Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Do croissant ao detergente, supermercados chineses adotam produtos de marca própria para vender mais

Gigantes do varejo na China usam táticas de redes internacionais como a Aldi para estimular o consumidor do país a gastar mais

Os croissants baratos e os detergentes sem marca que impulsionam os varejistas de desconto nos EUA e na Europa agora ocupam as prateleiras na China, onde redes em dificuldades apostam em marcas próprias para reconquistar clientes.

Antes dominados por hipermercados repletos de produtos de marca, varejistas de Walmart e Wumart a Freshippo, do Grupo Alibaba, estão enxugando custos, reduzindo a complexidade e impulsionando suas próprias linhas, a categoria conhecida como marcas próprias, que pode igualar ou superar a qualidade das marcas estabelecidas.

Eles apostam que o manual de estratégias lapidado por varejistas de descontos alemães como Aldi e Lidl — e até pela americana Whole Foods, da Amazon, que expandiu sua marca econômica 365 by Whole Foods Market até Cingapura — pode reanimar uma desaceleração persistente do consumo na China, à medida que a incerteza econômica leva consumidores a cortar gastos.

Mais sensíveis a preços

As vendas dos 100 maiores operadores chineses de comércio ficaram estáveis no ano passado, enquanto a quantidade de lojas caiu quase 10%, segundo a China Chain Store & Franchise Association, uma associação comercial do país.

As marcas próprias costumam vender por menos que as marcas conhecidas ao eliminar intermediários, como distribuidores, e manter embalagens simples para reduzir custos de marketing.

— Os consumidores chineses estão ficando mais sensíveis a preços, pois esperam ganhar menos em uma economia em desaceleração. Estão mais racionais agora — disse Jason Yu, diretor-gerente da CTR Market Research em Xangai. — O crescimento da busca por custo-benefício gera enorme demanda por lojas de desconto.

Walmart abre lojas comunitárias na China

Em setembro, o Walmart abriu sua quarta loja comunitária em Shenzhen, mirando consumidores de classe média com —qualidade confiável— e —preços de tirar o fôlego—. A empresa acelera reformas, dizendo que os pontos de venda estão remodelando a experiência de compra.

Menores que hipermercados, essas lojas têm layout mais simples e prateleiras carregadas de produtos Marketside, de bombas de creme a suco de uva por 9,99 yuans (US$ 1,40 ou R$ 7,48).

Já a controladora da Wumart, a Wumei, lançou lojas econômicas em Pequim. A Freshippo tem 300 lojas sob a bandeira de descontos Chaohesuan NB, onde marcas próprias respondem por 60% das vendas, e planeja acelerar a expansão.

A Yonghui Superstores, quarta maior rede de supermercados, está reformando lojas inspirada na butique Pangdonglai, que conquistou seguidores com marcas próprias e operações enxutas.

A própria europeia Aldi dobrou as vendas na China no ano passado — o crescimento mais rápido entre os 100 maiores operadores — e vai se expandir para mais duas cidades além de Xangai.

A rede para membros Sam’s Club é outro exemplo no setor em dificuldades, impulsionando o crescimento das vendas totais do Grupo Walmart China em parte por meio do desenvolvimento de marcas próprias.

Confira a reportagem completa no portal O Globo.

Muffato investe em São Paulo e mira novas regiões com o Max Atacadista

Muffato investe em São Paulo e mira novas regiões com o Max Atacadista

O Grupo Muffato, que figura como sexto maior varejista do Brasil no Ranking Abras 2025, está traçando uma estratégia de expansão cada vez mais forte no estado de São Paulo, onde o Super Muffato atua no interior e o Max Atacadista ganha espaço no interior e, mais recentemente, na capital. Segundo o diretor Ederson Muffato, a empresa já conta com 28 unidades no estado, sendo sete na região metropolitana. A expansão ganhou força com a compra de 16 imóveis do Makro Atacadista.

“São Paulo não é só de 2023 para cá. Nós estamos desde 2001, em várias cidades, mas claro que com a aquisição do Makro tivemos uma grande expansão”, destaca o executivo, em entrevista exclusiva ao Jornal Giro News. Com três aberturas na última semana, o grupo prevê encerrar o ano com 121 lojas.

Consolidação em um novo mercado

O Max Atacadista chegou à capital em 2023 e já está presente em bairros como Butantã, Interlagos, Lapa e Morumbi. “Está sendo um aprendizado. As lojas vão começar a completar dois anos e a gente está muito contente com o resultado delas”, afirma Ederson. Segundo o diretor, embora o Max já fosse conhecido no interior paulista e no Paraná, seu reconhecimento entre os consumidores da capital ainda está em construção. “A marca está entrando na mente dos consumidores. Com 7 lojas, ainda tem muita região que estamos distantes, então o objetivo é ganhar participação no mercado, seja nas mesmas lojas, mas também com novas unidades para chegar em regiões onde o grupo ainda não está presente.”

Evolução no atacarejo

A entrada no novo mercado trouxe um formato com atendimento no açougue, fatiados na hora e padaria. “Isso caiu no gosto do consumidor aqui em São Paulo”, comenta Ederson. Inaugurada na última sexta-feira (26), a unidade da rede no Morumbi segue uma versão de layout atualizada.

“Aqui tem evolução de equipamento, trouxemos mais LED, com muito mais interatividade, além de acuracidade de mix. O mix já é muito mais apurado para os hábitos de São Paulo e a gente ampliou a linha de perecíveis. O Espaço do Transformador para o comerciante está mais ambientalizado e a linha saudável para o consumidor final tem mais acuracidade. O açougue também teve um capricho maior no espaço”, detalha o executivo.

Metas de crescimento

Até o final do ano, há sete inaugurações previstas, incluindo atacarejos em São José do Rio Preto, no interior de São Paulo, e Jaçanã, na Zona Norte da capital paulista, além de um Super Muffato em Curitiba (PR). “Esse ano, a expansão no Paraná é grande, mas em São Paulo é maior”, ressalta Ederson. A companhia também está atenta a novas possibilidades de crescimento, seja por aquisição de estruturas existentes ou construções do zero. Futuramente, está no radar trazer o Super Muffato à capital paulista, mas ainda não há prazo definido.

“A gente tem que ganhar participação com a marca Max, se consolidar com crescimento de venda e de share nas mesmas lojas e expansão com novas lojas. Então a bandeira Super Mufatto ainda vai expandir muito no Paraná e nas regiões que está presente no Oeste e no Noroeste Paulista”, finaliza o diretor.

Fonte: Giro News // Crédito: Divulgação / Grupo Muffato

Há 50 anos no país, Grupo Carrefour Brasil fortalece presença com marcas próprias

Há 50 anos no país, Grupo Carrefour Brasil fortalece presença com marcas próprias

Modelo avança com foco em valor percebido, diferenciação e parcerias com mais de 300 fornecedores

A caminho dos 50 anos de presença no Brasil, o Grupo Carrefour reforça sua atuação por meio de um ecossistema diversificado, no qual as marcas próprias ganham espaço estratégico. Também chamadas de private label, são produtos exclusivos do varejista, com distribuição controlada e identidade visual personalizada, voltados a consumidores que buscam preço, qualidade e diferenciação.

Enquanto o conceito surgiu na França na década de 1950, o Carrefour introduziu seu modelo no Brasil em meados dos anos 1980, com itens que levavam o seu nome. Desde então, essas linhas exclusivas se consolidaram como parte relevante da operação. A expansão ganhou novo fôlego com a aquisição do Grupo Big, em 2021, quando o Carrefour incorporou o Sam’s Club ao portfólio. Com ele, veio também a marca própria Member’s Mark, indicada para quem busca produtos nacionais e importados com curadoria específica.

— No início, com inspiração no modelo europeu, o foco era o custo-benefício. Era uma forma de garantir que os clientes do Carrefour continuassem tendo acesso à alimentação mesmo em cenários de alta inflação. Hoje, porém, há um novo sentido. Agregamos valor às marcas próprias por meio da sinergia entre Carrefour e Sam’s Club. É um ganho estratégico que amplia a oferta e mantém o padrão de qualidade em ambas as bandeiras — salienta a diretora de marca própria e importação de Carrefour e Sam’s Club, Ana Laura Tambasco.

Atualmente, o Carrefour oferece mais de 3 mil produtos próprios distribuídos em 22 linhas. De acordo com dados de pesquisa interna, 62% dos clientes incluem itens do tipo no carrinho, sendo que 90% da base consumidora declara estar satisfeita. Em relação a Sam’s Club, são mais de 800 artigos exclusivos e importados, com 91,5% dos sócios ativos adicionando produtos Member’s Mark à cesta de compras.

— A experimentação é o primeiro passo para aderir a uma marca própria, mas é a consistência na qualidade que faz o cliente voltar. Esse é o diferencial das nossas bandeiras. Em algumas categorias, inclusive, somos líderes de mercado. O leite condensado do Carrefour é exemplo de destaque por conta do nível de gordura e os biscoitos de polvilho são os únicos vendidos nas lojas. Já o lava-roupas da Member’s Mark, desenvolvido por um fornecedor brasileiro, hoje é exportado para unidades do Carrefour — pontua a executiva.

É válido destacar que, com o tempo, as marcas próprias do grupo evoluíram de alternativas em momentos de inflação para acompanhar as necessidades dos consumidores. Um exemplo nesse sentido é o lançamento do movimento global Act For Food, voltado à alimentação saudável e acessível. Por meio de um projeto de transição, o objetivo é ajudar os clientes a migrar para um consumo mais consciente e com maior qualidade nutricional.

— Se uma pessoa tem restrições alimentares, como a doença celíaca, ela precisa de alternativas. No Brasil, porém, essas opções ainda são caras. Por isso, queremos ampliar o portfólio de produtos dentro de marcas próprias para garantir que itens saudáveis também sejam acessíveis. Nosso papel como varejista é justamente entregar qualidade com preço justo e ampliar o acesso, sem cair em disputas de menor preço. O foco é permitir que mais pessoas experimentem e confiem nas marcas próprias Carrefour e Member’s Mark — diz Ana Laura.

Para alcançar essa meta, o grupo trabalha em parceria com seus fornecedores, oferecendo treinamentos, apoio técnico e exigindo certificações de qualidade e responsabilidade socioambiental. Hoje, segundo dados oficiais, mais de 300 parceiros nacionais e internacionais fabricam produtos para as duas bandeiras.

As marcas próprias do Grupo Carrefour Brasil também se consolidam como impulsionadoras de pequenos e médios produtores locais, que encontram na rede uma oportunidade de escalar negócios em nível nacional. Segundo a empresa, atualmente, 43% dos fornecedores de alimentos, limpeza e perfumaria são regionais, com unidades produtivas fora do estado de São Paulo. Muitos desses parceiros, com suporte logístico, capacitações e regras de precificação oferecidos pelo grupo, evoluíram para se tornarem marcas reconhecidas nacionalmente.

Para integrar o portfólio de marcas próprias, inclusive, os fornecedores precisam atender a critérios rigorosos: oferecer produtos pelo menos 15% mais baratos que os líderes de mercado, garantir ao menos 50% de aprovação em testes cegos e apresentar perfil nutricional igual ou superior ao das marcas de referência.

— Para se tornar fornecedor do grupo, é preciso estar mais preparado do que para atuar como uma marca nacional. Os requisitos seguem padrões globais e incluem desde auditorias sociais, que garantem condições de trabalho adequadas, até o controle rigoroso de qualidade e do desenvolvimento das embalagens — comenta Ana Laura.

As marcas próprias do Grupo Carrefour Brasil se consolidam como um dos principais pilares de diferenciação e fidelização de clientes dentro do ecossistema. A estratégia é, cada vez mais, oferecer produtos exclusivos que atendam às preferências dos consumidores.

Estão nos planos, por exemplo, ampliar a presença de snacks em postos de combustível da rede e lançar novos itens, como vitaminas, nas drogarias Carrefour. A expansão do portfólio busca garantir que o cliente, independentemente do canal de compra, encontre conveniência, qualidade e consistência em sua jornada de consumo.

Fonte: Zero Hora // Foto: Grupo Carrefour Brasil / Divulgação

Tendência global: marcas próprias ampliam presença no exterior e ganham espaço também no Brasil

Marcas próprias crescem no varejo global e se tornam peça-chave na fidelização

Atualmente, elas já representam 22% do mercado de bens de consumo nos Estados Unidos

As marcas próprias deixaram de ser vistas como versões genéricas de produtos tradicionais e hoje ocupam papel central no varejo. Atualmente, elas já representam 22% do mercado de bens de consumo nos Estados Unidos, movimentando cerca de US$ 308 em vendas; 39% na Europa, com € 268 bilhões; e 36% na Austrália, com A$ 46 bilhões em vendas, com crescimento consistente mesmo em cenários de inflação controlada.

Esses dados fazem parte de um panorama exclusivo apresentado pela Circana durante o Latam Retail Show sponsored by IBM, evidenciando como décadas de investimento estratégico transformaram as marcas próprias em agentes fundamentais do varejo mundial.

“As marcas próprias são hoje agentes estratégicos no setor de bens de consumo. O que vemos é um varejo cada vez mais focado em estratégia, baseado em dados e profundamente conectado ao consumidor. Isso se traduz em produtos de alta qualidade, que não apenas competem de igual para igual com marcas tradicionais, mas também lideram categorias que antes eram consideradas intocáveis”, afirma Daniel Morimoto, vice-presidente Latam da Circana.

No estudo, a Circana destacou a evolução histórica dessas marcas, que passaram dos genéricos de baixo custo em meado dos anos 1980, para cópias de marcas famosas nos anos 2000 e, em seguida, para o foco em desconto e penetração em 2008. Em 2012, tornaram-se essenciais para fidelização do consumidor e, em 2015, alcançaram diferenciação com segmentação e preços variados. Atualmente, a categoria está na fase mais madura, marcada por foco no consumidor, obsessão estratégica, diferenciação única e suporte de dados robustos.

“O que estamos vendo é apenas o começo. As marcas próprias já provaram sua força em diferentes mercados e categorias, mas ainda existe um enorme espaço para inovação e expansão. O varejista que souber usar dados de forma estratégica e colocar o consumidor no centro, terá nessas marcas um dos maiores diferenciais competitivos da próxima década”, comenta Morimoto.

Mercado norte-americano

Nos EUA, categorias tradicionalmente dominadas por grandes players já registram avanços significativos em favor das marcas próprias. Em 2024, o market share em unidades cresceu 0,8 ponto percentual em chocolates, alcançando 4,6%; 0,5 ponto em drinks esportivos, chegando a 1,7%; 0,3 ponto em refrigerantes, atingindo 3,9%; e 0,3 ponto em salgadinhos, agora com 9,8%.

O apetite crescente dos consumidores por explorar novas ofertas, abre espaço para linhas sustentáveis, experiências culinárias sofisticadas, refeições com qualidade de restaurante e soluções funcionais de saúde e bem-estar.

Para sustentar esse crescimento, os varejistas têm apostado em estratégias que vão desde o desenvolvimento de marcas únicas, com reputação baseada em qualidade e comunicação clara, até a compreensão detalhada do comportamento do consumidor, por meio de segmentação e mineração de dados de fidelidade.

Também se destacam os investimentos em inovação para estimular a experimentação e a fidelidade, a precificação dinâmica para criar gaps competitivos e a execução eficiente, com lançamentos ágeis, abastecimento regionalizado e expansão contínua do portfólio.

Fonte: Mercado & Consumo

Dia Supermercados expande marca própria

O DIA Supermercados acaba de lançar o cookie “Pra te Cookistar”, novidade da marca própria Melhor a Cada DIA. Disponível nas lojas da rede na capital e no interior paulista, o produto chega em embalagens de 60 gramas e oferece três sabores: Chocolate, Baunilha e o exclusivo Red Velvet.

Com mais de 800 itens em seu portfólio, a linha Melhor a Cada DIA busca unir qualidade e preço acessível, sempre com nomes criativos e comunicação irreverente. “Cada detalhe foi pensado para entregar uma experiência que surpreenda nossos clientes”, afirma Fabio Farina, CEO do DIA Supermercados.

Segundo o executivo, o Cookistar é fruto do trabalho conjunto entre as equipes de marca própria e desenvolvimento de produto e integra a estratégia de inovação contínua da rede. “Nosso objetivo é fortalecer a marca Melhor a Cada DIA, oferecendo conveniência e sabor no dia a dia dos consumidores”, completa.

Fonte: SA+ Varejo

“Pão”: a nova marca própria do Grupo Pão de Açúcar sai do forno

“Pão”: a nova marca própria do Grupo Pão de Açúcar sai do forno

Junto à Qualitá, à Taeq, à Pra Valer e ao Club des Sommeliers, nova private label reforça a missão de unir preço atrativo, qualidade e exclusividade. O lançamento também se alinha ao bom desempenho do segmento: 24,6% de participação no mercado nacional e penetração de 21,1% no total das vendas da companhia

Nem bem saiu do forno, a Pão de Açúcar — nova marca própria do GPA — já tem novidades. Até o encerramento de 2025, a private label — que estreou com apenas cinco itens (passata, passata rústica, tomate pelado, pão de queijo e doce de leite) — deve alcançar mais de 70 produtos, incluindo um muito especial e alusivo ao fim do ano: o panetone. Outras novidades incluem massas grano duro, panetones, carnes para churrasco e presunto cru fatiado.

Voltada ao segmento premium, a nova marca própria Pão de Açúcar tem como principal objetivo consolidar o posicionamento premium da bandeira homônima do GPA, aprofundando o vínculo da rede com seus clientes. O objetivo é oferecer produtos exclusivos e de alta qualidade, com produtos premium e acessíveis, desenvolvidos com curadoria especializada. E, assim, aumentar a fidelização à bandeira, ampliando a presença da marca nos lares. Ou seja, estar ainda mais próxima dos clientes, com um contato que vai além da ida ao supermercado. Ela está disponível em todas as lojas do Pão de Açúcar, Minuto Pão de Açúcar e Pão de Açúcar Fresh.

Entre os itens, o tomate pelado, recém-lançado, já se destaca. Já é líder de vendas em seu segmento — os tomates pelados de marcas premium. Além disso, o produto registra 54% de penetração nas cestas dos “clientes premium e valiosos”, definidos pelo GPA como aqueles que têm maior tíquete médio e frequência de compra no Pão de Açúcar.

Junto à Qualitá, à Taeq, à Pra Valer e ao Club des Sommeliers, a nova private label reforça a missão de unir preço atrativo, qualidade e exclusividade. O lançamento também se alinha ao bom desempenho do segmento. No mercado nacional, as marcas próprias do GPA atingiram 24,6% de participação no primeiro trimestre de 2025 — um crescimento de 2,6 pontos percentuais em relação ao ano anterior. A penetração das private labels no total das vendas da companhia também evoluiu, alcançando 21,1% no primeiro trimestre deste ano.

Dessa forma, os itens de marca própria desempenham papel fundamental na estratégia de negócio da companhia, além de serem um diferencial competitivo com alto potencial. “Nossas marcas vêm tendo uma aceitação cada vez maior por parte dos clientes e, quem adquire esses produtos, tem uma frequência 2,5 vezes superior à de quem não consome. Apostar na nova marca Pão de Açúcar é reforçar nossa diferenciação no segmento premium e manter consistência na proposta de valor da rede”, destaca o diretor de Marcas Próprias e Exclusivas e de Importação do GPA, Allan Gate Hock.

O executivo acrescenta que o GPA é referência no desenvolvimento desse segmento. “Com esse lançamento, queremos promover o mercado de marca própria premium no Brasil, oferecendo competitividade e democratização de preço. As marcas próprias representam aumento da frequência e importante ferramenta de fidelização, essencial para o crescimento do fluxo dos clientes nas lojas e, consequentemente, impulsionar as vendas. Com uma proposta de valor baseada em qualidade comparável à de líderes de categoria a preços competitivos, nossas marcas já demonstram eficácia na fidelização: estão presentes em oito de cada dez cestas de compras”, destaca Hock.

Confira, a seguir, entrevista exclusiva do diretor de Marcas Próprias e Exclusivas e de Importação do GPA, Allan Gate Hock, à SuperHiper.

Atualmente, o GPA possui quantas linhas de marcas próprias?

Atualmente, contamos com as marcas Qualitá, Taeq, Club des Sommeliers, Pra Valer e a recém-lançada marca própria Pão de Açúcar, com foco no segmento premium e disponível em todas as lojas do Pão de Açúcar, Minuto Pão de Açúcar e Pão de Açúcar Fresh.

Qual a diferença de posicionamento entre Qualitá e Taeq?

A Taeq é voltada para produtos mais equilibrados, tendo seus atributos remetendo a bem-estar, saúde, natureza e qualidade de vida. A Qualitá é a nossa marca própria mainstream e possui a segmentação do portfólio em quatro tiers: home (itens para casa), care (cuidados diários), baby (linha infantil) e pet (com foco em animais de estimação), além da linha tradicional de alimentos. Isso nos permite atender diferentes perfis de consumidores, sempre com foco em qualidade com preços competitivos e acessíveis.

Quantos SKUs têm cada uma?

São mais de 4 mil produtos, englobando todas as marcas.

Qual é a importância que as marcas próprias desempenham para a companhia?

No GPA, as marcas próprias representam uma grande fortaleza, participando com mais de 22% das vendas da companhia. Além dos diferenciais de preço, que podem chegar a até 30% de economia em relação às marcas líderes, o Pão de Açúcar e o Extra Mercado têm diversas ações dentro dos seus programas de fidelidade que dão descontos adicionais para os clientes cadastrados. Hoje, 80% dos nossos clientes levam algum item de marca própria, sendo que seis em cada dez escolhem produtos Qualitá. Esses consumidores têm frequência de compra 2,5 vezes maior e tíquete médio 60% superior, o que mostra que estamos entregando consistência e valor. Além da Qualitá, agora com a marca Pão de Açúcar, damos mais um passo nessa direção: posicionamos a bandeira como protagonista também na gôndola e nos lares dos nossos clientes. Nossas marcas próprias evoluíram para ocupar o espaço que antes era exclusivo da indústria tradicional e o fazem com diferenciais de exclusividade, fidelização e proposta de valor.

É possível dizer se haverá mais ampliação de cada uma ainda este ano? Elas envolvem quais categorias?

Começamos o ano com cinco produtos da marca Pão de Açúcar (passata, passata rústica, tomate pelado, pão de queijo e doce de leite). Até o fim de 2025, ampliaremos o portfólio para mais de 70 itens, incluindo massas grano duro, panetones, carnes para churrasco e presunto cru fatiado. Um dos destaques é o tomate pelado Pão de Açúcar, que já é líder de vendas entre as marcas premium da categoria e apresenta 54% de penetração nas cestas dos clientes premium da rede. Já em Qualitá, também tivemos e continuaremos tendo lançamentos até o fim do ano. Expandimos sua presença em diferentes tiers, oferecendo desde produtos acessíveis para um público que está em busca de trazer maior indulgência e descobertas para sua alimentação, até a oferta de produtos que atendem à necessidade do consumidor e aumentam sua identificação com a marca.

É possível inovar em marcas próprias? Como?

No GPA, queremos que as nossas marcas sejam reconhecidas para além da qualidade e preço, trazendo também inovação e alto valor agregado, tendo como intuito fidelizar ainda mais os clientes. Nosso foco é promover acesso à qualidade, estimular a fidelização e ampliar a presença das nossas marcas nos lares brasileiros, inclusive nas categorias mais essenciais. É importante reforçar que, ainda que sejam produtos mais acessíveis economicamente, os itens em nada perdem quando falamos em qualidade. Os produtos têm um bom custo-benefício porque o ciclo de investimento é menor, uma vez que o varejo está comercializando um produto próprio. Tratamos com diversos fornecedores, buscando as melhores opções para as nossas marcas próprias, e temos um processo de qualidade rigoroso e contínuo para garantir produtos que tragam relevância para o consumidor final.

Acreditamos, ainda, que o cliente não deve escolher entre preço e qualidade — ele pode e deve ter ambos. Por isso, nossas marcas próprias são construídas com esse princípio de qualidade comparável à das marcas líderes, mas com preços mais competitivos. A nova marca Pão de Açúcar é um bom exemplo. Começamos com cinco produtos e vamos expandir até o final do ano, sempre com curadoria especializada, insumos selecionados e desenvolvimento técnico rigoroso. Além disso, a linha de carnes especiais da Qualitá oferece cortes premium com rastreabilidade e critérios socioambientais, e temos um histórico de parcerias com marcas renomadas, como no caso dos vinhos Qualitá em co-branding com a vinícola Rutini.

Fonte: SuperHiper

Zinho prevê atingir 25% das vendas em operações de private label até 2028

Zinho prevê atingir 25% das vendas em operações de private label até 2028

A Zinho, indústria de panificação, tem olhado para as marcas próprias como um vetor de crescimento. A empresa, que atua na fabricação de produtos para terceiros desde 2019, viu seu desempenho no segmento dar um salto nos últimos dois anos. Além de suas marcas Zinho e Reserva One, a indústria produz atualmente para outras 20 empresas.

De acordo com Fabrício Gomes, gerente nacional de vendas, o canal de marcas próprias se tornou um braço estratégico de negócio, representando hoje 12% do total de vendas. A meta é chegar a 25% em três anos.

“O crescimento do segmento de marca própria é bastante recente no Brasil. Embora já exista há mais de três décadas, vem ganhando corpo nos últimos anos, e tanto varejo quanto indústria ainda estão aprendendo a sua dinâmica e seu funcionamento para torná-lo relevante no mercado nacional”, comenta Fabrício.

Fonte: Giro News

Nestlé anuncia R$ 450 milhões de investimento para ampliar fábrica em Minas Gerais

Nestlé anuncia R$ 450 milhões de investimento para ampliar fábrica em Minas Gerais

Nesta segunda-feira (15), a Nestlé anunciou recursos de R$ 450 milhões para serem investidos até 2028 e ampliar em 40% a capacidade de produção da fábrica Nescafé Dolce Gusto, situada em Montes Claros (MG).

O aporte faz parte do investimento de R$ 7 bilhões que a companhia irá fazer no período no Brasil.

A unidade em questão é 1 das 5 fábricas de Nescafé Dolce Gusto que a Nestlé possui no mundo; a única nas Américas. Atualmente, 70% da produção da fábrica de Montes Carlos é vendida no mercado interno e 30% é exportada para países como Argentina, Uruguai, Paraguai, Chile e Equador.

A área construída terá um incremento de 7 mil m². Além disso, está incluso no projeto de expensão:

  • a instalação de duas novas linhas de cápsulas de café e multibebidas à base de café (como cappuccino e latte),
  • a modernização de equipamentos,
  • a automação de processos,
  • a construção de um espaço para envasamento de sachés de café solúvel e a
  • a montagem de áreas para paletização e armazenagem de insumos.

A expectativa é que durante a expansão da fábrica sejam criados 1 mil empregos diretos e indiretos. A conclusão da expansão total está prevista para o primeiro trimestre de 2028.

Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Projeção de negócios de marcas próprias no Brasil atinge R$ 153 bilhões

Em valores combinados, as principais atividades de varejo do Brasil que investem em marcas próprias projetam atingir R$ 153 bilhões em vendas neste ano, aponta a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO).

O número é resultado de apuração da associação para publicar o Índice de Desenvolvimento da Marca Própria (IDMP), que será apresentado ao mercado na 6ª Semana Internacional da Marca Própria e no 15º Congresso ABMAPRO, que acontecem nos dias 22 e 23 de outubro em São Paulo.

“Esse resultado é um marco para o nosso trabalho”, diz a presidente da ABMAPRO, Neide Montesano.

Resultados positivos

Especialmente, acrescenta, porque segue como o volume de resultados positivos que estão no relatório apresentado pela Private Label Manufacturers Association (PLMA), que projeta US$ 277 bilhões para as vendas de marcas próprias neste ano nos Estados Unidos.

A marca própria – serviço ou produto beneficiado, processado e embalado para uma organização que detém o controle da produção e distribuição da marca tem vantagens para os consumidores e agrega valor para varejistas, atacadistas e distribuidores, representando pelo menos 30% do faturamento de 47% das empresas que aderem ao modelo, explica a associação.

Crescimento médio

“O crescimento médio das vendas passou de 20% para 40% nas empresas”, diz a presidente da associação.

De acordo com ela, os segmentos que mais investem no desenvolvimento de marcas próprias são: supermercados e equivalentes, farmácias, vestuário, petshops, e-commerce, lojas de desconto e de conveniência.

Confira o desempenho

Faturamento por segmento – 2024 – R$ 132 bilhões

• Alimentação: R$ 25 bilhões

• Vestuário: R$ 96 bilhões

• Farmacêutico: R$ 5 bilhões

• Outros: R$ 6 bilhões

Previsão de faturamento – 2025 – R$ 153 bilhões

• Alimentação: R$ 30 bilhões

• Vestuário: R$ 110 bilhões

• Farmacêutico: R$ 6 bilhões

• Outros: R$ 7 bilhões

 

Fonte: Correio da Manhã

Novos hábitos de consumo: produtos saudáveis são imprescindíveis nos supermercados

Novos hábitos de consumo: produtos saudáveis são imprescindíveis nos supermercados

Especialista em varejo supermercadista, Pedro Della’Nora aponta estratégias práticas para organizar sessões de produtos saudáveis e fidelizar consumidores

O consumo de alimentos saudáveis, orgânicos e funcionais está em ascensão no Brasil. Para os supermercados, essa tendência representa uma oportunidade estratégica de atrair consumidores preocupados com saúde, praticidade e bem-estar. Dados da Euromonitor International, consultoria de pesquisa de mercado que fornece dados sobre o setor de alimentos saudáveis, mostram que esse mercado já ultrapassa os R$ 100 bilhões no Brasil e apresenta um crescimento anual de ao menos 27%.

Segundo o especialista em gestão supermercadista e mentor Pedro Della’Nora, isso exige ações imediatas dos supermercados. “O comportamento do cliente está mudando. Cada vez mais pessoas estão buscando alimentos mais saudáveis e de qualidade no supermercado. E se você ainda não está preparado para esse novo perfil de consumo, pode estar perdendo vendas importantes”, afirma.

Uma das recomendações de Pedro é a criação de seções exclusivas, que agrupem produtos voltados para públicos com necessidades e preferências específicos.

“É interessante o supermercado ter sessões organizadas, em áreas como de iogurtes ou na mercearia, por exemplo. Os produtos sem lactose, sem glúten ou com menos açúcar precisam estar centralizados em um único espaço. Isso facilita a vida do cliente, aumenta as vendas e fideliza consumidores com restrições alimentares”, explica.

Além da organização física, a comunicação também é fundamental. Della’Nora destaca que os supermercados devem investir em uma sinalização clara, agradável e eficiente dentro da loja.

“Uma comunicação visual bem feita e convidativa, que destaque a proposta da seção saudável, faz toda a diferença. Muitos clientes deixam de comprar em um supermercado porque lá está bagunçado e procuram aquele que organiza melhor. Organização vende, e quando o cliente se sente acolhido, ele volta”, reforça.

Ele lembra ainda que é importante que os supermercados invistam também em uma divulgação estratégica nas redes sociais, meio que tem muita aproximação com o cliente que busca produtos saudáveis.

Recentemente, Della’Nora foi além e investiu ainda mais na experiência de compra do consumidor que busca alimentos saudáveis na sua rede de lojas, o Ideal Supermercado, localizado na cidade de São Miguel do Iguaçu, no Paraná.

Transformamos a venda de alface em algo único: o cliente não compra, ele colhe.. Por meio de uma parceria com um fornecedor, levamos uma mini hidroponia para dentro da loja, fazendo com que o cliente sinta que está colhendo seu próprio alimento”, conta. “Isso não é só venda, é conexão com o consumidor”.

“Os alimentos saudáveis são uma tendência que veio para ficar. Produtos com menos sódio, orgânicos, integrais e funcionais devem ocupar cada vez mais espaço nos supermercados. E quem se antecipa a esse movimento conquista o cliente”, conclui Pedro Della’Nora.

 

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