Araújo expande marca própria e inaugura lojas para bater faturamento

Araújo expande marca própria e inaugura lojas visando faturar R$ 4,4 bilhões em 2024

Uma das apostas da rede de drogarias, que acaba de completar 118 anos, é em produtos de higiene, beleza e bem-estar; segmento tem no Brasil o quarto mercado consumidor do mundo

É de olho em um mercado em franca expansão que a maior rede de drogarias de Minas planeja fechar 2024 com um faturamento de R$ 4,4 bilhões, 17% a mais no comparativo com 2023. Uma das estratégias da Araújo para alcançar o objetivo é apostar pesado nos produtos de marca própria – em cinco anos, lançou cerca de 400 itens exclusivos, grande parte ligada à beleza e ao bem-estar.

Segundo a Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos (Abihpec), o Brasil é o quarto maior mercado consumidor do mundo na área, perdendo apenas para Estados Unidos, China e Japão.

Para Lilian dos Santos Oliveira, professora e coordenadora do curso de Estética e Cosmética das Faculdades Promove, o interesse do consumidor por esses artigos aumentou em virtude da pandemia – já que, no isolamento, muita gente começou a reparar mais em si – e também no rastro das redes sociais, extrapolando a questão da vaidade.

“Está ligado à autoestima, ao tratamento da depressão, à superação de problemas com a própria imagem… O cuidado que essas pessoas têm na parte de higiene e estética é de extrema importância para manter a autoestima elevada e o bem-estar em dia. Não é só uma questão de vaidade, mas de saúde mental, emocional e psicológica”, diz.

Mix

A marca própria da Araújo inclui sabonetes, óleos essenciais, lenços umedecidos, hidratante corporal e afins, mas também chega a categorias como alimentação, dentro de uma proposta ousada da rede: ter “tudo” (ou quase) que o cliente procura. Seguindo esse raciocínio, as 240 lojas na capital e Grande BH e as quase 340 espalhadas por 60 municípios do Estado oferecem ainda serviços de check-up, vacinas, testes, orientações e encaminhamento médico.

Este ano, o plano é investir R$ 150 milhões na própria expansão. Depois de inaugurar a segunda de três filiais em Ipatinga, no Vale do Aço, a Araújo pretende encerrar o primeiro semestre com atuação em Patrocínio e Ponte Nova e mais unidades em Três Corações, Esmeraldas e Curvelo.

Confira a reportagem no portal Hoje em Dia.

 

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Como as marcas próprias impactam os negócios das farmácias?

Como as marcas próprias impactam os negócios das farmácias?

Com um portfólio diverso e mais sofisticado, produtos ajudam na fidelização e agregam valor para as farmacêuticas

Valeria Contado (Meio & Mensagem) – As farmácias se tornaram centros de conveniência para os consumidores. Com formas de entender os hábitos de consumo de cada um, essas empresas conseguem acompanhar de forma mais precisa a jornada de compras da população. Por isso, muitas redes têm evoluído na criação e desenvolvimento de marcas próprias. Esses ativos são importantes para a geração de valor e rentabilidade para as varejistas do setor farmacêutico.

Com um portfólio diverso e cada vez mais sofisticado, os produtos ultrapassam a linha de medicamentos. Muitas farmácias possuem, atualmente, produtos de beleza, higiene, cuidados com a pele, vitaminas e até mesmo alimentos e bebidas. No entanto, a premissa tanto em medicamentos quanto nas demais categorias é trazer personalização para os clientes e flexibilidade nos preços.

Marcas e negócios

Para as redes farmacêuticas os investimentos em marcas próprias geram um impacto considerado positivo. Na Pague Menos, por exemplo, o crescimento no volume de vendas atingiu os 19,7% em relação ao 3º trimestre de 2022. Já em Extrafarma, marca que agora pertence à rede, as marcas próprias atingiram 6,6% das vendas totais, dobrando o valor do mesmo período do ano passado.

Larissa Pinheiro, diretora comercial de Não Medicamentos e Marcas Próprias Pague Menos e Extrafarma, explica como esses produtos impactam no desenvolvimento da rede.

“Todo o investimento em ações é direcionado para diversas áreas, incluindo pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, controle de qualidade, marketing e produção, contribuindo com a melhoria contínua de nossas linhas. Além disso, temos um projeto pautado em ASG, com o olhar ambiental”.

Já a Panvel, aposta em deixar o cliente no centro das decisões para o desenvolvimento desses produtos. Para a marca, esse portfólio é uma forma de fidelizar o consumidor e entender quais são os principais desejos de consumo, e isso agrega valor. No 3º trimestre desse ano, as marcas próprias da companhia geraram uma receita de R$ 76,3 milhões, o que representa um crescimento de 18,2% em relação ao mesmo período de 2022.

O segmento mais expressivo da rede foi o de beleza. Segundo dados divulgados pela empresa, a Panvel Make Up apresentou crescimento de 32,3% nas vendas do terceiro trimestre. “Nosso cliente vem no centro de nossas ações e isso se traduz também na diversidade apresentada em nosso portfólio. Somos uma multimarca, e o mix traduz essa premissa”, afirma Priscila Franzeck Barbosa, gerente executiva de marketing e comunicação do Grupo Panvel.

Estratégias de comunicação das farmácias

Apesar do crescimento e alto impacto na estratégia de negócios, as marcas próprias das farmácias disputam espaço com empresas que possuem um grande investimento em publicidade e marketing.

Por isso, as farmacêuticas precisam apostar em uma estratégia que destaque os atributos das marcas próprias. Desse modo, existe um investimento em redes sociais e interações com os clientes. Nesse sentido, a Panvel usa valor da própria marca como principal estratégia de comunicação. Além disso, já existe, segundo Priscila, uma comunidade, a Panvel Lovers (@panvellovers), que ajuda na divulgação boca a boca desses produtos.

Já para a rede Pague Menos e Extrafarma, a omnicanalidade é um ponto chave para se encontrar com os clientes. “Essa abordagem visa proporcionar maior comodidade e conveniência durante a jornada de compra, permitindo que os clientes adquiram produtos de forma flexível e personalizada, a qualquer hora e em qualquer lugar”, explica Larissa.

Além disso, em um contexto geral, parte dessas marcas próprias oferecem um custo-benefício melhor, em relação aos grandes nomes do mercado. “Optamos por ter menor rentabilidade e entregar um produto de qualidade muito superior, a partir de muita pesquisa, da concepção do produto, da embalagem e da execução no ponto de venda”, diz Priscila, da Panvel.

Neste caso, a executiva afirma que, para a companhia, há um ganho em dois aspectos: preço e valor, e que, por isso, há um grande volume de fidelização. Por isso, pensando em futuro, a Panvel deve lançar cerca de 350 novos produtos.

Confira a reportagem no site do Meio & Mensagem.

 

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