Marcas próprias quebram paradigma e entram nas casas brasileiras

Marcas próprias quebram paradigma e entram nas casas brasileiras

GPA atinge quase todas as categorias com marca Qualitá e vendas de itens chegam a mais de 20%

As marcas próprias de redes do varejo estão fortalecendo a presença nas compras dos brasileiros. Uma pesquisa da Nielsen mostra que 34% das casas brasileiras têm esses itens na despensa, o que revela a quebra de um paradigma que havia no mercado brasileiro que associava esses produtos à baixa qualidade. Uma das empresas varejistas pioneiras neste mercado é o GPA (Grupo Pão de Açúcar) e, hoje, suas marcas próprias representam 21% das vendas, segundo Allan Gate Hock, diretor de marcas exclusivas do GPA.

De acordo com o executivo, em 2023 a companhia registrou um crescimento de 15% nas vendas de itens de marcas próprias da rede, com destaque para a principal marca do portfólio GPA. “O sortimento de marcas próprias do GPA, especialmente de Qualitá, que é a nossa maior marca em número de produtos e também em volume de vendas, permeia quase todas as categorias de maior relevância e aceitação. O principal desafio para que o cliente faça a primeira compra é o conhecimento e a construção da confiança”, afirma Allan Gate Hock.

O diretor de marcas exclusivas do GPA conta que alguns projetos levam até dois anos para chegar ao produto final por conta do nível de exigência elevado da companhia em relação à qualidade dos itens colocados à venda. “Trabalhamos em conjunto para que nossas marcas e a indústria coexistam e atendam a diferentes públicos e jornadas de compra. Nosso objetivo é sempre oferecer uma grande variedade de opções para que o cliente possa escolher aquela que mais o agrada”, diz.

Itens de maior aceitação e expectativa com amenities

A Harus, empresa que produz amenities, como mini sabonetes, shampoo em pequenos frascos e acessórios para banheiros de hotéis, aumentou o espaço fabril para atender o varejo brasileiro. De acordo com Luís Fernando Gomes, diretor comercial da Harus, as categorias de produtos de marca própria que têm maior aceitação são as de produtos de higiene pessoal.

O diretor comercial da Harus estima que, em cinco anos, 50% da receita da empresa seja oriunda da produção de itens de beleza para marcas próprias de redes de supermercados e farmácias. “Estamos com grandes expectativas nesse sentido, investimos em tecnologia, maquinário e mão de obra para estarmos aptos a processar e produzir grandes volumes, com garantia de excelência e qualidade na fabricação dos produtos amenities”, completa Luís Fernando Gomes.

Lei a reportagem no portal Super Varejo.

 

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Empresa de snacks mira mercado de marca própria no Brasil

Empresa de snacks mira mercado de marca própria no Brasil

Rudolph Company investe R$ 20 milhões em fábrica localizada na região metropolitana de Curitiba

A empresa Rudolph Snacks, pertencente à Rudolph Company, chegou ao Brasil e anuncia seu objetivo no mercado brasileiro: impulsionar o segmento de snacks com um produto proteico de torresmo e pururuca.

“O Brasil conta com variações de produtos de milho, trigo e batata, por isso é muito difícil inovar dentro desta categoria usando sempre os mesmos ingredientes. A Rudolph apresenta um snack de proteína e low carb. É um produto novo de fato e não uma formatação de algo que já existe”, conta Lucas Petry Mueller, diretor comercial de operação da Rudolph Snacks no Brasil.

De acordo com a companhia, o investimento inicial foi de R$ 20 milhões na fábrica localizada na região metropolitana de Curitiba, no Paraná. “O mercado de marca própria segue ganhando força no Brasil, se apresentando como um mercado promissor. Assim, toda empresa de alimento que deseja ter sua linha de snack pode ser nosso cliente”, explica Lucas.

Entenda o que é marca própria, produtos que podem se adaptar rapidamente às tendências de mercado

Certificada e fiscalizada pela SIF – Serviço de Inspeção Federal -, a Rudolph Snacks está em uma categoria que cresceu 60% nos últimos cinco anos, com previsão de crescimento de mais 30% até 2025. “Atuamos em um nicho deste mercado de marca própria e chegamos para sermos referência no segmento de torresmo e pururuca no Brasil. Temos objetivo de crescer 30, 40% nos próximos três anos”, ressalta o diretor comercial da Rudolph Snacks.

Confira a reportagem no Super Varejo.

 

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Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Doritos muito caro nos EUA faz pipocarem os salgadinhos de marca própria

Supermercados aumentam portfólio para atrair clientes com orçamento mais apertado

por Julie Creswell (THE NEW YORK TIMES) – Os salgadinhos se tornaram bem caros. Por anos, os clientes que paravam nas lojas de conveniência Casey’s General Stores, uma rede da região do Meio-Oeste dos Estados Unidos, não pensavam duas vezes em pegar um refrigerante e um pacote de Doritos ou de batatas Lay’s.

Mas ao longo do último ano, à medida que o preço de um pacote de batatas fritas disparou e parte dos clientes ficou com o orçamento apertado pelo alto custo do combustível e outras despesas, eles começaram a pegar a marca própria mais barata da Casey’s.

Então a Casey’s começou a estocar mais de suas próprias batatas fritas, em uma variedade de novos sabores. Neste verão (inverno no Brasil), a marca Casey’s representou um quarto de todos os pacotes de batatas fritas vendidos, reduzindo as vendas de grandes marcas como Frito-Lay, que pertence à PepsiCo.

“À medida que a inflação continua a aumentar, mais pessoas experimentam alternativas”, disse Darren Rebelez, CEO da Casey’s, que possui 350 produtos de marca própria e planeja incluir mais 45 este ano. “Se você colocar a alternativa bem na prateleira, ao lado da opção cara, as pessoas podem dizer: ‘Por que não?’ e experimentar.”

Grandes empresas de alimentos conquistaram participação de mercado durante a pandemia. Com problemas na cadeia de suprimentos afetando o que iria para as prateleiras, as pessoas estavam comprando basicamente o que conseguiam encontrar.

E elas continuaram comprando mesmo quando os preços dispararam, quando as marcas de alimentos e bebidas elevaram os preços para manter seus níveis de lucro, cobrindo os crescentes custos de ingredientes e mão de obra.

Supermercados aumentam portfólio de marcas próprias
Reprodução/Folha de S. Paulo
Queijos e legumes conquistam consumidor

Mas, agora, com os varejistas expandindo suas ofertas de alimentos e bebidas de marca própria, os consumidores estão mudando lentamente seus gastos. No geral, alimentos e bebidas de marca própria aumentaram para uma participação de 20,6% nas despesas com supermercado, em comparação com 18,7% antes da pandemia, segundo pesquisa feita pela empresa Circana.

Mas uma análise mais aprofundada de algumas categorias revela que os produtos de marca própria estão ganhando terreno significativo em relação às marcas nacionais.

As marcas próprias conquistaram 38% das vendas de legumes enlatados entre abril e junho deste ano, segundo a empresa de pesquisa de mercado Numerator. Os dados também mostram que o queijo de marca própria detinha 45% do mercado, e o café, quase 15%.

Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

O que é marca própria e como ela pode transformar o mercado

Entenda o que é marca própria, produtos que podem se adaptar rapidamente às tendências de mercado

No dinâmico cenário do varejo, entender o que é marca própria é crucial para qualquer entusiasta do comércio. As marcas próprias são produtos desenvolvidos e comercializados por varejistas sob sua própria marca, oferecendo uma experiência exclusiva aos consumidores. Essa abordagem estratégica permite que as empresas construam uma identidade única e fortaleçam a fidelidade do cliente.

As marcas próprias são muito mais do que simples produtos. Elas representam uma oportunidade para os varejistas estabelecerem sua presença no mercado e se destacarem da concorrência. Ao criar produtos distintos, as marcas próprias podem moldar a percepção dos consumidores, transmitindo valores específicos e construindo confiança ao longo do tempo.

Inovação e flexibilidade: o DNA das Marcas Próprias

No centro do conceito “o que é marca própria”, encontra-se a inovação. Essas marcas têm a liberdade de experimentar, adaptar-se rapidamente às tendências do mercado e oferecer produtos exclusivos. Esse dinamismo proporciona uma flexibilidade que muitas marcas tradicionais não conseguem igualar.

Ao longo do tempo, observamos um crescimento notável nas marcas próprias em diversos setores. Essa ascensão não é por acaso; é impulsionada pelo desejo dos consumidores por opções exclusivas e pela busca de uma relação mais direta com as marcas.

O papel do consumidor na definição de Marcas Próprias

Quando exploramos a questão de o que é marca própria, é essencial considerar o papel central dos consumidores. Eles desempenham um papel ativo na construção dessas marcas, influenciando as escolhas de produtos e, consequentemente, moldando a direção estratégica das empresas.

Conectar-se emocionalmente com os consumidores é uma peça-chave no quebra-cabeça das marcas próprias bem-sucedidas. A criação de uma narrativa envolvente em torno dos produtos, combinada com um compromisso transparente, fortalece os laços entre marca e consumidor.

Desvendando o potencial das Marcas Próprias

Em resumo, entender o que é marca própria é mergulhar em um universo de inovação, flexibilidade e conexão com o consumidor. À medida que as empresas abraçam essa abordagem, elas não apenas definem seus produtos, mas também moldam a experiência de compra. As marcas próprias representam uma evolução dinâmica no cenário do varejo, oferecendo aos consumidores opções exclusivas e às empresas a oportunidade de se destacarem.

Descubra mais sobre esse fascinante mundo das marcas próprias e como elas estão transformando o mercado. Siga a Private Label Brazil no Instagram, no Linkedin e no Facebook para ficar atualizado sobre as últimas tendências e estratégias no universo do varejo.

 

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Santander

Santander vê atacarejo como barreira (e impulso) às marcas próprias

Santander revisou modelo de avaliação para companhias como Assaí, GPA, Pague Menos e Raia Drogasil

Em um relatório sobre companhias de varejo de consumo essencial, ou de alimentos e bebidas, o Santander chamou a atenção para a baixa participação das marcas próprias nessas operações, ainda pouco relevantes frente a outros países. E entende que o atacarejo, embora esteja sendo uma barreira para o avanço dessa estratégia no mercado, pode acabar sendo também um fator de impulsão.

Apesar de estar crescendo constantemente ao longo dos anos, a participação das vendas de marcas das próprias varejistas ainda é muito baixa na América Latina, em 3,1%, quando comparada à média global, de 21%. No Brasil, o share ficou em 1,9% em julho de 2023, praticamente o mesmo de dois anos antes, em 1,8%. Como principal motivo, os analistas apontam a crescente relevância dos atacarejos frente ao modelo de hipermercados, onde as marcas próprias se saem melhor.

Por outro lado, acreditam os analistas, o próprio atacarejo deve aderir à estratégia de marcas próprias, como mais uma fonte de diferenciação para o seu modelo.

No Brasil, onde o segmento é quase onipresente, o Santander espera que a ênfase passe gradualmente de meramente “estar lá” para “ser a escolha preferida” dos consumidores, com o private label (marcas próprias) emergindo como uma ferramenta potente para isso. “De acordo com as nossas estimativas, apenas 10% de penetração de PL poderia garantir um aumento de 2% no lucro bruto, traduzindo-se em uma soma material quando a escala do Assaí e Atacadão é considerada.”

No mercado brasileiro, Carrefour e GPA foram pioneiros no setor na adoção de marca própria. Desde 2018, a penetração do PL nas vendas da rede francesa saltaram de 10% para 20%. Já no Pão de Açúcar, o percentual foi de 12% para 23% no mesmo período. Bem abaixo disso fica a representação no varejo de medicamentos: RD conta com 9% e Pague Menos, com 15%.

“Substancialmente atrás das tendências globais, o mercado brasileiro apresenta potencial para alavancar estratégias de private label (marcas próprias) para aumentar a rentabilidade dos varejistas e diversificar a gama de produtos. Acreditamos que o mercado de Private Label continuará a evoluir e a aumentar sua relevância no varejo brasileiro”, diz o relatório. Os analistas explicam que o Private Label ainda facilita o controle de monetização dos pontos de venda, uma vantagem de frente a outras marcas.

Ao levar em conta projeções macroeconômicas atualizadas e a última safra de balanços, os analistas também atualizaram os modelos de avaliação para empresas do setor. O banco revisou suas preferências e elegeu como top picks o Grupo Mateus, antes de Assaí e grupo Pão de Açúcar, e Pague Menos, frente a RaiaDrogasil.

Com operação em regiões menos competitivas que seus pares no sudeste, o grupo Mateus vive um processo de rápida expansão, motivo que faz o banco recomendar a compra da ação, feitas as ressalvas de que a companhia ainda é dependente de benefícios fiscais estaduais.

Já para a Pague Menos, o banco acredita que o pior já passou e que o aumento de capital deve aliviar a pressão sobre o endividamento. A rede de farmácias deve ainda recuperar as margens, com as despesas administrativas se diluindo e o plano de expansão sendo retomado.

Confira o texto na íntegra: Pipeline Valor – Globo

 

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