Empresa de snacks mira mercado de marca própria no Brasil

Empresa de snacks mira mercado de marca própria no Brasil

Rudolph Company investe R$ 20 milhões em fábrica localizada na região metropolitana de Curitiba

A empresa Rudolph Snacks, pertencente à Rudolph Company, chegou ao Brasil e anuncia seu objetivo no mercado brasileiro: impulsionar o segmento de snacks com um produto proteico de torresmo e pururuca.

“O Brasil conta com variações de produtos de milho, trigo e batata, por isso é muito difícil inovar dentro desta categoria usando sempre os mesmos ingredientes. A Rudolph apresenta um snack de proteína e low carb. É um produto novo de fato e não uma formatação de algo que já existe”, conta Lucas Petry Mueller, diretor comercial de operação da Rudolph Snacks no Brasil.

De acordo com a companhia, o investimento inicial foi de R$ 20 milhões na fábrica localizada na região metropolitana de Curitiba, no Paraná. “O mercado de marca própria segue ganhando força no Brasil, se apresentando como um mercado promissor. Assim, toda empresa de alimento que deseja ter sua linha de snack pode ser nosso cliente”, explica Lucas.

Entenda o que é marca própria, produtos que podem se adaptar rapidamente às tendências de mercado

Certificada e fiscalizada pela SIF – Serviço de Inspeção Federal -, a Rudolph Snacks está em uma categoria que cresceu 60% nos últimos cinco anos, com previsão de crescimento de mais 30% até 2025. “Atuamos em um nicho deste mercado de marca própria e chegamos para sermos referência no segmento de torresmo e pururuca no Brasil. Temos objetivo de crescer 30, 40% nos próximos três anos”, ressalta o diretor comercial da Rudolph Snacks.

Confira a reportagem no Super Varejo.

 

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Presidente do São Paulo explica marca própria para uniformes: “Golaço do nosso marketing”

Presidente do SPFC explica marca própria para uniformes: “Golaço do nosso marketing”

O São Paulo utilizará uniformes da SAO na Copinha de 2024

O São Paulo criou a SAO Esportes, nova marca própria para uniformes do clube, algo que gerou dúvidas sobre a parceria recém-anunciada com a New Balance após o rompimento com a adidas. O presidente do clube, Julio Casares, explicou como será a convivência de ambas as fornecedoras e elogiou o setor de marketing do Tricolor.

“Na nossa gestão, através da diretoria de marketing, lançamos a marca própria SAO Esportes! Com o novo contrato de fornecedor esportivo New Balance, além da exclusividade no Brasil, conseguimos estabelecer que a marca própria consiga ter o seu espaço em algumas modalidades e conviver harmonicamente juntas. A SAO vestirá a nossa rapaziada na Copinha de 2024! Com isso, nossos ativos são mais valorizados e todos ganham, principalmente a nossa instituição. Mais um golaço do nosso marketing”, esclareceu Casares.

Como já adiantado pelo dirigente, o São Paulo utilizará uniformes da SAO na Copinha de 2024, que começa no início de janeiro do ano que vem. Além disso, outras modalidades do clube também vestirão a marca, além de produtos confeccionados para venda nas lojas oficiais para os torcedores tricolores.

No entanto, algo que chamou atenção na nova iniciativa do Soberano foi o preço das peças que estão à venda no ponto oficial, localizado no Morumbi. Por exemplo, a camisa a ser utilizada na Copa São Paulo estão sendo comercializadas na faixa de R$ 299,90. Por se tratar de uma marca interna, os torcedores, na publicação do presidente, questionaram os valores, mas não tiveram uma resposta oficial.

O São Paulo caiu no Grupo 7 da Copinha e jogará suas partidas em Araraquara contra Ferroviária, Carajás-PA e Porto Vitória-ES. Na última edição do torneio de base, o Tricolor chegou só até à terceira fase, na qual foi derrotado pelo América-MG e deu adeus precoce à competição.

Confira a reportagem no Gazeta Esportiva.

 

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2023 é um dos melhores anos para bens de consumo massivo na América Latina

2023 é um dos melhores anos para bens de consumo massivo na América Latina

Estudo da Kantar aponta que sustentabilidade é elemento importante no crescimento da cesta

O terceiro trimestre de 2023 marca a retomada da prosperidade para bens de consumo massivo na América Latina. Na prática, com o melhor ambiente econômico e a inflação mais baixa, houve uma recuperação do poder de compra, que se refletiu diretamente na quantidade do que as famílias puderam adquirir.

É o que aponta o levantamento Consumer Insights Latam 2023, produzido pela Kantar, líder em dados, insights e consultoria. O estudo acompanha o comportamento do usuário de maneira contínua, trazendo uma visão em 360 graus dos bens de consumo massivo – alimentos, bebidas, artigos de limpeza e itens de higiene e beleza pessoal.

As ferramentas que permitiram ao latino-americano traduzir esse bom momento econômico em um maior consumo de bens massivos continuam as mesmas: a omnicanalidade, termo para o aumento de número de canais de compra visitados, e a fragmentação das compras, agora impulsionadas pelo aumento da frequência.

“Não é porque a economia está melhor que os consumidores desistiram das estratégias que incorporaram durante a situação emergencial. Eles as incorporam nos seus hábitos, mantendo, por exemplo, um número de canais visitados 20% superior ao pré-pandemia”, explica Marcela Botana, Market Development Director Latam, da Kantar.

Outra prova de que o consumidor está incorporando hábitos e fazendo compras mais inteligentes é que os canais com preços mais atrativos, como Discounters e Atacadistas, continuam a ser os que mais aumentam a relevância em termos de ocasiões de compra (alta de 10% no terceiro trimestre de 2023). Isso ocorre porque os formatos mais baratos permitem continuar a expandir o consumo enquanto o poder de compra não se recupera completamente.

Esse bom momento impacta o consumo das categorias de compra, já que as famílias aumentam quanto compram. Por outro lado, nessa fragmentação das compras há mais chances de levar mais marcas, resultando na tendência de menor lealdade. Com isso, ganhar penetração continua a ser um desafio. No terceiro trimestre de 2023, menos da metade das companhias na América Latina (47%) conseguiram fazê-lo.

Ganhar penetração, entretanto, é considerada a melhor maneira de crescer como marca dentro da cesta. Isso porque oito em cada 10 empresas que aumentaram em volume o fizeram a partir desse conceito.

Nesse sentido, conectar com os valores do consumidor é uma oportunidade de crescimento. A principal tendência em alta na América Latina é a preocupação com o meio ambiente. Entre 2019 e 2023, cresceu a quantidade de domicílios Eco-Actives (comprometidos com a sustentabilidade) e Eco-Considerers (preocupados com a questão, mas enfrentam barreiras para agir de maneira mais sustentável). Eles já representam 55% das famílias.

“A expectativa é que os países da América Latina continuem no caminho da recuperação do consumo em 2024. Brasil, México e Peru vêm ano a ano administrando crescimento. Em uma condição não tão confortável no longo prazo, Bolívia, América Central e Equador vêm conseguindo se recuperar dos desafios. Os destaques vão para Chile e Colômbia, que partiram de volumes negativos e já estão muito próximos de uma situação positiva do consumo no último ano em movimento. Argentina segue sendo um caso único, com uma situação econômica que continua complicada”, conclui Marcela.

 

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Incentivos da Sudene atraem R$ 2,4 bilhões em investimentos para o Nordeste

Incentivos da Sudene atraem R$ 2,4 bilhões em investimentos para o Nordeste

As empresas beneficiadas asseguraram 33,2 mil empregos diretos e indiretos, sendo 1,5 mil novos postos de trabalho

Recife (PE) – A Sudene aprovou 65 pleitos de incentivos fiscais que representam R$ 2,4 bilhões em investimentos em sua área de atuação. As empresas beneficiadas asseguraram 33,2 mil empregos diretos e indiretos, sendo 1,5 mil novos postos de trabalho. Eles foram distribuídos pelos estados da Bahia (22), Rio Grande do Norte (14), Maranhão, Minas Gerais e Paraíba (sete cada), Sergipe (três), Alagoas (dois) e Piauí, Pernambuco e Espírito Santo (um para cada).

“Os incentivos fiscais são fundamentais para a atração de investimentos para nossa região, especialmente pelas desigualdades intrarregionais ainda existentes no país. A aprovação desses pleitos é parte da estratégia da Sudene, através de seus instrumentos de ação, de promover o desenvolvimento includente e sustentável, estimulando o aumento da competitividade do Nordeste e norte de Minas Gerais e Espírito Santo”, afirma o superintendente Danilo Cabral. Ele destaca que o fortalecimento dos setores produtivos na região é uma determinação do presidente Luiz Inácio Lula da Silva e do ministro da Integração e Desenvolvimento Regional, Waldez Góes.

Os empreendimentos são das áreas petroquímica, plásticos, calçados, metalurgia, informática, têxtil, químicos, alimentação, máquinas e equipamentos, além da agroindústria. Em relação à modalidade do benefício, 61 pleitos foram da redução de 75% IRPJ, recursos que podem ser usados para projetos de implantação, modernização, ampliação ou diversificação de empreendimentos. E quatro de reinvestimento de 30% do imposto devido em projetos de modernização ou complementação de equipamentos. Do total de empresas, 37 informaram a realização de programas socioambientais mantidos nas comunidades em que elas atuam e 28 informaram não desenvolvê-los.

De acordo com o diretor de Gestão de Fundos e Incentivos Fiscais, Heitor Freire, neste ano, a Sudene aprovou 388 pleitos de benefícios fiscais. “Essas empresas reportaram um total de R$ 20,7 bilhões em investimentos nos 11 estados da nossa área de abrangência, garantindo 214,4 mil empregos diretos e indiretos.

São números superiores aos registrados em 2022”, disse. Os principais setores beneficiados foram infraestrutura (R$ 10,9 bilhões), petroquímico (R$ 3,5 bilhões), alimentos e bebidas (R$ 925 milhões) e metalurgia (R$ 847 milhões).

Para este ano, segundo a coordenação-geral de Incentivos e Benefícios Fiscais e Financeiros, ainda existe uma carteira de pleitos em análise na Sudene, somando 348 pleitos.“Essa demanda significa mais de R$ 18 bilhões em investimentos realizados pelas empresas na região”, comentou o coordenador da área, Silvio Carlos do Amaral e Silva. Ele frisa que a Autarquia tem o compromisso de analisar, no ano corrente, os pleitos apresentados pelas empresas até o dia 31 de outubro. (Por Andrea Pinheiro)

PRIVATE LABEL BRAZIL | edição Norte-Nordeste

É neste cenário promissor de investimentos no Nordeste que ocorre a Private Label Brazil – Edição Norte-Nordeste, realizada em Fortaleza (CE), de 6 a 7 de agosto de 2024. 

A ideia é estimular o desenvolvimento de Marcas Próprias e Terceirização nas Regiões Norte e Nordeste, onde a economia local tem grande potencial de crescimento e desenvolvimento nos próximos anos, propiciando também  a elevação do consumo das famílias e a expansão industrial.

Assim como na Edição Nacional, a Edição Norte-Nordeste da Private Label reúne fornecedores de produtos e serviços que atendem às demandas de redes varejistas, atacadistas, distribuidores, importadores e também de indústrias que buscam parceiros de qualidade para terceirizar as suas produções.

A feira oferece às empresas de diferentes segmentos um espaço para conhecer potenciais parceiros, discutir tendências e oportunidade de expandir serviços, estimulando investimentos para o desenvolvimento do segmento

Então, não perca tempo! Fale com a gente e garanta sua participação.

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Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Doritos muito caro nos EUA faz pipocarem os salgadinhos de marca própria

Supermercados aumentam portfólio para atrair clientes com orçamento mais apertado

por Julie Creswell (THE NEW YORK TIMES) – Os salgadinhos se tornaram bem caros. Por anos, os clientes que paravam nas lojas de conveniência Casey’s General Stores, uma rede da região do Meio-Oeste dos Estados Unidos, não pensavam duas vezes em pegar um refrigerante e um pacote de Doritos ou de batatas Lay’s.

Mas ao longo do último ano, à medida que o preço de um pacote de batatas fritas disparou e parte dos clientes ficou com o orçamento apertado pelo alto custo do combustível e outras despesas, eles começaram a pegar a marca própria mais barata da Casey’s.

Então a Casey’s começou a estocar mais de suas próprias batatas fritas, em uma variedade de novos sabores. Neste verão (inverno no Brasil), a marca Casey’s representou um quarto de todos os pacotes de batatas fritas vendidos, reduzindo as vendas de grandes marcas como Frito-Lay, que pertence à PepsiCo.

“À medida que a inflação continua a aumentar, mais pessoas experimentam alternativas”, disse Darren Rebelez, CEO da Casey’s, que possui 350 produtos de marca própria e planeja incluir mais 45 este ano. “Se você colocar a alternativa bem na prateleira, ao lado da opção cara, as pessoas podem dizer: ‘Por que não?’ e experimentar.”

Grandes empresas de alimentos conquistaram participação de mercado durante a pandemia. Com problemas na cadeia de suprimentos afetando o que iria para as prateleiras, as pessoas estavam comprando basicamente o que conseguiam encontrar.

E elas continuaram comprando mesmo quando os preços dispararam, quando as marcas de alimentos e bebidas elevaram os preços para manter seus níveis de lucro, cobrindo os crescentes custos de ingredientes e mão de obra.

Supermercados aumentam portfólio de marcas próprias
Reprodução/Folha de S. Paulo
Queijos e legumes conquistam consumidor

Mas, agora, com os varejistas expandindo suas ofertas de alimentos e bebidas de marca própria, os consumidores estão mudando lentamente seus gastos. No geral, alimentos e bebidas de marca própria aumentaram para uma participação de 20,6% nas despesas com supermercado, em comparação com 18,7% antes da pandemia, segundo pesquisa feita pela empresa Circana.

Mas uma análise mais aprofundada de algumas categorias revela que os produtos de marca própria estão ganhando terreno significativo em relação às marcas nacionais.

As marcas próprias conquistaram 38% das vendas de legumes enlatados entre abril e junho deste ano, segundo a empresa de pesquisa de mercado Numerator. Os dados também mostram que o queijo de marca própria detinha 45% do mercado, e o café, quase 15%.

Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

O que é marca própria e como ela pode transformar o mercado

Entenda o que é marca própria, produtos que podem se adaptar rapidamente às tendências de mercado

No dinâmico cenário do varejo, entender o que é marca própria é crucial para qualquer entusiasta do comércio. As marcas próprias são produtos desenvolvidos e comercializados por varejistas sob sua própria marca, oferecendo uma experiência exclusiva aos consumidores. Essa abordagem estratégica permite que as empresas construam uma identidade única e fortaleçam a fidelidade do cliente.

As marcas próprias são muito mais do que simples produtos. Elas representam uma oportunidade para os varejistas estabelecerem sua presença no mercado e se destacarem da concorrência. Ao criar produtos distintos, as marcas próprias podem moldar a percepção dos consumidores, transmitindo valores específicos e construindo confiança ao longo do tempo.

Inovação e flexibilidade: o DNA das Marcas Próprias

No centro do conceito “o que é marca própria”, encontra-se a inovação. Essas marcas têm a liberdade de experimentar, adaptar-se rapidamente às tendências do mercado e oferecer produtos exclusivos. Esse dinamismo proporciona uma flexibilidade que muitas marcas tradicionais não conseguem igualar.

Ao longo do tempo, observamos um crescimento notável nas marcas próprias em diversos setores. Essa ascensão não é por acaso; é impulsionada pelo desejo dos consumidores por opções exclusivas e pela busca de uma relação mais direta com as marcas.

O papel do consumidor na definição de Marcas Próprias

Quando exploramos a questão de o que é marca própria, é essencial considerar o papel central dos consumidores. Eles desempenham um papel ativo na construção dessas marcas, influenciando as escolhas de produtos e, consequentemente, moldando a direção estratégica das empresas.

Conectar-se emocionalmente com os consumidores é uma peça-chave no quebra-cabeça das marcas próprias bem-sucedidas. A criação de uma narrativa envolvente em torno dos produtos, combinada com um compromisso transparente, fortalece os laços entre marca e consumidor.

Desvendando o potencial das Marcas Próprias

Em resumo, entender o que é marca própria é mergulhar em um universo de inovação, flexibilidade e conexão com o consumidor. À medida que as empresas abraçam essa abordagem, elas não apenas definem seus produtos, mas também moldam a experiência de compra. As marcas próprias representam uma evolução dinâmica no cenário do varejo, oferecendo aos consumidores opções exclusivas e às empresas a oportunidade de se destacarem.

Descubra mais sobre esse fascinante mundo das marcas próprias e como elas estão transformando o mercado. Siga a Private Label Brazil no Instagram, no Linkedin e no Facebook para ficar atualizado sobre as últimas tendências e estratégias no universo do varejo.

 

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Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Mercado de produtos de marca própria cresce no Brasil

Os produtos de marca própria estão presentes em 34% dos lares brasileiros

por Leonardo Leão – Não é de hoje que os produtos de marca própria vêm conquistando os brasileiros e aparecendo cada vez mais nas gôndolas de supermercados e farmácias do País. Pesquisas de diferentes instituições mostram a pujança do segmento, ao mesmo tempo em que indica que, no geral, o mercado ainda está em desenvolvimento e possui muitas oportunidades de crescimento tanto no País quanto em Minas.

Neste cenário, estudo da NielsenIQ (NIQ), encomendado pela Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), revela que os produtos de marca própria estão presentes em 34% dos lares brasileiros. Os consumidores encontram nas marcas exclusivas indicadores de confiança e qualidade nos produtos que procuram.

No caso de Minas Gerais, a Scanntech, empresa especializada em inteligência de dados para o varejo, diz que o setor de private label cresceu uma média de 18% no Estado no ano passado.

Outro levantamento da NIQ revela incremento de 17% nas vendas de produtos private label no varejo alimentar, entre os anos de 2021 e 2022. Esse resultado superou o desempenho apresentado pelas outras marcas, que cresceram 14% no período.

Já o relatório do Santander Research, em parceria com a Amicci, apontou que os produtos de marca própria podem garantir uma margem bruta de lucratividade superior a 30%, além de preços até 20% mais baratos que os concorrentes convencionais. O estudo ainda revelou que as varejistas brasileiras poderiam melhorar seu desempenho se investissem ainda mais nesse segmento.

Uma das redes que vem apostando nesse mercado é a mineira Supermercados BH. O presidente da companhia, Pedro Lourenço de Oliveira, relata que a representatividade e capilaridade da empresa fizeram com que o movimento para esse segmento ocorresse de forma natural. “Isso acabou favorecendo uma diferenciação por oferecer algo único que os consumidores só encontram em nossas lojas”, completa.

Segundo ele, a rede já conta com mais de 160 produtos de marca própria e suas variantes. Juntos, eles representam cerca de 8% do faturamento do Supermercados BH.

Pedro Lourenço garante que esses produtos são bem aceitos pelos consumidores mineiros. “Isso porque, além de serem comercializados a um preço bem competitivo, primamos pela qualidade, o que aumenta a confiança dos consumidores em nossa marca própria”, explica.

Ele ainda revela que, devido ao ótimo desempenho apresentado e pela crescente demanda da linha de marca própria, a rede Supermercados BH já planeja seguir com a ampliação do mix de produtos desse segmento. “A empresa acredita na parceria com importantes indústrias para continuar viabilizando produtos de qualidade e preço justo, que atendam às exigências do consumidor”, completa.

Espaço para crescimento

Dentre os fornecedores do Supermercados BH, está a Baldini Alimentos, empresa responsável pela produção do pão de forma da rede. O gerente comercial da Baldini, Maicon Campideli, considera que o mercado mineiro de marca própria ainda oferece muitas oportunidades, assim como o nacional, uma vez que ainda existem muitos segmentos que não possuem um produto deste tipo.

“Hoje temos vários supermercados que trabalham com marca própria. Mas você vê que ainda não tem uma marca própria para todos os segmentos. Então, ainda tem muito para crescer nesse sentido”, relata.

Para ele, uma das vantagens de uma empresa como a Baldini entrar nesse setor é a maior aceitação do público em relação a marcas como a do Supermercados BH, o que gera um aumento no volume de vendas da fabricante. Enquanto a rede varejista ganha com a qualidade dos produtos fornecidos. Campideli ainda revela que os produtos de private label são responsáveis por uma grande fatia das vendas no segmento de pães. “Isso gera muitos benefícios para a indústria, não só na produção de pães, mas também em outros segmentos”, pontua.

Quanto aos principais desafios para quem atua nessa área, o gerente comercial da Baldini apontou que boa parte está no processo de criação do produto de marca própria, já que para alcançar a qualidade desejada, a empresa deve passar por um processo meticuloso de testes e pesquisas que trarão como resultado um produto de boa qualidade.

Outra dificuldade a ser superada é a questão da validade do produto. “O desafio para uma empresa que quer entrar no segmento de marca própria é ter um produto com uma validade mais extensa do que o normal. Isso oferece oportunidades de estocar dentro do mercado, de mandar para distâncias maiores, além de fazer negociações com um volume maior sem se preocupar com a perda desse produto”, destaca.

Marca própria Porti

Considerando o desenvolvimento do setor de private label em Minas Gerais, a Associação Hipervalor Varejista, instituição que reúne sete redes de supermercados no Estado (Rena, Alvorada, Big Mais, Santa Helena, SJ, SuperLuna e Supermaxi), está lançando sua marca própria chamada Porti.

O presidente da Hipervalor Varejista, Vinícius de Morais Mendes, destaca que a principal vantagem de atuar no mercado de private label é o fato de poder oferecer um produto com alta qualidade e um excelente custo benefício.

Já o diretor executivo da Hipervalor, Gustavo Fleubert, explica que o objetivo desse lançamento é fidelizar os consumidores, por meio de produtos exclusivos de qualidade com preços mais acessíveis.

“O consumidor vai às nossas lojas buscando um produto de qualidade, porque ele tem muita confiança nos nossos associados. Então, a gente está buscando exatamente isso, um excelente custo benefício entregando um produto de qualidade com a nossa marca”, afirma.

Ele ainda ressalta que a expectativa é de que os produtos da marca Porti estejam entre os mais vendidos nas unidades dos associados da Hipervalor. “Queremos que o item de marca própria figure entre o primeiro e o segundo item de maior venda”, afirma.

Como montar uma estratégia private label

Montar uma estratégia private label envolve várias etapas que devem ser cuidadosamente planejadas e executadas. A seguir, o Sebrae Minas apresenta um passo a passo para ajudar a montar a estratégia:

  • Identifique o produto ou a categoria de produto: O primeiro passo é identificar o produto ou a categoria de produto que você deseja vender com a sua marca própria. Isso pode ser feito com base em pesquisa de mercado e análise de tendências.
  • Escolha um fornecedor: Uma vez que você tenha identificado a categoria de produto, escolha um fornecedor confiável e que atenda às suas necessidades em termos de qualidade, quantidade e preço.
  • Personalize o produto: A personalização do produto é um dos aspectos mais importantes da estratégia private label. Isso inclui o desenvolvimento de embalagens, rótulos e design que sejam distintos e identificáveis com a sua marca.
  • Defina a sua estratégia de marketing: Determine como você vai comercializar o produto com a sua marca, incluindo a definição do público-alvo, canais de distribuição e estratégias de promoção.
  • Preço: Determine o preço de venda do produto, levando em consideração o custo de produção, o preço dos concorrentes e as expectativas do público-alvo.
  • Teste e avalie: Antes de lançar o produto, faça testes com o objetivo de avaliar a qualidade, o apelo e a aceitação do público. Se necessário, faça ajustes e melhorias no produto e na estratégia de marketing.
  • Lance o produto: Depois de concluir todas as etapas anteriores, lance o produto no mercado e monitore os resultados para fazer ajustes, se necessário.
  • Mantenha a qualidade e a consistência: Para ter sucesso com uma estratégia Private Label, é importante manter a qualidade e a consistência do produto ao longo do tempo, bem como manter-se atualizado com as tendências de mercado e as necessidades do público-alvo.

Confira a reportagem: Diário do Comércio 

 

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