Como o design de embalagens de marca própria influencia as escolhas do consumidor

Por Steen Tjarks, CEO da T&T Design , uma agência global de embalagens e arte especializada em marcas próprias

Os produtos de marca própria têm tido um crescimento significativo globalmente, e vejo o design da embalagem desempenhando um papel crucial em seu sucesso.

À medida que as marcas competem pela atenção do consumidor, a maneira como os produtos de marca própria são projetados e apresentados nas prateleiras pode influenciar fortemente as decisões de compra. Na União Europeia, Estados Unidos e Austrália, preferências culturais, regulamentações e cenários de varejo moldam o design da embalagem de maneiras distintas, impactando, em última análise, o comportamento do consumidor.

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Este artigo explora como as variações no design das embalagens afetam a tomada de decisão do consumidor nessas três regiões.

A UE: A tradição encontra a inovação moderna

Na Europa, produtos de marca própria são há muito tempo um item básico dos supermercados, particularmente em mercados como o Reino Unido, Alemanha e França. Acho que os consumidores europeus tendem a valorizar um equilíbrio entre estética e funcionalidade, com embalagens ecologicamente corretas se tornando uma prioridade crescente.

O design de embalagens europeu frequentemente enfatiza:

• Minimalismo e linhas limpas: A preferência por elegância discreta atrai uma base de consumidores sofisticados e preocupados com o preço. Redes de supermercados como Aldi e Lidl se destacam com designs de marca própria que são simples, mas eficazes, sugerindo qualidade sem complexidade desnecessária.

• Escolhas ecológicas: O design de embalagens na UE destaca cada vez mais a sustentabilidade, com marcas alavancando materiais reciclados e branding minimalista. Em alinhamento com regulamentações de sustentabilidade mais rigorosas da UE, estudos mostram que os consumidores europeus são influenciados por embalagens ecológicas, com 59% dos entrevistados agindo negativamente ao que consideraram uso excessivo de embalagens de plástico e 82% mais propensos a comprar um produto se ele vier em embalagem de metal.

• Identidade local e regional: as embalagens frequentemente incorporam elementos regionais, apelando ao sentimento de orgulho local em relação aos alimentos e produtos, um fator-chave no comportamento do consumidor da UE e ainda mais fortalecido por meio de projetos financiados pela UE .

Com base nesses insights, especialmente ao embalar produtos de marca própria para a UE, recomendo que você:

• Destaque a sustentabilidade na embalagem com um símbolo ou rótulo ecológico claro para atrair consumidores ambientalmente conscientes.

• Use designs simples e elegantes para comunicar qualidade sem sobrecarregar o cliente com informações.

• Incorpore elementos regionais na embalagem para se conectar com os mercados locais e criar uma sensação de autenticidade.

EUA: Designs ousados ​​e diferenciados para apelo de prateleira

Nos EUA, acho que o mercado de marcas próprias é fortemente impulsionado pelo apelo visual e diferenciação. Com um cenário de varejo competitivo dominado por grandes redes como Walmart e Kroger, as marcas próprias devem se destacar em um mercado lotado, onde a marca geralmente ocupa o centro do palco.

Nos EUA, os designs de embalagens são moldados por:

• Designs vibrantes e chamativos: os consumidores americanos respondem bem a cores fortes e elementos gráficos . As marcas próprias frequentemente imitam a estética de marcas nacionais, usando fortes dicas visuais para evocar confiança e reconhecimento. Por exemplo, a marca própria Up & Up da Target usa cores brilhantes e designs lúdicos, contrastando com a abordagem frequentemente minimalista vista na Europa.

• Alegações de saúde e bem-estar: As embalagens nos EUA tendem a exibir com destaque informações nutricionais e alegações de bem-estar, respondendo à demanda do consumidor por transparência. As embalagens que incluem rotulagem clara de produtos orgânicos, não transgênicos ou sem glúten influenciam diretamente as decisões de compra, com 60% dos consumidores dos EUA dizendo que tal rotulagem é essencial para sua escolha.

• Conveniência e clareza: também acho que os compradores americanos valorizam mensagens rápidas e claras nas embalagens. Os designs geralmente focam nos benefícios do produto, facilidade de uso e conveniência, com imagens do uso do produto dominando a frente da embalagem.

Com base nessas tendências específicas dos EUA, aqui estão algumas práticas recomendadas para embalagens de marca própria:

• Use cores e gráficos fortes para chamar a atenção, especialmente em ambientes de varejo competitivos.

• Comunique claramente os benefícios para a saúde com ícones e certificações (por exemplo, orgânico, não OGM) para atender à demanda por transparência.

• Concentre-se na conveniência das mensagens, destacando como o produto pode economizar tempo ou melhorar as rotinas diárias, usando imagens relacionáveis.

Austrália: Simplicidade com ênfase no valor

Na Austrália, vejo o design de embalagens de marca própria misturando elementos do minimalismo europeu e da vibração americana, mas com um foco distinto no valor. Os consumidores australianos são altamente conscientes do preço , e isso se reflete nas escolhas de design que os varejistas fazem para suas marcas de marca própria.

As principais tendências de design de embalagens na Austrália incluem:

• Estética econômica : Semelhante à UE, a simplicidade é essencial nas embalagens australianas. Marcas próprias como a linha Essentials da Woolworths focam em designs limpos e diretos que sugerem valor sem comprometer a qualidade. Os consumidores são atraídos por embalagens que comunicam claramente a acessibilidade.

• Sustentabilidade ganhando força: Embora não tão profundamente enraizada quanto na UE, a embalagem sustentável está se tornando um fator maior nas decisões do consumidor australiano. Embalagens que enfatizam materiais recicláveis ​​ou uso mínimo de plástico estão ganhando apelo , especialmente entre consumidores mais jovens.

• Branding claro para valor e confiança: os consumidores australianos, embora conscientes do preço, também buscam garantias de que o produto é de qualidade decente. Os designs de embalagem que equilibram essas duas mensagens — valor e confiabilidade — podem ter um bom desempenho no mercado.

Para equilibrar a necessidade dos consumidores australianos por uma marca clara que sinalize sustentabilidade e economia, você pode procurar:

• Mantenha os designs das embalagens simples e claros, garantindo que elas comuniquem valor e ainda pareçam confiáveis ​​e de qualidade decente.

• Comece a incorporar materiais de embalagem sustentáveis ​​para atrair consumidores ecologicamente conscientes, especialmente os mais jovens.

• Destaque os preços claramente na embalagem para garantir que a acessibilidade seja comunicada na prateleira.

O design de embalagens de marca própria desempenha um papel fundamental na influência das decisões do consumidor, mas a abordagem varia entre as regiões. Na UE, a sustentabilidade e a identidade regional dominam as tendências de embalagens, enquanto nos EUA, designs ousados ​​e diferenciados com mensagens claras de saúde têm precedência. Por fim, acho que a Austrália atinge um equilíbrio entre simplicidade e valor, com a sustentabilidade lentamente se tornando um fator mais significativo.

Ao adaptar estratégias de embalagem para atender às necessidades únicas dos consumidores em cada região, os varejistas podem aumentar a fidelidade à marca e impulsionar o crescimento. A embalagem não é apenas um invólucro — é uma parte crítica da experiência da marca, influenciando a confiança, a percepção e, finalmente, o comportamento de compra em todo o mundo.

Uma ótima embalagem é sinônimo de branding inteligente: faça-a valer a pena onde quer que seu mercado o leve.

Fonte: FORBES

 

62% dos consumidores acreditam que os produtos de marcas próprias oferecem a mesma qualidade das marcas tradicionais

62% dos consumidores acreditam que os produtos de marcas próprias oferecem a mesma qualidade das marcas tradicionais

Paralelamente, 86% dos brasileiros notaram uma redução no tamanho das embalagens de produtos sem que isso representasse queda no preço

O padrão de consumo dos brasileiros tem sido significativamente alterado por fatores como incertezas econômicas, pressões inflacionárias. No país, 81% dos consumidores entrevistados em uma pesquisa conduzida pela EY-Parthenon priorizam a busca pelo custo-benefício nas compras – índice acima da média global, de 72%.

Essa busca por economia também está transformando o mercado de marcas próprias. 62% dos consumidores acreditam que os produtos de marcas próprias oferecem a mesma qualidade das marcas tradicionais, e 32% afirmam estar satisfeitos com alternativas mais acessíveis, que imitam a oferta de marcas premium.

Paralelamente, 86% dos brasileiros notaram uma redução no tamanho das embalagens de produtos sem que isso representasse queda no preço, enquanto 59% só compram produtos de marcas conhecidas quando estão em promoção. Além disso, 64% dos brasileiros preferem consertar objetos ao invés de substituí-los.

O levantamento também expõe a preocupação dos brasileiros com questões financeiras e sociais: 83% pensam constantemente no futuro, 45% estão muito preocupados com suas finanças, 58% temem pela economia nacional e 35% se preocupam com o acesso a necessidades básicas.

Digital ajuda, mas é preciso ter cuidado

Neste panorama, a digitalização ganha destaque como parte essencial na experiência do consumidor. Quase metade dos brasileiros (48%) já se inscreveu em listas de varejistas em troca de descontos, enquanto 77% valorizam frete ou devoluções gratuitas como um diferencial em programas de fidelidade. Outras preferências incluem descontos exclusivos (61%) e sistemas de acúmulo de pontos (56%).

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Entretanto, a expansão das estratégias digitais traz consigo uma crescente preocupação com a segurança dos dados. No Brasil, 77% temem roubo de identidade, 71% estão muito preocupados com violações de dados e hackers, e 66% temem a exposição de informações privadas.

Além disso, questões relacionadas ao uso de cookies e privacidade também acendem o alerta: 75% dos brasileiros receiam que seus dados sejam armazenados de forma insegura, enquanto 72% temem ataques cibernéticos baseados em informações coletadas.

Segundo Natália Sperati, sócia de estratégia da EY-Parthenon para varejo e bens de consumo na América Latina, os números evidenciam que, embora o custo-benefício continue sendo um elemento central, as marcas precisam garantir ambientes seguros para transações e armazenamento de dados, pois o consumidor brasileiro valoriza tanto a economia quanto a proteção de suas informações pessoais.

Fonte: Mundo do Marketing

Raízen estuda vender sua participação nas lojas de conveniência Oxxo

Raízen estuda vender sua participação nas lojas de conveniência Oxxo

Gigante de energias renováveis avalia alternativas para levantar capital e reduzir a alavancagem da Cosan, disseram fontes à Bloomberg News; empresa não quis comentar

A Raízen, joint venture entre o grupo Cosan e a petrolífera Shell, está considerando a venda de uma participação em suas usinas de etanol de segunda geração (E2G) como forma de levantar recursos para novos investimentos e ajudar a Cosan, seu principal acionista, a reduzir o nível de endividamento.

A companhia também avalia a possibilidade de vender sua participação na operadora brasileira das lojas de conveniência Oxxo, que não é considerada um ativo estratégico para os negócios da Raízen, de acordo com fontes próximas ao assunto.

O operador brasileiro das lojas Oxxo é o Grupo Nós, uma parceria entre a Raízen e a mexicana Fomento Econômico Mexicano SAB, que administra a marca de lojas de conveniência em toda a América Latina. No entanto, os varejistas no Brasil enfrentam dificuldades diante da concorrência do comércio online e das altas taxas de juros, o que pode dificultar a venda dessa participação.

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No caso do negócio de E2G, a Raízen estuda a formação de uma parceria em uma nova unidade de negócios que reuniria todos os ativos relacionados, incluindo duas plantas já em operação. O novo parceiro entraria na joint venture ao aportar capital nessa nova unidade de E2G. Com isso, a Raízen poderia deixar de realizar os investimentos recorrentes que atualmente compromete a partir dos seus lucros.

A participação no negócio de etanol foi oferecida a fundos de investimento, segundo as fontes. O E2G é produzido a partir de matéria seca de plantas, também conhecida como biomassa lignocelulósica. A tecnologia proprietária da Raízen utiliza resíduos de cana-de-açúcar para aumentar em 50% a produção de etanol. Segundo uma apresentação disponível no site da empresa, a Raízen já possui cerca de US$ 4,48 bilhões em vendas contratadas.

A Cosan informou aos investidores que todas as opções estão sendo avaliadas para melhorar seu balanço, incluindo a venda parcial ou total de sua participação de 4,1% na Vale. A empresa também considerou vender o negócio de distribuição de combustíveis da Raízen na Argentina.

Fonte: Bloomberg Línea

Marcas próprias no segmento de farmácias devem crescer 16% em 2025

Após queda, setor de artigos farmacêuticos cresce 2,1% em outubro

Com recuo de 1,5% no último mês, segmento consolida trajetória positiva ao longo do ano

O segmento de artigos farmacêuticos registrou crescimento de 2,1% no volume de vendas em outubro, na comparação mensal. O dado é parte da 22ª edição do Índice do Varejo Stone (IVS), que apresenta dados mensais das movimentações varejistas, é uma iniciativa da Stone, empresa de tecnologia e serviços financeiros.

O levantamento tem como base a metodologia proposta pelo time de Consumer Finance do Federal Reserve Board (FED), que idealizou um modelo de indicador econômico similar nos Estados Unidos. São consideradas as operações via cartões, voucher e Pix dentro do grupo StoneCo. O objetivo é mapear mensalmente os dados de pequenos, médios e grandes varejistas e divulgar um retrato do setor nacional.

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Em outubro, o setor de Tecidos, Vestuário e Calçados também apresentou alta mensal de 1,8%, Hipermercados, Supermercados, Produtos Alimentícios, Bebidas e Fumo mostrou sinais de estabilização, com uma queda menor em outubro (0,6% contra 2,8% em setembro) e alta anual de 1,7%. Combustíveis registrou leve queda mensal (0,6%) e alta anual de 2,7%, enquanto Móveis e Eletrodomésticos subiu 1,6% no mês, revertendo parte da queda de setembro (3,5%). Outros setores, como Livros e Papelaria e Material de Construção, também mostraram recuperação mensal, com 2,5% e 5,1%, respectivamente.

Essas e muitas outras informações podem ser encontradas na nova plataforma do Índice do Varejo Stone (IVS), que agora faz parte do portfólio institucional da companhia, fortalecendo a comunicação da marca e trazendo mais clareza para quem acompanha as divulgações.

Destaques regionais

No recorte regional, seis estados apresentaram resultados positivos no comparativo anual: Roraima, Amazonas e Maranhão, que apresentaram crescimento de 9,4%, 8,2% e 6,8%, respectivamente. Em seguida, Santa Catarina, Goiás e Paraná também tiveram alta de 5%, 4,9% e 3,5%. Por outro lado, Mato Grosso do Sul e o Distrito Federal registraram queda de 3,4% e 0,6%, respectivamente.

Segmentos analisados

O Índice de Atividade Econômica Stone Varejo avalia oito segmentos:

1) Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, perfumaria e cosméticos;

2) Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo;

3) Livros, jornais, revistas e papelaria;

4) Móveis e eletrodomésticos;

5) Tecidos, vestuários e calçados;

6) Material de Construção;

7) Combustíveis e Lubrificantes; e

8) Outros artigos de uso pessoal e doméstico.

Fonte: Mercado & Consumo

OXXO apresenta café Andatti, marca própria da rede que chega no Brasil

OXXO apresenta café Andatti, marca própria da rede que chega no Brasil

A novidade tem objetivo de fortalecer a categoria de foodservice e bebidas quentes

Nesta terça-feira (12), a rede OXXO, mercado de proximidade, anunciou o lançamento da sua marca própria de café, a Andatti, presente no México desde 2005. A marca chega nas versões café coado e expresso, além do cappuccino e café com leite em uma collab com a Hershey’s, a novidade chega para integrar o menu de cafeteria e food service da rede.

De acordo com o Ministério da Agricultura e Pecuária, o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos Estados Unidos, sendo um produto carro-chefe de vendas na rede. “Vimos um grande potencial da categoria ser desenvolvida no Brasil para ajudar no posicionamento da marca e potencializar a performance na categoria foodservice como um todo, com a presença de Andatti esperamos que a categoria ganhe uma penetração maior com os consumidores.” destaca Rafaela Trentin, gerente de Foodservice e Padaria do Grupo Nós.

Durante o evento de lançamento, que aconteceu na Avenida Paulista, em São Paulo, Camila Assis, head de Marketing do Grupo Nós, destacou que essa novidade tem como objetivo ter a fidelização do cliente e fortalecer a categoria de foodservice e bebidas quentes da rede. Com previsão de crescer dois dígitos na categoria de bebidas quentes após o lançamento.

“Nosso lançamento exclusivo deste ano e do próximo é Andatti, temos bastante oportunidade de trabalhar essa categoria e trazer um incremento de vendas, os produtos que teremos de gôndolas – café moído, coado e cápsulas – devem chegar no primeiro semestre do próximo ano”, completa Camila.

Loja emblemática

Com a chegada de Andatti, a rede lança uma loja emblemática localizada na Alameda Joaquim Eugênio de Lima 22, Bela Vista, em São Paulo. A unidade terá uma identidade visual da marca do café, destacando a cor amarela e elementos que remetem ao café. A decoração interna foi planejada para criar uma experiência imersiva aos clientes.

 

 

Como o D2C e a logística inteligente estão redesenhando o comércio atacadista

Como o D2C e a logística inteligente estão redesenhando o comércio atacadista

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desenvolveu uma pesquisa sobre o contexto econômico do comércio atacadista e o futuro do setor, com o objetivo de entender melhor como este tem se comportado nos últimos anos e quais são as principais transformações e tendências. Apresentado por Thiago Carvalho, assessor da Entidade, esse foi um dos principais temas da reunião do Conselho do Comércio Atacadista, realizada no dia 22 de outubro.

De acordo com o documento, o modelo Direct to Consumer (D2C) e as empresas atacadistas se adaptando para atuar como operadores logísticos da Indústria já estão gerando transformações no setor. As mudanças no comportamento do consumidor, aceleradas durante a pandemia, bem como os usos da tecnologia e da Inteligência Artificial (IA) também exigiram modificações na operação. Isso indica que o futuro do atacado no Brasil será desafiador e, ao mesmo tempo, trará novas oportunidades.

O modelo D2C permite que marcas e indústrias vendam diretamente ao consumidor final, sem a necessidade de intermediários. Dessa forma, os produtos podem ser oferecidos a preços mais competitivos, uma vez que não é preciso incluir as margens de lucro de atacadistas e varejistas. Além disso, as marcas conseguem coletar dados diretamente dos consumidores, o que representa uma importante vantagem sobre os concorrentes.

Segundo a FecomercioSP, para competir com marcas D2C, empresários estão investindo nas próprias plataformas digitais e em estratégias de marketing direto ao consumidor. Isso inclui o desenvolvimento de lojas online, a implementação de sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (do inglês Customer Relationship Management — CRM) e o uso de IA para melhorar a eficiência logística e a personalização de ofertas.

Logística e gestão de estoque

Ademais, em resposta ao crescimento do D2C, empresas atacadistas estão repensando o seu papel no ecossistema de distribuição. Algumas têm se tornado parceiras das marcas, oferecendo serviços como armazenamento, logística e assistência ao cliente, enquanto outras optam por desenvolver as próprias marcas D2C para conquistar uma parcela desse mercado em crescimento.

Na visão da Federação, investir em tecnologia é fundamental para se transformar em um operador logístico. As ações incluem sistemas de gestão de armazéns (WMS), sistemas de gerenciamento de transporte (TMS) e soluções de rastreamento em tempo real. Esses mecanismos ajudam a melhorar a visibilidade do inventário, a eficiência operacional e a satisfação do cliente.

A percepção da FecomercioSP é a de que muitas empresas atacadistas vão se transformar em operadores logísticos e gestores de estoque, trabalhando em parceria com a Indústria. Atualmente, várias marcas/indústrias priorizam o contato direto com os pequenos e microempresários — e, até mesmo, com o consumidor final. Dessa forma, conseguem ter acesso a informações importantes para as estratégias de negócios. Nesse contexto, as marcas enxergam o comércio atacadista como um parceiro.

Desempenho positivo no pós-pandemia

Para traçar o panorama com as principais tendências e estratégias do comércio atacadista nos próximos anos, a Federação analisou o desempenho do setor, principalmente no período pós-pandemia, com base nas informações da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que o comércio atacadista foi um dos setores que menos sofreu os efeitos negativos da crise sanitária e que se recuperou de forma mais rápida na reabertura e na volta à normalidade. Na opinião da FecomercioSP, parte desse desempenho pode ser atribuído às mudanças do comportamento do consumidor, que, para evitar o contágio, passou a preferir compras online e a demandar mais agilidade nas entregas e, consequentemente, na recomposição de estoques.

Também contribuíram para o resultado positivo transformações como a criação de parcerias de atuação entre essas empresas e a Indústria. Frente a essa necessidade, o comércio atacadista também se destacou ao ser o principal canal de abastecimento das micro e pequenas empresas.

De acordo com as informações do IBGE, a receita operacional do comércio atacadista atingiu R$ 3,4 trilhões em 2022, aumento de 24,4% em relação ao ano anterior. Nesse primeiro ano de volta à normalidade pós-pandemia, foi a maior taxa de crescimento entre os segmentos avaliados, ficando acima do comércio varejista (16%) e do comércio de veículos, peças e motocicletas (20,5%). O número de empresas e o montante de pessoal ocupado também cresceram em ritmo superior ao dos outros segmentos, superando os números de 2019, antes da pandemia.

Segundo análise da FecomercioSP, grande parte das atividades atacadistas apresentou crescimento de dois dígitos da receita, e as que apontaram melhor desempenho estavam ligadas ao cenário de reabertura e volta à normalidade em 2022. São os casos do comércio de calçados e artigos de viagem, por exemplo, que registrou aumento de 47%, e do atacado de artigos de escritório e de papelaria, papel, papelão e seus artefactos, que avançou 55,5%.

Dados mais recentes indicam a continuidade dessa tendência de crescimento do setor. Quanto ao mercado de trabalho, o comércio atacadista gerou quase 98 mil empregos com carteira assinada no Brasil, no ano passado. Entre janeiro e setembro de 2024, já são quase 75 mil novas vagas.

Fonte: FecomercioSP