Redes sociais podem aumentar a fidelização no varejo e impulsionar os negócios

Redes sociais podem aumentar a fidelização no varejo e impulsionar os negócios

Em uma pesquisa realizada pela NielsenIQ, a maioria (56%) dos consumidores da Geração Z entrevistados afirmaram que as redes sociais influenciam suas decisões de compra

A relação entre varejistas e as mídias sociais tem se tornado cada vez mais relevante nos últimos anos. As redes sociais estão se apresentando como uma importante ferramenta para vendas, relacionamento e fidelização dos clientes. Não por acaso, muitas redes varejistas estão apostando na produção de vídeos virais ou em parcerias com influenciadores digitais.

O resultado é a popularização de publicações como vídeos de pessoas fazendo compras ou mostrando produtos típicos de supermercados de uma determinada região, reviews de produtos de beleza e indicações de livros nas redes.

A maioria (66%) dos entrevistados na pesquisa realizada pela Octadesk e a Opinion Box relataram possuir o hábito de pesquisar por produtos nas redes sociais. Dentre as diferentes opções, o Instagram foi o grande destaque, com 72% dos usuários adotando essa mídia social, bem à frente do segundo colocado YouTube (47%).

Além disso, 69% afirmam ter comprado algo que apareceu em anúncios nas redes sociais. Assim como no caso anterior, o Instagram também é o principal meio de compras realizadas a partir de anúncios, com mais da metade (52%) dos respondentes. Em seguida aparecem Facebook (40%) e YouTube (30%).

Quanto a forma como essa compra é feita, 76% disseram que clicam no anúncio para conferir, mas só compram depois. Outros 12% clica e compra no mesmo momento e os demais clicam no anúncio, mas lembram da oferta em outro momento e realizam a compra.

O estudo também aponta que 45% dos consumidores já compraram produtos recomendados pelos influenciadores digitais nas redes sociais. O público dos influencers é formado, majoritariamente, por mulheres (52%) na faixa de 16 a 29 anos (55%), em sua maioria Geração Z, nascidas entre 1997 e 2010.

De acordo com o head de Marketing da Livraria Leitura, Rafael Martinez, as redes sociais permitem que as empresas realizem um trabalho de marketing bem direcionado e personificado.

“Elas permitem segmentar [o conteúdo com base no perfil do público] de forma que podemos filtrar por demografia, base de interesse e comportamento; isso é muito interessante para nós”, completa.

Ele também cita a visibilidade e o alcance que essas plataformas possuem, o que acaba elevando a exposição de marcas das varejistas e dos produtos comercializados. Outro ponto de destaque é a importância dos influenciadores digitais para proporcionar grandes oportunidades de crescimento para as marcas.

TikTok pode ajudar a impulsionar negócios

Martinez destaca o caso dos influencers no TikTok, por exemplo, com conteúdos voltados para a leitura e o movimento chamado #BookTok.

“Essas parcerias ajudam a promover nossos produtos e alcançar audiências superiores de forma autêntica. Nós estamos surfando nessa onda também”, aponta.

Inevitavelmente os mais jovens acabam se tornando um dos principais públicos deste tipo de estratégia. Em uma pesquisa realizada pela NielsenIQ, a maioria (56%) dos consumidores da Geração Z entrevistados afirmaram que as redes sociais influenciam suas decisões de compra.

Além disso, as mídias sociais estão entre os principais canais de pesquisa de compra on-line do público mais jovem no Brasil, com 37% da Geração Z e 31% dos Millennials adotando esta ferramenta.

Consumidor multiverso

A Geração Z também apresentou a maior taxa de consumidores que fazem compras por meio das mídias sociais, com 15% do público utilizando essas plataformas para este fim. Em seguida aparecem a Geração X e os Millennials, com 11% e 10%, respectivamente. Já os Boomers apresentaram apenas 5% de adesão.

O relatório da NielsenIQ apresenta o conceito de consumidor multiverso, que navega entre diferentes categorias de produtos e canais de venda. Essa persona é altamente influenciada pelas redes sociais e pela viralização on-line.

Fidelização do público do varejo com as redes sociais

Um dos benefícios citados pelo head de Marketing da Livraria Leitura sobre as mídias sociais é a possibilidade de interação com o cliente e a obtenção de feedbacks dos consumidores. Ele ainda ressalta que as plataformas também permitem o desenvolvimento de promoções exclusivas, com ofertas e descontos.

Essa interação mais próxima dos seguidores da marca nas mídias sociais, segundo Martinez, acaba acarretando em um processo de fidelização dos clientes.

“Quando o cliente compra a ideia da empresa e tem essa similaridade, ele compartilha o conteúdo da marca e isso possibilita a comunicação com outros clientes, formando uma grande rede de engajamento”, relata.

Além disso, o especialista aponta para a questão relacionada ao atendimento e experiência do cliente, uma vez que as redes sociais também proporcionam a geração de valor para os consumidores.

“São ferramentas que ajudarão não só na venda, mas também na estratégia de comunicação e de marketing no geral”, explica.

Jovens brasileiros são mais cautelosos

Um relatório feito pela NielsenIQ e GfK, em parceria com a Word Data Lab (WDL), aponta que as pessoas da Geração Z no Brasil ainda são mais cautelosas com despesas, se comparadas com seus pares do restante da América Latina.

Conforme o estudo, apenas 9% dos jovens brasileiros entrevistados já fizeram compras nas mídias sociais – por meio de links em páginas de influenciadores, lojas em aplicativos, anúncios patrocinados e transmissões ao vivo. Esse índice sobe para 70% no planeta e 73% na América Latina.

Além disso, 13% desse público no País afirma usar o telefone na loja para auxiliar na tomada de decisão no momento da compra. Uma taxa muito abaixo do observado na América Latina (55%) e no índice global (93%).

No entanto, o levantamento aponta que 42% dos brasileiros da Geração Z fazem, de forma instantânea, o pedido de um produto ou serviço que viram nas mídias sociais, on-line ou na televisão e em serviços de streaming.

O estudo ainda apresenta um aumento na busca por recomendações e reviews de produtos de beleza nas mídias sociais, com mais de 100 mil postagens e 1 bilhão de visualizações, impulsionada pela Geração Z. A faixa etária que se destaca é a de pessoas com idade entre 18 e 24 anos, representando 75% do público.

Outro setor que tem se destacado é o de alimentos e bebidas, com destaque para os doces, que ocupam a segunda posição no ranking de postagens, com total de 393 mil publicações e 5 bilhões de visualizações nestes conteúdos. O público também é majoritariamente formado por pessoas com faixas etárias entre 18 e 24 anos, com 69% do total.

O futuro das redes sociais no varejo

Para Martinez, o varejista que não está presente nas redes sociais e nem no caminho para a digitalização está ficando para trás, se comparado com os concorrentes. Ele destaca o fato de as principais redes varejistas estarem presentes em praticamente todos os canais digitais e redes sociais.

O head de Marketing da Livraria Leitura ainda aponta para o perfil democrático das redes sociais, já que ela está disponível para todo tipo de empresa, e os empreendedores já estão cientes do valor dessa ferramenta para o negócio.

“Cada um utiliza as redes sociais à sua maneira e dentro das possibilidades de investimento que cada empresário possui”.

Quanto ao futuro, ele afirma que as possibilidades de crescimento são imensuráveis e aponta para possíveis mudanças que podem ocorrer nos próximos anos, como o surgimento de novas redes sociais e o desaparecimento de outras.

“Eu entendo que é um meio de comunicação que veio para ficar e nós conseguimos agregar valor às vendas e às marcas por meio das redes sociais”, completa.

Martinez ressalta a importância de uma legislação que aborde o tema dos meios digitais no Brasil, considerando que essas plataformas são meios de comunicação de grande relevância. “Nós precisamos ter uma legislação específica sobre isso”, conclui.

Fonte: Diário do Comércio

Como os varejistas estão se mantendo competitivos no setor de marcas próprias

Um estudo descobriu que os supermercados estão utilizando a categoria de marcas próprias para garantir a lucratividade

Os varejistas estão cada vez mais focados em marcas próprias para garantir lucratividade sustentável, já que o setor de bens de consumo embalados (CPG) enfrenta maior concorrência.

De acordo com um estudo da DataWeave, 9 em 10 grandes varejistas vendem produtos de marca própria com preços abaixo da média das respectivas categorias.

Karthik Bettadapura, cofundador e CEO da DataWeave, afirma que os varejistas estão intensificando seus investimentos em marcas próprias para obter margens adicionais, destacando os esforços de Kroger, Walmart e Amazon Fresh, que têm maior penetração de marcas próprias.

Os elementos para um portfólio mais robusto de marcas próprias, segundo o relatório, incluem uma maior variedade de produtos, liderada por Kroger e H-E-B. Enquanto isso, Albertsons, Walmart e Amazon Fresh se destacam no foco em sortimentos locais. Além disso, itens para casa, beleza e cuidados pessoais são os que mais lideram a distribuição de produtos de marca própria entre todos os varejistas.

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Youssef Squali, chefe global de pesquisa de internet e mídia na SunTrust Robinson Humphrey, afirmou que os resultados ressaltam como a experiência do cliente tem se tornado uma “força mais relevante nos últimos anos, influenciando quase todas as decisões sobre preços, variedade de produtos, promoções e investimentos em marcas próprias.”

Ele previu que essas dinâmicas continuarão a ser fundamentais para impulsionar o crescimento lucrativo à medida que o comércio online de bens de consumo embalados (CPG) se expande rapidamente no futuro próximo.

O relatório rastreou e analisou 450.000 produtos em 10 dos principais varejistas e 10 códigos postais em cada um.

Fonte: Supermarket News

Marcas próprias ganham impulso com apoio de grandes varejistas nos Estados Unidos

As marcas próprias representaram 21,9% das vendas no varejo de alimentos no primeiro semestre de 2024

Um estudo recente da Numerator, destacado pela Baking Business, mostra que as marcas próprias estão conquistando um espaço significativo nas compras de alimentos nos Estados Unidos. Grandes varejistas, como Aldi, Trader Joe’s, Costco e Walmart, estão na vanguarda desse crescimento, com suas marcas próprias, como Great Value (Walmart) e Kirkland Signature (Costco), mostrando forte penetração nos lares americanos.

De acordo com o estudo, as marcas próprias representaram 21,9% das vendas no varejo de alimentos no primeiro semestre de 2024. Esse aumento na participação de mercado é atribuído principalmente ao fato de que os consumidores estão procurando alternativas mais acessíveis em tempos de inflação persistente. No entanto, a qualidade das marcas próprias continua sendo uma preocupação para muitos compradores, com 41% dos entrevistados acreditando que a qualidade dos produtos de marca própria é inferior às marcas nacionais.

Além disso, o estudo revelou que o crescimento das marcas próprias não se limita a apenas alimentos básicos; há uma diversificação significativa nas categorias de produtos oferecidos, incluindo alimentos frescos e produtos de consumo rápido. Varejistas como Costco têm se destacado ao focar em categorias específicas, como produtos orgânicos e alimentos premium, utilizando sua marca própria para atrair consumidores que buscam qualidade a preços mais baixos.

Esses dados destacam a crescente importância das marcas próprias na estratégia dos grandes varejistas dos EUA, com impactos significativos nas escolhas de consumo e na dinâmica do mercado.

Para mais detalhes, consulte o artigo completo na Baking Business.

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O que é Private Label, quais são as vantagens desse modelo de negócio

Private Label é um termo do inglês que pode ser traduzido como “marca privada”. Se você ainda não o conhece, não se preocupe! Vamos falar do que se trata e como essa tendência pode ser uma boa ideia para melhorar os seus negócios. Por aqui, tal expressão também é sinônimo para marca própria e representa uma estratégia de marketing em que uma empresa utiliza a própria marca para vender produtos fabricados por outra empresa ou fornecedor.

O que é Private Label? Como funciona na prática?

Como estratégia de negócio, a empresa que utiliza o Private Label não é responsável pela fabricação dos produtos, mas sim pela sua marca, pelo marketing e pela distribuição. A estratégia de Private Label é comumente utilizada por varejistas, supermercados e empresas de comércio eletrônico, visando oferecer produtos exclusivos aos seus clientes, aumentar a fidelidade dos consumidores e diferenciar-se da concorrência.

O uso do Private Label também pode ser uma forma de reduzir custos e aumentar a lucratividade, uma vez que a empresa não precisa investir em pesquisa e desenvolvimento de produtos ou na sua cadeia de produção.

O que é um produto Private Label?

Geralmente, o fabricante do produto Private Label é responsável pela produção, pela embalagem e pela rotulagem do produto, enquanto a empresa que o vende fica responsável pela promoção e pela distribuição do produto com a marca própria.Quer conhecer algumas dicas sobre embalagens de produtos?

Os produtos Private Label podem ser encontrados em várias categorias, desde alimentos e bebidas até produtos de cuidados pessoais e vestuário. Os varejistas muitas vezes usam esses tipos de produtos para competir com marcas de renome, oferecendo produtos de qualidade semelhante a um preço mais baixo.

Por outro lado, as marcas contratantes podem usar produtos desse modelo de negócio para expandir sua linha de produtos sem ter que investir em pesquisa e desenvolvimento ou em infraestrutura de produção.

Vantagens e desvantagens do modelo Private Label

Antes de começar a vender como uma “marca privada”, você deve se perguntar: Private Label vale a pena?A resposta simples é “sim”, já que essa forma de vender pode trazer grandes vantagens para quem aposta nele. Pensando nisso, listamos algumas das principais vantagens desse tipo de negócio para que você avalie o que pode ganhar ao vender produtos nesse formato.

Vantagens

Menor custo: a produção de produtos Private Label geralmente têm custos mais baixos do que a produção de produtos de marca, visto que as empresas que produzem produtos desse modelo não precisam investir em pesquisa e desenvolvimento, branding e marketing, o que certamente pode significar preços mais baixos para o consumidor final.

Margens de lucro mais altas: Como os custos de produção são geralmente mais baixos, e a marca não precisa investir em marketing e publicidade, as margens de lucro tendem a ser mais altas para produtos Private Label.

As empresas podem usar o modelo Private Label buscando construir fidelidade e reconhecimento de marca, fornecendo produtos exclusivos e de qualidade aos consumidores.

Desvantagens

Como todo modelo de negócio, existem desafios que precisam ser superados na hora de colocar no ar a sua operação de Private Label. A seguir, você confere algumas desvantagens do modelo. Nenhuma delas deve impedi-lo de montar a sua operação, mas essas precisam ser conhecidas – e superadas – a fim de que seu negócio tenha sucesso.

Competição: A concorrência no mercado de produtos Private Label é forte, com muitas empresas lutando por espaço nas prateleiras. Assim, as empresas precisam garantir que seus produtos sejam de alta qualidade e tenham um preço competitivo para que se destaquem.

Dependência de fornecedores: As empresas que adotam o modelo Private Label dependem de seus fornecedores para produzir produtos de alta qualidade e atender às suas necessidades. Qualquer problema com o fornecedor pode afetar negativamente a qualidade e a disponibilidade do produto.

Pouco controle sobre o preço: Ao produzirem produtos nesse modelo as empresas têm menos controle sobre o preço final do produto, já que muitas vezes são as empresas que vendem os produtos com sua marca aquelas que determinam o preço.

Cada empresa deve avaliar cuidadosamente as vantagens e as desvantagens do modelo Private Label antes de decidir adotá-lo.

É importante pesar custos, riscos e benefícios potenciais com o propósito de determinar se o modelo Private Label é adequado para a empresa e para o seu mercado. Como você deve saber, nenhum grande passo no mundo do empreendedorismo deve ser dado sem um bom planejamento.

Como montar uma estratégia Private Label

Montar uma estratégia Private Label envolve várias etapas que devem ser cuidadosamente planejadas e executadas. A seguir, apresentamos um passo a passo para ajudá-lo a montar a sua estratégia:

  • Identifique o produto ou a categoria de produto: O primeiro passo é identificar o produto ou a categoria de produto que você deseja vender com a sua marca própria. Isso pode ser feito com base em pesquisa de mercado e análise de tendências.
  • Escolha um fornecedor: Uma vez que você tenha identificado a categoria de produto, escolha um fornecedor confiável e que atenda às suas necessidades em termos de qualidade, quantidade e preço.
  • Personalize o produto: A personalização do produto é um dos aspectos mais importantes da estratégia Private Label. Isso inclui o desenvolvimento de embalagens, rótulos e design que sejam distintos e identificáveis com a sua marca.
  • Defina a sua estratégia de marketing: Determine como você vai comercializar o produto com a sua marca, incluindo a definição do público-alvo, canais de distribuição e estratégias de promoção.
  • Preço: Determine o preço de venda do produto, levando em consideração o custo de produção, o preço dos concorrentes e as expectativas do público-alvo.
  • Teste e avalie: Antes de lançar o produto, faça testes com o objetivo de avaliar a qualidade, o apelo e a aceitação do público. Se necessário, faça ajustes e melhorias no produto e na estratégia de marketing.
  • Lance o produto: Depois de concluir todas as etapas anteriores, lance o produto no mercado e monitore os resultados para fazer ajustes, se necessário.
  • Mantenha a qualidade e a consistência: Para ter sucesso com uma estratégia Private Label, é importante manter a qualidade e a consistência do produto ao longo do tempo, bem como manter-se atualizado com as tendências de mercado e as necessidades do público-alvo.

Lembre-se de que a estratégia Private Label requer planejamento cuidadoso e comprometimento para ser bem-sucedida. Certifique-se de investir tempo e recursos suficientes para cada etapa do processo e de trabalhar com fornecedores confiáveis e experientes.

Quer conhecer mais soluções para vender produtos de forma otimizada? Então descubra também as possibilidades do modelo Dropshipping (e-commerce sem estoque).

Confira o artigo original no portal Inovação do SEBRAE MINAS.

 

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