“Queremos ser reconhecidos como a opção mais econômica”, diz CEO do Dia Brasil

Após vender suas operações no Brasil, a rede varejista anunciou reestruturação como “atacadinho de bairro”

Passando por uma reestruturação do modelo de negócios e se posicionando como “atacadinho de bairro”, a rede de supermercados Dia, que na metade deste ano anunciou a venda de suas operações no País, tem como meta neste novo momento “ser reconhecida como a opção mais econômica no segmento de proximidade”, de acordo com o CEO da companhia no Brasil, Fabio Farina, em entrevista à Mercado&Consumo.

A rede de supermercados vem se empenhando para se destacar com essa reformulação. Farina reforça que, nessa nova fase, o Dia se apoia em quatro pilares: economia, produtos frescos todos os dias, linha de marca própria Melhor a Cada Dia e programa de fidelidade ClubDia. “Nossa missão é simplificar cada vez mais a vida dos consumidores, proporcionando uma experiência de compra acessível e próxima”, conta o executivo.

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As lojas passaram por uma repaginada e agora todas as unidades passam a contar com um padrão de layout em sua fachada. A “Fornada da Padoca”, padaria da rede Dia, também faz parte da reformulação da marca, que estava presente apenas em algumas unidades e agora estará nas 244 lojas da rede.

“Essa reformulação no mix de produtos e a padronização das lojas refletem nosso compromisso em oferecer praticidade e economia, sem abrir mão da qualidade. Queremos que os clientes encontrem tudo o que precisam em um só lugar, algo em linha com o nosso conceito ‘atacadinho de bairro’”, explica Farina.

Para promover a entrada no segmento de “atacadinho de bairro”, a rede Dia investiu em uma campanha de marketing. A atriz Fabiana Karla foi escolhida para ser o rosto do projeto.

A campanha está presente em múltiplos canais, tanto no online quanto no offline, e o objetivo é alcançar um público amplo e diversificado. “Por meio de uma comunicação clara e envolvente, queremos nos conectar com nossos clientes, mostrando que entendemos suas necessidades e oferecemos soluções acessíveis”, conta o CEO, que explica que a publicidade foi desenhada para “aumentar significativamente” a visibilidade da marca.

Fortalecimento do programa de fidelidade e marca própria

Um dos pilares do novo posicionamento estratégico do Dia Supermercado, o programa de fidelidade ClubDia também receberá uma maior atenção. A marca pretende reforçar os benefícios oferecidos, iniciativa que contará com a personalização da jornada do consumidor dentro da plataforma.

“A fidelização dos nossos clientes é um de nossos focos, e o ClubDia será um canal fundamental para estreitar ainda mais esse relacionamento, sempre com a missão de oferecer uma jornada de compra prática, econômica e personalizada”, destaca Farina.

Com mais de mil produtos no portfólio, a marca própria do Dia, a Melhor a Cada Dia, também é uma peça-chave na reformulação da rede. Uma das estratégias será se alinhar com preços competitivos do mercado, incluindo linhas de produtos importados, como o azeite extravirgem de Portugal, macarrão da Itália e geleia da Argentina.

“Estamos constantemente atentos às tendências e demandas do mercado para oferecer produtos inovadores, ampliando nossa gama de itens disponíveis”, acrescenta.

Venda das operações no Brasil

Em junho deste ano, quando ainda operava como Grupo Dia, a rede varejista entregou 100% da operação da rede de supermercados no Brasil pelo valor simbólico de 100 euros – o equivalente a R$ 568,19 à época. A decisão veio após a rede enfrentar uma série de crises e resultados negativos persistentes.

Fonte: Mercado & Consumo 

Como os varejistas estão se mantendo competitivos no setor de marcas próprias

Um estudo descobriu que os supermercados estão utilizando a categoria de marcas próprias para garantir a lucratividade

Os varejistas estão cada vez mais focados em marcas próprias para garantir lucratividade sustentável, já que o setor de bens de consumo embalados (CPG) enfrenta maior concorrência.

De acordo com um estudo da DataWeave, 9 em 10 grandes varejistas vendem produtos de marca própria com preços abaixo da média das respectivas categorias.

Karthik Bettadapura, cofundador e CEO da DataWeave, afirma que os varejistas estão intensificando seus investimentos em marcas próprias para obter margens adicionais, destacando os esforços de Kroger, Walmart e Amazon Fresh, que têm maior penetração de marcas próprias.

Os elementos para um portfólio mais robusto de marcas próprias, segundo o relatório, incluem uma maior variedade de produtos, liderada por Kroger e H-E-B. Enquanto isso, Albertsons, Walmart e Amazon Fresh se destacam no foco em sortimentos locais. Além disso, itens para casa, beleza e cuidados pessoais são os que mais lideram a distribuição de produtos de marca própria entre todos os varejistas.

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Youssef Squali, chefe global de pesquisa de internet e mídia na SunTrust Robinson Humphrey, afirmou que os resultados ressaltam como a experiência do cliente tem se tornado uma “força mais relevante nos últimos anos, influenciando quase todas as decisões sobre preços, variedade de produtos, promoções e investimentos em marcas próprias.”

Ele previu que essas dinâmicas continuarão a ser fundamentais para impulsionar o crescimento lucrativo à medida que o comércio online de bens de consumo embalados (CPG) se expande rapidamente no futuro próximo.

O relatório rastreou e analisou 450.000 produtos em 10 dos principais varejistas e 10 códigos postais em cada um.

Fonte: Supermarket News

Sam’s Club fortalece marca própria para disputar os descontos

A criação das marcas próprias tem sido uma estratégia cada vez mais usada por supermercados e lojas de departamento para atrair os consumidores com os preços baixos

O clube de compras Sam’s Club — parte do grupo Walmart — está aprimorando a sua linha de fabricação própria interna, a Member´s Mark, para passar a ter preços mais acessíveis.

Os produtos da marca são responsáveis por cerca de 30% das vendas da varejista nos EUA, representando US$ 86 bilhões em vendas.

A lógica por trás… A criação das marcas próprias tem sido uma estratégia cada vez mais usada por supermercados e lojas de departamento para atrair os consumidores com os preços baixos.

Isso porque as lojas gastam menos produzindo, pois não há custo de distribuição e marketing.

Fora isso, como supermercado, elas conseguem ver quais produtos têm vendido mais das outras marcas e simplesmente replicá-los.

Numbers don´t lie: As vendas de marcas próprias aumentaram 34% entre 2019 e 2023, movimentando US$ 236 bilhões no ano passado — movimento impulsionado inclusive pela Gen Z.

Curiosidade: A marca que mais vende no mundo é a Kirkland, da concorrente do Sam’s, Costco, que registrou um faturamento de US$ 176 bilhões em 2023.

Fonte: The News

 

 
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Quais são os 15 maiores supermercados no Brasil e quanto eles faturam? Veja a lista

Quais são os 15 maiores supermercados no Brasil e quanto eles faturam? Veja a lista

Os 15 maiores supermercados do país tiveram receitas somadas de 348,5 bilhões de reais

Faturamentos bilionários estampam a lista dos maiores supermercados do Brasil. Os números estão no ranking anual divulgado nesta terça-feira, 9, pela Associação Brasileira de Supermercados (Abras).

A liderança, pelo oitavo ano consecutivo, é do Grupo Carrefour. Sozinho, a marca cravou uma receita de 115 bilhões de reais no Brasil em 2023. A companhia ganhou ainda mais força nos últimos anos com a aquisição do Grupo Big, e manteve a primeira posição disparada mesmo com alguns fechamentos de unidades no último ano.

No segundo lugar, a Assaí Atacadista ficou com 72,7 bilhões de reais, sendo seguido pelo Grupo Mateus, tendo apurado no período R$ 30,2 bilhões de reais. O Mateus é a maior rede varejista das regiões Norte e Nordeste do país, e está presente nos estados do Maranhão, Pará, Piauí, Tocantins, Ceará, Pernambuco, Bahia, Sergipe, Alagoas e Paraíba.

Quais são os 15 maiores supermercados do Brasil em 2023
  1. Carrefour (SP): faturamento de 115,4 bilhões de reais
  2. Assaí Atacadista (SP): faturamento de 72,7 bilhões de reais
  3. Mateus Supermercados (MA): faturamento de 30,2 bilhões de reais
  4. Grupo Pão de Açúcar (SP): faturamento de 20,6 bilhões de reais
  5. Supermercados BH (MG): faturamento de 17,3 bilhões de reais
  6. Irmãos Muffato (PR): faturamento de 15,6 bilhões de reais
  7. Grupo Pereira (SP/SC): faturamento de 13,1 bilhões de reais
  8. Cencosud (SP): faturamento de 11,1 bilhões de reais
  9. Mart Minas (MG): faturamento de 9,4 bilhões de reais
  10. Koch Supermercados (SC): faturamento de 7,9 bilhões de reais
  11. DMA Distribuidora (MG): faturamento de 7,9 bilhões de reais
  12. Companhia Zaffari (RS): faturamento de 7,6 bilhões de reais
  13. Tenda Atacado (SP): faturamento de 6,9 bilhões de reais
  14. Grupo JC / Costa Atacadão (DF): faturamento de 6,8 bilhões de reais
  15. Savegnago (SP): faturamento de 6 bilhões de reais

Confira a reportagem no portal Exame.

 

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Private Label Brazil Feira

O que é Private Label, quais são as vantagens desse modelo de negócio

Private Label é um termo do inglês que pode ser traduzido como “marca privada”. Se você ainda não o conhece, não se preocupe! Vamos falar do que se trata e como essa tendência pode ser uma boa ideia para melhorar os seus negócios. Por aqui, tal expressão também é sinônimo para marca própria e representa uma estratégia de marketing em que uma empresa utiliza a própria marca para vender produtos fabricados por outra empresa ou fornecedor.

O que é Private Label? Como funciona na prática?

Como estratégia de negócio, a empresa que utiliza o Private Label não é responsável pela fabricação dos produtos, mas sim pela sua marca, pelo marketing e pela distribuição. A estratégia de Private Label é comumente utilizada por varejistas, supermercados e empresas de comércio eletrônico, visando oferecer produtos exclusivos aos seus clientes, aumentar a fidelidade dos consumidores e diferenciar-se da concorrência.

O uso do Private Label também pode ser uma forma de reduzir custos e aumentar a lucratividade, uma vez que a empresa não precisa investir em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou na sua cadeia de produção.

O que é um produto Private Label?

Geralmente, o fabricante do produto Private Label é responsável pela produção, pela embalagem e pela rotulagem do produto, enquanto a empresa que o vende fica responsável pela promoção e pela distribuição do produto com a marca própria.Quer conhecer algumas dicas sobre embalagens de produtos?

Os produtos Private Label podem ser encontrados em várias categorias, desde alimentos e bebidas até produtos de cuidados pessoais e vestuário. Os varejistas muitas vezes usam esses tipos de produtos para competir com marcas de renome, oferecendo produtos de qualidade semelhante a um preço mais baixo.

Por outro lado, as marcas contratantes podem usar produtos desse modelo de negócio para expandir sua linha de produtos sem ter que investir em pesquisa e desenvolvimento ou em infraestrutura de produção.

Vantagens e desvantagens do modelo Private Label

Antes de começar a vender como uma “marca privada”, você deve se perguntar: Private Label vale a pena?A resposta simples é “sim”, já que essa forma de vender pode trazer grandes vantagens para quem aposta nele. Pensando nisso, listamos algumas das principais vantagens desse tipo de negócio para que você avalie o que pode ganhar ao vender produtos nesse formato.

Vantagens

Menor custo: a produção de produtos Private Label geralmente têm custos mais baixos do que a produção de produtos de marca, visto que as empresas que produzem produtos desse modelo não precisam investir em pesquisa e desenvolvimento, branding e marketing, o que certamente pode significar preços mais baixos para o consumidor final.

Margens de lucro mais altas: Como os custos de produção são geralmente mais baixos, e a marca não precisa investir em marketing e publicidade, as margens de lucro tendem a ser mais altas para produtos Private Label.

As empresas podem usar o modelo Private Label buscando construir fidelidade e reconhecimento de marca, fornecendo produtos exclusivos e de qualidade aos consumidores.

Desvantagens

Como todo modelo de negócio, existem desafios que precisam ser superados na hora de colocar no ar a sua operação de Private Label. A seguir, você confere algumas desvantagens do modelo. Nenhuma delas deve impedi-lo de montar a sua operação, mas essas precisam ser conhecidas – e superadas – a fim de que seu negócio tenha sucesso.

Competição: A concorrência no mercado de produtos Private Label é forte, com muitas empresas lutando por espaço nas prateleiras. Assim, as empresas precisam garantir que seus produtos sejam de alta qualidade e tenham um preço competitivo para que se destaquem.

Dependência de fornecedores: As empresas que adotam o modelo Private Label dependem de seus fornecedores para produzir produtos de alta qualidade e atender às suas necessidades. Qualquer problema com o fornecedor pode afetar negativamente a qualidade e a disponibilidade do produto.

Pouco controle sobre o preço: Ao produzirem produtos nesse modelo as empresas têm menos controle sobre o preço final do produto, já que muitas vezes são as empresas que vendem os produtos com sua marca aquelas que determinam o preço.

Cada empresa deve avaliar cuidadosamente as vantagens e as desvantagens do modelo Private Label antes de decidir adotá-lo.

É importante pesar custos, riscos e benefícios potenciais com o propósito de determinar se o modelo Private Label é adequado para a empresa e para o seu mercado. Como você deve saber, nenhum grande passo no mundo do empreendedorismo deve ser dado sem um bom planejamento.

Como montar uma estratégia Private Label

Montar uma estratégia Private Label envolve várias etapas que devem ser cuidadosamente planejadas e executadas. A seguir, apresentamos um passo a passo para ajudá-lo a montar a sua estratégia:

  • Identifique o produto ou a categoria de produto: O primeiro passo é identificar o produto ou a categoria de produto que você deseja vender com a sua marca própria. Isso pode ser feito com base em pesquisa de mercado e análise de tendências.
  • Escolha um fornecedor: Uma vez que você tenha identificado a categoria de produto, escolha um fornecedor confiável e que atenda às suas necessidades em termos de qualidade, quantidade e preço.
  • Personalize o produto: A personalização do produto é um dos aspectos mais importantes da estratégia Private Label. Isso inclui o desenvolvimento de embalagens, rótulos e design que sejam distintos e identificáveis com a sua marca.
  • Defina a sua estratégia de marketing: Determine como você vai comercializar o produto com a sua marca, incluindo a definição do público-alvo, canais de distribuição e estratégias de promoção.
  • Preço: Determine o preço de venda do produto, levando em consideração o custo de produção, o preço dos concorrentes e as expectativas do público-alvo.
  • Teste e avalie: Antes de lançar o produto, faça testes com o objetivo de avaliar a qualidade, o apelo e a aceitação do público. Se necessário, faça ajustes e melhorias no produto e na estratégia de marketing.
  • Lance o produto: Depois de concluir todas as etapas anteriores, lance o produto no mercado e monitore os resultados para fazer ajustes, se necessário.
  • Mantenha a qualidade e a consistência: Para ter sucesso com uma estratégia Private Label, é importante manter a qualidade e a consistência do produto ao longo do tempo, bem como manter-se atualizado com as tendências de mercado e as necessidades do público-alvo.

Lembre-se de que a estratégia Private Label requer planejamento cuidadoso e comprometimento para ser bem-sucedida. Certifique-se de investir tempo e recursos suficientes para cada etapa do processo e de trabalhar com fornecedores confiáveis e experientes.

Quer conhecer mais soluções para vender produtos de forma otimizada? Então descubra também as possibilidades do modelo Dropshipping (e-commerce sem estoque).

Confira o artigo original no portal Inovação do SEBRAE MINAS.

 

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Doritos muito caro nos EUA faz pipocarem os salgadinhos de marca própria

Supermercados aumentam portfólio para atrair clientes com orçamento mais apertado

por Julie Creswell (THE NEW YORK TIMES) – Os salgadinhos se tornaram bem caros. Por anos, os clientes que paravam nas lojas de conveniência Casey’s General Stores, uma rede da região do Meio-Oeste dos Estados Unidos, não pensavam duas vezes em pegar um refrigerante e um pacote de Doritos ou de batatas Lay’s.

Mas ao longo do último ano, à medida que o preço de um pacote de batatas fritas disparou e parte dos clientes ficou com o orçamento apertado pelo alto custo do combustível e outras despesas, eles começaram a pegar a marca própria mais barata da Casey’s.

Então a Casey’s começou a estocar mais de suas próprias batatas fritas, em uma variedade de novos sabores. Neste verão (inverno no Brasil), a marca Casey’s representou um quarto de todos os pacotes de batatas fritas vendidos, reduzindo as vendas de grandes marcas como Frito-Lay, que pertence à PepsiCo.

“À medida que a inflação continua a aumentar, mais pessoas experimentam alternativas”, disse Darren Rebelez, CEO da Casey’s, que possui 350 produtos de marca própria e planeja incluir mais 45 este ano. “Se você colocar a alternativa bem na prateleira, ao lado da opção cara, as pessoas podem dizer: ‘Por que não?’ e experimentar.”

Grandes empresas de alimentos conquistaram participação de mercado durante a pandemia. Com problemas na cadeia de suprimentos afetando o que iria para as prateleiras, as pessoas estavam comprando basicamente o que conseguiam encontrar.

E elas continuaram comprando mesmo quando os preços dispararam, quando as marcas de alimentos e bebidas elevaram os preços para manter seus níveis de lucro, cobrindo os crescentes custos de ingredientes e mão de obra.

Supermercados aumentam portfólio de marcas próprias
Reprodução/Folha de S. Paulo
Queijos e legumes conquistam consumidor

Mas, agora, com os varejistas expandindo suas ofertas de alimentos e bebidas de marca própria, os consumidores estão mudando lentamente seus gastos. No geral, alimentos e bebidas de marca própria aumentaram para uma participação de 20,6% nas despesas com supermercado, em comparação com 18,7% antes da pandemia, segundo pesquisa feita pela empresa Circana.

Mas uma análise mais aprofundada de algumas categorias revela que os produtos de marca própria estão ganhando terreno significativo em relação às marcas nacionais.

As marcas próprias conquistaram 38% das vendas de legumes enlatados entre abril e junho deste ano, segundo a empresa de pesquisa de mercado Numerator. Os dados também mostram que o queijo de marca própria detinha 45% do mercado, e o café, quase 15%.

Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Mercado de produtos de marca própria cresce no Brasil

Os produtos de marca própria estão presentes em 34% dos lares brasileiros

por Leonardo Leão – Não é de hoje que os produtos de marca própria vêm conquistando os brasileiros e aparecendo cada vez mais nas gôndolas de supermercados e farmácias do País. Pesquisas de diferentes instituições mostram a pujança do segmento, ao mesmo tempo em que indica que, no geral, o mercado ainda está em desenvolvimento e possui muitas oportunidades de crescimento tanto no País quanto em Minas.

Neste cenário, estudo da NielsenIQ (NIQ), encomendado pela Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), revela que os produtos de marca própria estão presentes em 34% dos lares brasileiros. Os consumidores encontram nas marcas exclusivas indicadores de confiança e qualidade nos produtos que procuram.

No caso de Minas Gerais, a Scanntech, empresa especializada em inteligência de dados para o varejo, diz que o setor de private label cresceu uma média de 18% no Estado no ano passado.

Outro levantamento da NIQ revela incremento de 17% nas vendas de produtos private label no varejo alimentar, entre os anos de 2021 e 2022. Esse resultado superou o desempenho apresentado pelas outras marcas, que cresceram 14% no período.

Já o relatório do Santander Research, em parceria com a Amicci, apontou que os produtos de marca própria podem garantir uma margem bruta de lucratividade superior a 30%, além de preços até 20% mais baratos que os concorrentes convencionais. O estudo ainda revelou que as varejistas brasileiras poderiam melhorar seu desempenho se investissem ainda mais nesse segmento.

Uma das redes que vem apostando nesse mercado é a mineira Supermercados BH. O presidente da companhia, Pedro Lourenço de Oliveira, relata que a representatividade e capilaridade da empresa fizeram com que o movimento para esse segmento ocorresse de forma natural. “Isso acabou favorecendo uma diferenciação por oferecer algo único que os consumidores só encontram em nossas lojas”, completa.

Segundo ele, a rede já conta com mais de 160 produtos de marca própria e suas variantes. Juntos, eles representam cerca de 8% do faturamento do Supermercados BH.

Pedro Lourenço garante que esses produtos são bem aceitos pelos consumidores mineiros. “Isso porque, além de serem comercializados a um preço bem competitivo, primamos pela qualidade, o que aumenta a confiança dos consumidores em nossa marca própria”, explica.

Ele ainda revela que, devido ao ótimo desempenho apresentado e pela crescente demanda da linha de marca própria, a rede Supermercados BH já planeja seguir com a ampliação do mix de produtos desse segmento. “A empresa acredita na parceria com importantes indústrias para continuar viabilizando produtos de qualidade e preço justo, que atendam às exigências do consumidor”, completa.

Espaço para crescimento

Dentre os fornecedores do Supermercados BH, está a Baldini Alimentos, empresa responsável pela produção do pão de forma da rede. O gerente comercial da Baldini, Maicon Campideli, considera que o mercado mineiro de marca própria ainda oferece muitas oportunidades, assim como o nacional, uma vez que ainda existem muitos segmentos que não possuem um produto deste tipo.

“Hoje temos vários supermercados que trabalham com marca própria. Mas você vê que ainda não tem uma marca própria para todos os segmentos. Então, ainda tem muito para crescer nesse sentido”, relata.

Para ele, uma das vantagens de uma empresa como a Baldini entrar nesse setor é a maior aceitação do público em relação a marcas como a do Supermercados BH, o que gera um aumento no volume de vendas da fabricante. Enquanto a rede varejista ganha com a qualidade dos produtos fornecidos. Campideli ainda revela que os produtos de private label são responsáveis por uma grande fatia das vendas no segmento de pães. “Isso gera muitos benefícios para a indústria, não só na produção de pães, mas também em outros segmentos”, pontua.

Quanto aos principais desafios para quem atua nessa área, o gerente comercial da Baldini apontou que boa parte está no processo de criação do produto de marca própria, já que para alcançar a qualidade desejada, a empresa deve passar por um processo meticuloso de testes e pesquisas que trarão como resultado um produto de boa qualidade.

Outra dificuldade a ser superada é a questão da validade do produto. “O desafio para uma empresa que quer entrar no segmento de marca própria é ter um produto com uma validade mais extensa do que o normal. Isso oferece oportunidades de estocar dentro do mercado, de mandar para distâncias maiores, além de fazer negociações com um volume maior sem se preocupar com a perda desse produto”, destaca.

Marca própria Porti

Considerando o desenvolvimento do setor de private label em Minas Gerais, a Associação Hipervalor Varejista, instituição que reúne sete redes de supermercados no Estado (Rena, Alvorada, Big Mais, Santa Helena, SJ, SuperLuna e Supermaxi), está lançando sua marca própria chamada Porti.

O presidente da Hipervalor Varejista, Vinícius de Morais Mendes, destaca que a principal vantagem de atuar no mercado de private label é o fato de poder oferecer um produto com alta qualidade e um excelente custo benefício.

Já o diretor executivo da Hipervalor, Gustavo Fleubert, explica que o objetivo desse lançamento é fidelizar os consumidores, por meio de produtos exclusivos de qualidade com preços mais acessíveis.

“O consumidor vai às nossas lojas buscando um produto de qualidade, porque ele tem muita confiança nos nossos associados. Então, a gente está buscando exatamente isso, um excelente custo benefício entregando um produto de qualidade com a nossa marca”, afirma.

Ele ainda ressalta que a expectativa é de que os produtos da marca Porti estejam entre os mais vendidos nas unidades dos associados da Hipervalor. “Queremos que o item de marca própria figure entre o primeiro e o segundo item de maior venda”, afirma.

Como montar uma estratégia private label

Montar uma estratégia private label envolve várias etapas que devem ser cuidadosamente planejadas e executadas. A seguir, o Sebrae Minas apresenta um passo a passo para ajudar a montar a estratégia:

  • Identifique o produto ou a categoria de produto: O primeiro passo é identificar o produto ou a categoria de produto que você deseja vender com a sua marca própria. Isso pode ser feito com base em pesquisa de mercado e análise de tendências.
  • Escolha um fornecedor: Uma vez que você tenha identificado a categoria de produto, escolha um fornecedor confiável e que atenda às suas necessidades em termos de qualidade, quantidade e preço.
  • Personalize o produto: A personalização do produto é um dos aspectos mais importantes da estratégia private label. Isso inclui o desenvolvimento de embalagens, rótulos e design que sejam distintos e identificáveis com a sua marca.
  • Defina a sua estratégia de marketing: Determine como você vai comercializar o produto com a sua marca, incluindo a definição do público-alvo, canais de distribuição e estratégias de promoção.
  • Preço: Determine o preço de venda do produto, levando em consideração o custo de produção, o preço dos concorrentes e as expectativas do público-alvo.
  • Teste e avalie: Antes de lançar o produto, faça testes com o objetivo de avaliar a qualidade, o apelo e a aceitação do público. Se necessário, faça ajustes e melhorias no produto e na estratégia de marketing.
  • Lance o produto: Depois de concluir todas as etapas anteriores, lance o produto no mercado e monitore os resultados para fazer ajustes, se necessário.
  • Mantenha a qualidade e a consistência: Para ter sucesso com uma estratégia Private Label, é importante manter a qualidade e a consistência do produto ao longo do tempo, bem como manter-se atualizado com as tendências de mercado e as necessidades do público-alvo.

Confira a reportagem: Diário do Comércio 

 

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