Petz e Cobasi vão criar maior rede de varejo pet do país

Novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi

(G1) – As redes de lojas de produtos e serviços para animais de estimação Petz e Cobasi acertaram um memorando de entendimento não vinculante para criarem a maior companhia no setor do país.

O anúncio causou uma disparada de 37,14% nas ações da Petz, que chegaram a R$ 4,80 no fechamento do pregão na sexta-feira (19).

As duas empresas lideram o setor e o grupo combinado deve produzir uma receita este ano de mais de R$ 7,5 bilhões, afirmou o presidente-executivo da Petz, Sergio Zimerman, em conferência com analistas e investidores após o anúncio.

Analistas do JPMorgan liderados por Joseph Giordano afirmaram que o negócio “tem alto potencial de sinergia mesmo no contexto de riscos de execução e outros desafios vistos em outras fusões no setor”, acrescentando que a companhia combinada deverá ter uma participação de mercado de entre 15% e 20%.

O outro grande grupo no setor é a Petlove, que tem uma grande atuação no mercado online nacional e chegou a ser citada na imprensa no mês passado de que estaria em negociações com a Petz, além dos próprios marketplaces digitais como Mercado Livre.

Questionado sobre as potenciais sinergias a serem obtidas com a integração com a Cobasi — a empresa que criou o conceito de megalojas de produtos para animais de estimação no país na década de 1980 — Zimerman afirmou que elas serão dimensionadas nos próximos dias durante as discussões exclusivas entre as duas empresas, que devem durar até 90 dias.

Mas ele afirmou que “tem muito mato alto para ser cortado”. O executivo se referiu principalmente a ganhos de logística e com abertura de lojas.

“É uma guerra que sangra ambas as companhias”, afirmou o executivo sobre a situação anterior à combinação e citando que o preço de R$ 7,10 “tem zero efeito de sinergia”.

O novo grupo vai somar 483 lojas no país em cerca de 20 estados, sendo 249 unidades da Petz e 234 da Cobasi.

O mercado pet nacional envolve mais de 139 milhões de animais de estimação, sendo o segundo maior do mundo, afirmou Gustavo Cruz, estrategista-chefe da RB Investimentos, em nota. Segundo Cruz, a cada 100 famílias, 44 possuem um animal de estimação, enquanto apenas 36 têm crianças em casa.

“Os setores relacionados aos animais de estimação são uma tendência significativa a longo prazo. Enquanto muitos discutem o envelhecimento da população como um fator impulsionador do setor da saúde, o setor pet também se destaca, pois as pessoas percebem que criar um filho se tornou mais dispendioso e optam por ter animais de estimação”, afirmou Cruz.

Cade

A nova empresa será igualmente dividida entre os acionistas da Petz e da Cobasi, com os investidores da Petz recebendo R$ 450 milhões após a conclusão da operação, segundo os termos do memorando de entendimento.

Zimerman não deu detalhes sobre como será feito esse pagamento, embora dividendos possam ser uma das opções.

Ao final da transação, Zimerman terá entre cerca de 15% e 25% da companhia combinada. Um acordo de acionistas entre o executivo e, do lado da Cobasi, família Nassar e o fundo Kinea será estabelecido com Zimerman na presidência do conselho de administração da nova empresa e Paulo Nassar sendo presidente-executivo.

O conselho de administração da nova companhia terá nove membros com quatro sendo indicados por Zimerman e o restante por Nassar e Kinea. A nova empresa seguirá as regras do segmento de alta governança da B3, Novo Mercado.

Questionado sobre o futuro das marcas do grupo, Zimerman afirmou que as empresas deverão manter as atuais, seguindo um modelo semelhante ao da fusão das redes de farmácias Raia e Drogasil em 2018, que deu origem ao grupo RD Saúde.

O executivo afirmou ainda que não espera grandes problemas por conta da análise do negócio que deverá ser feita pelo Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade).

Falando sobre eventuais aplicações de restrições pelo órgão de defesa da concorrência, Zimerman, disse que isso pode ocorrer eventualmente “em alguma cidade específica em que possa ter uma concentração, mas nada que deveria preocupar os rumos do negócio”.

“O nível de concentração é baixo o suficiente para que tenhamos tranquilidade para falar isso”, acrescentou.

Confira a reportagem no portal G1.

 

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Petz lança modelo store in store com produtos da Zee.Dog

A loja possui layout igual ao das franquias e o atendimento é feito por um profissional exclusivo para auxiliar os cuidadores

A Petz decidiu apostar no conceito store in store para ampliar a visibilidade e impulsionar as vendas de produtos da marca Zee.Dog, focada em acessórios para pets. A iniciativa visa oferecer aos clientes uma experiência de compra mais acessível e divertida para os companheiros de quatro patas.

A primeira store in store foi inaugurada há um mês na unidade do bairro Itaim Bibi, na zona sul de São Paulo, e levou ao aumento nas vendas de coleiras, peitorais e brinquedos para pets criados com design exclusivo Zee.Dog.

A loja possui layout igual ao das franquias e está localizada bem na entrada do petshop. O design conta com o know how característico da marca e o atendimento é feito por um profissional exclusivo para auxiliar os cuidadores na compra dos acessórios.

A rede pretende expandir o modelo para outras lojas Petz. Uma segunda unidade da Zee.Dog foi lançada na Marginal Tietê e a loja da Bandeirantes será a próxima, com inauguração prevista para março.

De acordo com a Petz, a estratégia de varejo adotada pela companhia está garantindo destaque para os produtos criados no laboratório de design da Zee.Dog em Madrid.

“A Petz é uma empresa amplamente conhecida no varejo por sempre buscar inovação. E com essa ação store in store, a Petz dá o destaque necessário para sua marca proprietária da Zee.Dog, adquirida em 2021. Vemos as marcas próprias como uma ferramenta crucial para alavancar a rentabilidade da empresa e fidelizar os clientes”, disse Rodrigo Cruz, vice-presidente Comercial e de Varejo.

Atualmente, as marcas próprias representam cerca de 10% das receitas consolidadas do Grupo Petz. Na categoria de coleiras, esse percentual já ultrapassa os 50%, explicou o executivo.

Mercado global

A compra da Zee.Dog pela Petz, em 2021, representou a entrada do grupo no mercado global de pets. A compra previa a incorporação, pela companhia, de ações representativas de 74,83% das ações de emissão da Zee.Dog, que correspondia ao valor de R$ 535 milhões na data de efetivação da operação, e a aquisição de ações representativas de 25,17% das ações de emissão da Zee.Dog.

Considerada um marco na história da Petz, a aquisição já mirava no conceito de novos formatos e conceitos de loja, como explicou, à época, o então CFO da Petz, Diogo Bassi.

Confira a reportagem no Mercado & Consumo.

 

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