Futuro do Consumo e Varejo será mais sobre posicionamento e menos sobre incentivos fiscais

Futuro do Consumo e Varejo será mais sobre posicionamento e menos sobre incentivos fiscais

Incertezas econômicas e pressões inflacionárias persistentes têm impactado as preferências de compra no varejo e levado o consumidor a otimizar o orçamento que tem à disposição. Esta realidade, que se traduz em mudanças de estilos de vida, comportamentos e valores, apresenta desafios às marcas para repensar portfólios e estratégias de posicionamento em um cenário de busca pela produtividade máxima.

Os sentimentos dos consumidores e a forma como eles pretendem orientar seus gastos no futuro próximo foram captados pela 14ª onda do estudo EY Future Consumer Index. Conduzida entre 21 de maio e 16 de abril deste ano em 30 países, a pesquisa ouviu 23.016 pessoas e identificou tendências de consumo em um ambiente marcado pela racionalidade na compra, sem perder de vista a qualidade e o valor agregado de produtos e serviços.

De acordo com o estudo, a preocupação do brasileiro com o futuro é muito acima da média global (83% vs 51%). Os consumidores locais também lideram quando o assunto é vigilância e consciência da saúde mental (86% vs 75% na média global) e se destacam igualmente no valor dado ao dinheiro nos anos que estão por vir (81% vs 72% ante o mundo).

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Tais percepções influenciam diretamente as estratégias das empresas e dificultam o repasse da alta dos preços em momento inflacionário. Para as marcas, a oportunidade que se abre está relacionada à melhoria da operação com o objetivo de ganhar eficiência e aumentar as margens. É sabido que este movimento passa pelo uso de tecnologias que tornam o dia a dia mais produtivo, mas, sobretudo, envolve o entendimento de uma nova grande força transformacional que será determinante daqui para frente: a reforma tributária.

Mais estratégica do que parece

Um dos principais pontos da reforma tributária, que será implementada gradualmente a partir de 2026, é a tributação no destino. Os impostos, que hoje são aplicados na origem da produção, passarão a incidir no local onde os consumidores estão baseados. Trata-se de uma medida que simplifica a tributação para acabar com a guerra fiscal entre os estados e os incentivos que levam empresas a instalar fábricas e centros de distribuição em determinados locais interessados apenas na eficiência tributária.

“A diminuição da complexidade na tributação de impostos muda o jogo porque o foco passará a estar nas estratégias de consumo. Dessa forma, a reforma tributária é mais estratégica do que parece, porque levará as empresas a repensar processos de toda a cadeia de valor, com desdobramentos positivos na rentabilidade da operação e na experiência do cliente, para além de ajustes fiscais”, diz Natália Sperati Sócia de Estratégia da EY-Parthenon para Bens de Consumo e Varejo para a América Latina.

Todas as áreas que lidam com prestação de contas e fluxo de caixa serão alteradas direta ou indiretamente. Custos de insumos, produção e mão de obra, de transporte, de armazenamento… Tudo isso será afetado e, consequentemente, reimaginado.

A estimativa considera dois cenários: um com repasse integral dos preços ao consumidor, e outro no qual apenas a margem de lucro seria deslocada. No primeiro caso, a média entre a carga máxima e mínima apurada seria de 20%; no segundo caso, a variação poderia levar a aumento de 66% ou a uma queda de 28%. São mudanças significativas que influenciam qualquer estratégia de posicionamento de mercado e não podem ser ignoradas.

Se hoje a busca pelo valor agregado dá o tom das percepções dos consumidores, no futuro, a expectativa é que a sensibilidade ao preço volte a figurar no topo das prioridades de compra, como foi nos anos de pandemia. O tema é extremamente relevante e estratégico, por isso, é essencial que as discussões sobre a reforma tributária envolvam as todas as áreas de negócios (marketing, vendas, finanças, legal, supply, etc) e motivem a revisão de toda a cadeia de valor no médio e longo prazos.

“O momento, portanto, é de entendimento dos impactos da reforma tributária e da definição da agenda que será adotada ao longo dos próximos anos. Feita esta lição de casa, na sequência as lideranças poderão se debruçar sobre a estrutura tecnológica necessária a partir da parametrização de sistemas para capturar o maior valor possível”, diz Cristiane Amaral Sócia-líder do segmento de Bens de Consumo e Varejo para a América Latina.

A força do private label

Conforme identificou a 14ª onda do EY Future Consumer Index, os consumidores estão em busca de maior valor agregado para o orçamento que têm à disposição e, ao mesmo tempo, valorizam a qualidade na tomada de decisões. Prova disso é o interesse na compra de produtos private label (marca própria).

Segundo o estudo, 62% dizem que itens desta categoria satisfazem suas necessidades tanto quanto os de marcas líderes. No Brasil, 69% têm a percepção de que os produtos de private label estão mais qualificados do que antes, ante 59% da média global.

Enquanto a categoria do private label ganha espaço, a percepção da maioria dos consumidores (86%) é a de que marcas líderes reduziram os tamanhos de seus produtos sem reduzir os preços. E, para 59% deles, a compra destes produtos se dá atualmente apenas mediante promoções ou descontos, o que reforça a importância dos elementos de diferenciação no atendimento às demandas do público.

 

Os 3 “is” da fidelização

A fidelização do cliente nunca é simples ou fácil e exige uma combinação de conveniência e eficiência, com processos simplificados de compra. Neste cenário, há três palavras que resumem uma abordagem vencedora: intimidade, invisibilidade e indispensabilidade. Intimidade no sentido de gerar experiências coerentes e próximas para que o cliente se sinta contemplado pela marca; invisibilidade no contexto de entregar pedidos online ou finalizar a venda nas lojas físicas rapidamente, sem que o cliente perceba fricções; e indispensabilidade para oferecer soluções exclusivas baseadas no conhecimento que se tem do cliente por meio de dados.

A boa notícia é que há espaço para a construção desta relação com os consumidores. Para 66% dos brasileiros respondentes do estudo, ofertas personalizadas enviadas por marcas com as quais eles interagiram previamente aprimoram sua experiência de compra. Além disso, 79% dizem que planejam prestar mais atenção em promoções de marcas com as quais compartilharam dados. No Brasil, o principal motivo que faria os clientes aderirem a um programa de fidelidade é a gratuidade da entrega e devolução do produto (77%), reforçando o aspecto da “invisibilidade” da marca, sem fricções desnecessárias.

Mais do que trazer à tona sentimentos e percepções, os achados da pesquisa jogam luz para a importância de expandir estratégias conhecidas de fidelização, como programa de pontos e descontos infinitos. A mensagem vinda dos consumidores aponta para a força da criação de serviços baseados no conhecimento que se tem dele. Para transformar dados em insights acionáveis, do ponto de vista tecnológico, é preciso que toda a operação “fale entre si” para entregar a eficiência que o usuário espera.

Alguns incentivos que podem ser adotados para construir confiança e fidelização junto ao consumidor são: a criação de novas oportunidades usando os dados coletados para a geração de ofertas direcionadas a grupos específicos; a combinação de base de dados para identificar o que mais importa a determinado grupo de clientes e, assim, estabelecer uma agenda aderente às expectativas; e o investimento em cibersegurança para demonstrar que os dados estão protegidos. Afinal, ter a identidade pessoal roubada é o receio de 77% dos brasileiros respondentes à pesquisa.

A influência dos influencers

O crescimento dos influenciadores digitais é notável e seu impacto na jornada de compra, também. Estima-se que haja mais de 500.000 perfis nas redes sociais seguidos por pelo menos 10.000 pessoas no Brasil, um contingente que não apenas faz barulho, mas se mostra decisivo. Segundo a pesquisa, 61% dos brasileiros afirmam que suas decisões de compra são moldadas pelo que os influenciadores dizem (abaixo da média global), e 73% dizem ter adquirido produtos somente com base em recomendações ou promoções divulgadas por estes profissionais (acima da média global).

Para as marcas, este novo mercado representa um enorme desafio do controle da narrativa, que antes era restrita a canais de mídia, e agora está, literalmente, nas mãos de personalidades digitais com vozes próprias. As altas lideranças nas empresas estão atentas a esta nova realidade e têm revisado suas estratégias de vendas, porque, conforme o tempo passa, fica claro que os influenciadores mantêm uma posição única de estabelecer interações individualizadas e extremamente qualificadas.

Este cenário mostra a força da venda por meio das redes sociais no Brasil (social commerce), que está em expansão e tem bases tecnológicas sólidas que permitem às marcas explorar oportunidades variadas.

“Da mesma forma que as empresas usam tecnologia para evoluir suas estratégias de segmentação de clientes, começaram a utilizá-la para acompanhar o que influenciadores, clientes e o público em geral falam de suas marcas (bem ou mal). O objetivo é ter insumos que possam apoiar a tomada de decisões de negócios”, diz Willian Valiante, sócio de Consulting para Varejo na América Latina.

Casos práticos e impactos nos setores

Foi a partir deste exercício de “escuta online” que uma marca de beleza lançou um perfume cruzando opiniões de fontes variadas, inclusive relatos sobre itens da concorrência. O lançamento foi um sucesso, e 95% da meta de vendas foi alcançada em pouco tempo. Na indústria de alimentos, impacto semelhante é sentido em ações realizadas pontualmente por influenciadores, que são capazes de gerar picos de vendas rapidamente.

O segmento de calçados e vestuário não fica atrás. É comum encontrar influenciadores que exercem grande impacto no público com ações de provadores virtuais e fast fashion. O interesse é maior por parte de lojas com atuação exclusivamente online e que estão em busca de validações comerciais rápidas para lançar (ou não) determinado produto. Já os players tradicionais, que contam com a vantagem da ampla representatividade do varejo físico, têm apostado na construção de lojas conceituais e convidativas para incentivar experiências capazes de encantar consumidores.

Conclusão

Em plena transformação, o futuro do varejo tende a ser orientado ao posicionamento estratégico de mercado através de precificação adequada e alto nível de personalização. Além do uso de tecnologias para entender o cliente e explorar novas formas de monetização, a maior oportunidade dos próximos anos está na reforma tributária e seus desdobramentos para toda a cadeia de valor. Repensar processos a partir da tributação no destino do consumo será decisivo para melhorar a lucratividade e direcionar o foco da operação para as necessidades do cliente, de maneira integrada.

Autores:

Cristiane Amaral – Sócia-líder do segmento de Bens de Consumo e Varejo para a América Latina

Natália Sperati – Sócia de Estratégia da EY-Parthenon para Bens de Consumo e Varejo para a América Latina

Willian Valiante – Sócio de Consulting para Varejo na América Latina

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RD Saúde, dona das redes Raia e Drogasil, lança linha de produtos sustentáveis

RD Saúde, dona das redes Raia e Drogasil, lançou uma submarca da marca própria Needs

Com Needs Natos, grupo passa a explorar um novo segmento de mercado; divulgação, focada em digital, é da McCann Health Brasil

A RD Saúde, dona das redes Raia e Drogasil, lançou oficialmente na quarta-feira, 25, uma submarca da sua marca própria Needs.

O desenvolvimento da Needs Natos – o nome vem da junção de “natureza” e “atos” – vinha sendo feito ao longo dos últimos três anos e contou com muita pesquisa e cocriação com o consumidor, segundo Mariana Senhore, gerente-executiva de Marcas Próprias da RD Saúde.

Os produtos da nova linha levam 90% de ingredientes naturais, têm embalagens – criadas pela Pande – feitas de material reciclado e são recicláveis (o que gera 90% menos uso de plástico) e um percentual da renda obtida com as vendas de Natos será revertido ao Instituto Ipê. Até o momento, compõem o portfólio sabonetes e hidratantes stick para o rosto, sabonetes e hidratantes corporais e desodorantes (em formato stick e creme).

Equilíbrio delicado

Mariana Senhore reconhece que lançar uma marca com esse perfil de produtos não é fácil, justamente porque é preciso equilibrar uma proposta sustentável com a rentabilidade do negócio e demandas do consumidor (que, por exemplo, não acredita no potencial de limpeza de produtos que não façam espuma).

“Natos nos leva a explorar como oportunidade o consumo consciente. E está ligada à própria origem de Needs como um todo, que tem o propósito de contribuir com pessoas, planeta e negócios saudáveis”, afirma a executiva.

Marketing digital

A comunicação da nova marca, capitaneada pela McCann Health Brasil, tem como mensagem central “Tudo o que faz bem, pra você e pra natureza”. No evento de lançamento, em São Paulo, a marca apresentou um vídeo-manifesto, que também será veiculado em redes sociais.

A estratégia de marketing para Needs Natos, aliás, é toda calcada em mídia digital, com inserções nas plataformas da Meta, no TikTok, YouTube e uso de mídia programática. Carolina Gonçalves, consumer business director da McCann Health Brasil, exalta que a comunicação também terá o envolvimento de influenciadores que tenham afinidade ao tema da sustentabilidade socioambiental.

Potencial de expansão

A linha Needs Natos também é vista como uma forma de testar ações de sustentabilidade que possam ser escaladas para outros itens do portfólio de Needs, que hoje está presente em cerca de 50 categorias.

A marca-mãe atingiu faturamento de R$ 1 bilhão, em 2023, vem registrando crescimento médio anual de 20% e já é a quarta maior marca do setor farmacêutico como um todo (dados iQvia). Segundo Renata Mascarenhas, diretora de marcas próprias da RD, a nova marca resume uma série de compromissos socioambientais assumidos pela companhia até 2030.

O investimento na nova marca não é revelado, mas Renata ressalta que esse é um movimento “estratégico para o portfólio”.

Os preços dos produtos da linha Natos serão em média 10% mais altos que os demais no portfólio de Needs, mas ainda abaixo dos itens naturais e veganos do mercado.

 

COOP amplia a sua linha de produtos de marca própria

Companhia cria estratégia de exposição dos itens para atrair a atenção dos clientes

Os produtos de marca própria caíram no gosto dos consumidores e, segundo estudo da NielsenIQ (NIQ), encomendado pela Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (Abmapro), eles já estão presentes em 34% dos lares brasileiros. E não faltam vantagens para o setor de private label: confiança, qualidade e preços competitivos.

Na Coop, por exemplo, cuja marca está completando 27 anos, o mix de produtos já chega a cerca de 500 itens e envolve a marca Coop e a marca de fabricação própria, a Delícias da Coop. “O nosso festival de marcas próprias sempre acontece no mês de setembro e neste ano, será estendido até meados de novembro para comemorar junto com os 70 anos de fundação da rede”, destaca a gerente comercial Diana Queirós.

Para acompanhar o sucesso dos itens de marca própria, a Coop lançou somente neste ano 34 novos produtos e entre eles estão farinha de trigo, removedores, lustra-móveis e lava-roupas concentrado. De acordo com a gerente, o destaque fica para a entrada da marca própria na categoria de utilidades domésticas, já materializada em canecas, pratos e bowls.

Em dois meses de ação promocional, a previsão da rede de supermercados é elevar de 8% para 10% a participação dos produtos de marca própria no faturamento geral da Coop.

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“A Coop dispõe de uma equipe que atua nas várias fases do processo de criação e desenvolvimento, incluindo o suporte de um laboratório que monitora a qualidade por meio de testes. A exigência quanto à qualidade não é menor em relação à marca Delícias da Coop, produzida pela nossa Central de Panificação”, reforça Diana Queirós.

Outra estratégia que a Coop tem utilizado para reforçar os itens de marca própria são os “paredões”, espaços localizados em pontos estratégicos em algumas lojas e que deverão estar presentes em todas as unidades de varejo alimentar até o final deste ano. Os paredões têm como finalidade captar a atenção dos clientes, promover ofertas, estimular compras impulsivas e aumentar a visibilidade da marca. Nesses pontos são priorizados itens de mercearia, como arroz, feijão, açúcar, suco e refrigerante, além de amaciantes, papel higiênico, papel toalha e a linha pet.

Fonte: Super Varejo

Farma Conde expande portfólio de marca própria com lançamento de linha de esmaltes

Farma Conde expande portfólio de marca própria com lançamento de linha de esmaltes

A Farma Conde, rede de farmácias há 30 anos no mercado, está expandindo o seu portfólio de marca própria com o lançamento de uma linha de esmaltes. Nomeada Coloriza, a linha é composta por 26 cores, que vão de tons mais básicos aos vibrantes, além de base e top coat.

Segundo a empresa, os esmaltes possuem secagem rápida, brilho, cores intensas, longa duração e ótima cobertura e estão à venda nas 500 unidades da Farma Conde, bem como pelo site e aplicativo da rede.

“Estamos sempre buscando oferecer novos produtos, que sejam produzidos com qualidade, oferecendo um preço melhor aos nossos clientes. A linha foi testada e aprovada com toda a excelência da nossa marca”, afirma Claudia Conde, farmacêutica, fundadora da Farma Conde, ao lado do marido Manoel Conde Neto, também fundador e Presidente Executivo da marca.

 

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“Todos os tons, fórmula e a produção foram pensados por nós para atender com muito carinho nossos consumidores que buscam qualidade e sofisticação, sem perder a acessibilidade que oferecemos nos nossos pontos de venda e internet”, destaca Giovana Conde, vice-presidente de Marketing e também acionista do grupo.

Fonte: Fashion Network 

Vendas no varejo crescem 5,2% e têm melhor semestre em 24 anos

Em São Paulo, perfumaria teve melhor performance (21,2%), enquanto hiper/supermercados registrou resultado menor que o nacional (4,5%)

As vendas no varejo brasileiro cresceram 5,2% no primeiro semestre, com forte expansão até maio, mês que registrou recorde histórico na Pesquisa Mensal de Comércio (PMC), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado da primeira metade de 2024 também foi o melhor desde o início da pesquisa, em janeiro de 2000.

No estado de São Paulo, o volume de vendas aumentou 5,3%, quase igual a média nacional – mas em alguns segmentos o estado ficou bem acima da média, como em itens de farmácia/perfumaria, informática e combustíveis.

O gerente da pesquisa, Cristiano Santos, lembra que artigos farmacêuticos (o que inclui perfumaria e produtos de beleza) e hiper/supermercados são duas atividades com crescimento constante no país, mas impulsionados também por datas comemorativas.

 

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No país, esses segmentos registraram alta de 14% e 6,6%, respectivamente, no primeiro semestre, sobre igual período do ano anterior. Em São Paulo, perfumaria teve melhor performance (21,2%), enquanto hiper/supermercados registrou resultado menor que o nacional (4,5%).

“A atividade de artigos farmacêuticos tem crescimento praticamente contínuo ao longo dos anos. Não é caso de perfumaria e cosméticos, mais sujeita a oferta e demanda.”

No estado de São Paulo, o segundo lugar em vendas no varejo fica com equipamentos de escritório/informática: expansão de 16,9% (3% no país). Santos observa que esse setor, de eletrônicos, é muito sensível ao dólar, que subiu no primeiro semestre. Mesmo assim, as vendas de importados cresceram. Em parte, analisa o gerente da pesquisa, por promoções realizadas por comerciantes.

Outra diferença entre os resultados nacionais e os de São Paulo está no segmento de combustíveis e lubrificantes. Enquanto no país as vendas caíram no semestre (-1,9%), no estado houve crescimento (6,5%). “É um setor com altos e baixos, muito ligado ao fenômeno da safra. E em São Paulo os produtores estão mais próximos do escoamento.”

Rebote

De maio para junho, o resultado geral do varejo aponta retração de 1,1%, um “efeito rebote” após meses de expansão, segundo o gerente. Para Santos, o repique da inflação, em maio e junho, também pode ter ocasionado a queda nas vendas.

A inflação (IPCA) fechou em 0,46% em maio e em 0,21% em junho. Ele também afirmou que fica a dúvida sobre a oferta de crédito para os próximos meses, depois que o Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central interrompeu a política de queda dos juros. O Copom se reunirá novamente em 17 e 18 de setembro. “A manutenção da taxa pode significar retração do crédito”, disse.

Fonte: Associação Comercial de Campinas 

Lojas Americanas lança marca própria de higiene pessoal

Varejista Lojas Americanas incrementa portfólio e lança marca própria de higiene pessoal

São Paulo (Reuters/EP) – A varejista Lojas Americanas incrementou o portfólio de marca própria com o lançamento da Basic+ Care, de higiene pessoal, dentro da estratégia de investir em produtos de consumo regular e de baixo custo.

A nova linha contará com itens como fraldas, toalhas umedecidas e absorventes, ofertados em todas as mais de 860 lojas da companhia no país. Segundo o diretor financeiro da Lojas Americanas, Murilo Correa, a ideia é oferecer produtos exclusivos e com preço competitivo ao consumidor.

“É também uma forma de ampliar nossa atuação no mercado varejista, criando maior sortimento e fidelização”, acrescentou o executivo, sem revelar o investimento na marca.

A indústria brasileira de higiene pessoal, perfumaria e cosméticos deve crescer 11,8% em 2014 sobre o ano passado, para um faturamento de 42,6 bilhões de reais, segundo números recentes da associação do setor, Abihpec.

 

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Atualmente, a Lojas Americanas contam com 12 marcas próprias, responsáveis por mais de 4.500 produtos, incluindo roupas da Basic+, utensílios domésticos da Casual Home e artigos de Natal da Christmas Traditions, esta última sendo a marca própria mais antiga da empresa, lançada em 1995.

Fonte: Fashion Networking 

Mars fecha acordo de US$ 36 bilhões para comprar a fabricante de Pringles

A oferta em dinheiro é a maior aquisição já feita pela Mars

A Mars, empresa que produz desde goodies até alimentos para animais de estimação, fechou um acordo de US$ 36 bilhões (£ 28 bilhões) para comprar a Kellanova, fabricante de Pringles e Pop-Tarts.

A oferta em dinheiro, anunciada recentemente, é a maior aquisição já feita pela Mars, empresa privada, superando em muito a aquisição de US$ 23 bilhões da fabricante de chicletes Wrigley em 2008.

O acordo pode atrair a atenção dos órgãos de fiscalização da concorrência, pois reúne marcas de bens de consumo conhecidas, como Twix, Bounty e Milky Means, da Mars, com Pringles, cereal Particular Okay e biscoitos aquáticos da Carr’s, da Kellanova.

No entanto, especialistas disseram que a sobreposição limitada entre os produtos das duas empresas significa que o acordo provavelmente receberá sinal verde.

 

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Poul Weihrauch, presidente-executivo da Mars, disse: “Ao receber o portfólio de marcas globais em crescimento da Kellanova, temos uma oportunidade substancial para a Mars desenvolver ainda mais um negócio de lanches sustentáveis ​​e adequados para o futuro.

“Honraremos a herança e a inovação por trás das incríveis marcas de lanches e alimentos da Kellanova, ao mesmo tempo em que combinamos nossos respectivos pontos fortes para oferecer mais opções e inovação aos consumidores e clientes.”

Mars disse que o acordo, que está sujeito à aprovação dos acionistas e reguladores da Kellanova, expandiu seu portfólio de marcas relacionadas à saúde e bem-estar com apelo a consumidores mais jovens e ajudou a atender às demandas em mercados de rápido crescimento, como África e América Latina.

A Kellanova tem cerca de 23.000 funcionários e registra vendas anuais de US$ 13 bilhões em 180 mercados internacionais.

Steve Cahillane, presidente e diretor executivo da Kellanova, disse: “Esta é uma combinação verdadeiramente histórica com um ajuste cultural e estratégico convincente.”

A WK Kellogg Basis Belief e os acionistas de longa information, a família Gund, se comprometeram a votar ações que representam quase 21% das ações da Kellanova em favor do acordo.

Isso acontece quando as marcas de alimentos buscam maneiras de ganhar escala ou cortar custos. Isso é para ajudar a compensar o impacto da inflação e da ação world do governo para controlar o advertising de lanches ricos em gordura, sal e açúcar, bem como o esperado impacto na demanda devido à crescente popularidade de medicamentos para perda de peso.

Kellanova ajuda a Mars a diversificar seu portfólio de marcas baseadas em chocolate, vistas como mais vulneráveis ​​à queda na demanda, com salgadinhos e guloseimas com uma imagem mais saudável, como NutriGrain, ao mesmo tempo em que lhe dá mais exposição aos mercados internacionais.

As marcas ficaram sob pressão à medida que os consumidores passaram a usar marcas próprias de supermercados ou opções mais baratas em meio ao aumento do custo das contas de energia, hipotecas e outros itens essenciais.

A Kellanova foi separada da WK Kellogg Co em outubro passado. Ela vende lanches nos EUA e ao redor do mundo, e cereais incluindo Corn Flakes, Frosties e Rice Krispies fora da América do Norte.

A empresa controladora unique, WK Kellogg, ficou com seu negócio de cereais na América do Norte, incluindo marcas como Froot Loops e Raisin bran.

A Mars, sediada em McLean, Virgínia, foi fundada por Frank C Mars, que começou a fazer e vender doces de creme de manteiga em sua cozinha em Tacoma, Washington, em 1911. O negócio, agora world, teve US$ 47 bilhões em vendas anuais em 2022.

 

Fonte: Séries do Momento

Marcas próprias ganham impulso com apoio de grandes varejistas nos Estados Unidos

As marcas próprias representaram 21,9% das vendas no varejo de alimentos no primeiro semestre de 2024

Um estudo recente da Numerator, destacado pela Baking Business, mostra que as marcas próprias estão conquistando um espaço significativo nas compras de alimentos nos Estados Unidos. Grandes varejistas, como Aldi, Trader Joe’s, Costco e Walmart, estão na vanguarda desse crescimento, com suas marcas próprias, como Great Value (Walmart) e Kirkland Signature (Costco), mostrando forte penetração nos lares americanos.

De acordo com o estudo, as marcas próprias representaram 21,9% das vendas no varejo de alimentos no primeiro semestre de 2024. Esse aumento na participação de mercado é atribuído principalmente ao fato de que os consumidores estão procurando alternativas mais acessíveis em tempos de inflação persistente. No entanto, a qualidade das marcas próprias continua sendo uma preocupação para muitos compradores, com 41% dos entrevistados acreditando que a qualidade dos produtos de marca própria é inferior às marcas nacionais.

Além disso, o estudo revelou que o crescimento das marcas próprias não se limita a apenas alimentos básicos; há uma diversificação significativa nas categorias de produtos oferecidos, incluindo alimentos frescos e produtos de consumo rápido. Varejistas como Costco têm se destacado ao focar em categorias específicas, como produtos orgânicos e alimentos premium, utilizando sua marca própria para atrair consumidores que buscam qualidade a preços mais baixos.

Esses dados destacam a crescente importância das marcas próprias na estratégia dos grandes varejistas dos EUA, com impactos significativos nas escolhas de consumo e na dinâmica do mercado.

Para mais detalhes, consulte o artigo completo na Baking Business.

Grupo Pão de Açúcar investe em reformulação da marca própria Qualitá

Além da mudança no visual, os mais de 1.000 itens foram reorganizados em cinco categorias distintas

A Qualitá, marca própria do GPA responsável por 22,5% das vendas totais do varejista, passou por reformulações. Além da mudança no visual, os mais de 1.000 itens foram reorganizados em cinco categorias distintas: Exclusive, com itens de maior valor agregado; Home, de mercadorias para a casa; Care, de cuidados pessoais diários; Baby, para a linha infantil; e Pet, para os animais de estimação.

Até o fim de junho, o varejista já havia relançado 347 produtos sob o novo conceito da marca, e lançou 102 novos itens – até o final do ano a previsão é que sejam lançados mais 148 produtos.

Além da Qualitá, o GPA tem as marcas Taeq, Casino e Club des Sommeliers. No segundo trimestre, essas marcas representaram 23% das vendas do Pão de Açúcar, já no Extra Mercado foi 26,5%, enquanto nos formatos de proximidade foram 20,4%.

O Grupo entrou para o mercado do Private Label em 2008 e passou por um rebranding em 2015. Agora, a mais nova reformulação também envolveu encerrar alguns produtos que não condizem mais com os hábitos de consumo, e alteração de receitas em conjunto com a indústria para reduzir açúcar e sódio.

Participe da Private Label Brazil, o evento que é pioneiro no setor de Marcas Próprias e Terceirização

Em meio a fase de turnaround, a marca Qualitá faz parte dos projetos estratégicos para auxiliar no processo de recuperação de rentabilidade da companhia. Isso ocorre pois a marca própria incentiva a fidelização, que, por sua vez, aumenta o fluxo nas lojas e, consequentemente, aumenta as vendas.

Uma pesquisa recente da empresa, aponta que os consumidores que compram essas mercadorias têm um tíquete médio 60% mais alto e apresentam uma frequência média 2,4 vezes maior.

Agora, para o segundo semestre, a empresa irá investir em uma campanha institucional com foco na exposição dos produtos da marca.

 

Fonte: Valor Econômico (por SA+ Conteúdo)

Carrefour revela 5 motivos estratégicos para investir em marcas próprias

Diretora de marca própria do companhia destaca a importância para fidelização de clientes, redução de custos e inovação no portfólio

No varejo brasileiro, as marcas próprias estão se consolidando como uma estratégia vital para atrair e fidelizar consumidores. No Carrefour, essa tendência não é diferente. Com um crescimento significativo nos últimos anos, as marcas próprias representam atualmente cerca de 21% das vendas da rede.

Ana Laura Tambasco, diretora de marca própria e sourcing do Grupo Carrefour Brasil, compartilha insights sobre como a empresa tem trabalhado para atender às necessidades dos consumidores e superar os desafios do mercado.

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De acordo com a diretora de marca própria do Grupo Carrefour Brasil, a qualidade, o alinhamento estratégico e a inovação são os pilares essenciais para o sucesso de produtos de marcas próprias no mercado varejista. Em entrevista para o portal SuperVarejo, Ana Laura detalha como o Carrefour desenvolve seus produtos de marca própria e os desafios enfrentados no mercado brasileiro. Confira a entrevista completa.

SV – Que características são essenciais para produtos de marcas próprias do Carrefour?
ALT – Em todo o nosso processo de inovação e lançamento de novos produtos, temos um olhar para o cliente e suas necessidades. Nós acompanhamos os hábitos de consumo e analisamos dados que nos orientam em relação ao que o cliente de cada um dos nossos formatos busca. Aí então partimos para a parte de desenvolvimento e até importação, seja das 23 marcas do Carrefour, seja da marca Member’s Mark (Sam’s Club).

O desenvolvimento de novos produtos no Carrefour segue três critérios: ser aprovado por mais de 50% dos consumidores em teste cego; ser até 30% mais barato em relação à marca líder de mercado; e ter um perfil nutricional, no mínimo, equivalente ao das marcas líderes (produtos alimentares), ressaltando o custo-benefício. Todos os produtos Marca Própria passam por controles rígidos de qualidade e processos de auditoria e validação do portfólio de fornecedores.

Nosso objetivo é democratizar o acesso dos consumidores a produtos de qualidade em diversas categorias, além de ampliar a oferta de produtos frescos, saudáveis, produzidos com responsabilidade socioambiental e com preços mais acessíveis em nossas lojas.

SV – Qual a média de participação dos itens de marcas próprias no mix das lojas da rede?
ALT – Atualmente, a Marca Própria já representa cerca de 21% das vendas dentro de seus respectivos negócios (Varejo e Sam’s Club). Nos últimos cinco anos, as marcas próprias Carrefour aumentaram sua participação em 10 pontos percentuais, enquanto a Member’s Mark, do Sam’s Club, cresceu 4 pontos percentuais nos últimos dois anos.

O sortimento da Marca Própria Carrefour conta com 23 marcas e cerca de 3,5 mil produtos e está presente em 90% das categorias; enquanto a Member’s Mark, do Sam’s Club, possui aproximadamente 800 variedades de mercadoria nas prateleiras.

SV – Qual o principal desafio para as marcas próprias no Brasil?
ALT – O maior desafio da marca própria no Brasil é entrar na lista de compras do consumidor, vencendo a barreira de experimentação. No varejo internacional, por exemplo, a participação de marcas próprias de supermercados sempre foi bastante relevante. De acordo com estudos da Nielsen, as marcas próprias representam cerca de 40% das vendas de alimentos e bebidas em solo europeu.

Em 2023, segundo a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO), o valor das marcas próprias teve um aumento médio de 3,5% no mercado global, e 27,4% na América Latina. No Brasil, está presente em 40% dos lares. Estes dados comprovam que os consumidores estão cada vez mais abertos a marcas próprias.

Uma vez que esta barreira de entrada é quebrada, e o cliente prova o produto, a aceitação é positiva e comprovada pela taxa de recompra. Neste sentido, atuamos nas lojas com degustações e ações especiais para produtos de marca própria (cupons, base CRM entre outros). No Carrefour, também temos campanhas que garantem a qualidade dos itens marcas próprias, no qual o cliente pode reclamar o seu dinheiro de volta caso não goste de algum de nossos produtos.

Uma novidade é que abrimos neste mês nossa primeira Store in Store Marca Própria Carrefour: um espaço exclusivo no setor de refrigerados e congelados dedicado às marcas próprias do Carrefour. Um local com comunicação visual para fácil acesso a tudo o que é preciso para uma receita, churrasco ou snack, com preço e qualidade garantidos. O Hipermercado de São Caetano (SP) foi o primeiro a receber o modelo, que conta com 120 metros quadrados.

SV – Cite 5 razões pelas quais o Carrefour investe em marcas próprias:
ALT – A primeira que gostaria de destacar é a fidelização do cliente. Nas lojas do Grupo Carrefour Brasil, clientes que consomem Marca Própria têm um gasto médio total nas compras 5,9 vezes maior do que aqueles que não consomem. Além disso, esses produtos têm uma penetração grande no carrinho de compra: no Carrefour, 74% dos clientes que entram nas lojas de Varejo levam pelo menos um produto de marca Própria. Já no Sam’s Club, são 80%. Esses consumidores entendem que um produto de marca própria tem qualidade e, no caso do Carrefour, podem ser até 30% mais baratos que marcas líderes.

Outro ponto relevante é o apoio que a marca própria tem da marca mãe. No caso do Carrefour, os produtos também vêm com o nome da empresa, o que facilita o entendimento do cliente de que aquela mercadoria se trata de marca própria, e traz toda a credibilidade que a marca já tem, para o produto. Com isso, o investimento em marketing, por exemplo, pode ser reduzido, o que ajuda a manter os preços competitivos.

Além disso, todos os produtos de Marca Própria do Grupo Carrefour Brasil são fabricados por fornecedores parceiros nacionais ou mesmo de importação direta, e nossa participação não se limita apenas ao momento de colocar nosso nome nos produtos. Nós acompanhamos todo o processo de desenvolvimento, curadoria de produtos desde a revisão de formulação dos itens, passando por auditorias qualitativas e sociais até chegarem às nossas prateleiras, comprovando que são feitos com base em critérios rígidos de qualidade e sustentabilidade. Este investimento garante a qualidade e manutenção de valores que o consumidor conhece e confia.

Fonte: Super Varejo