Assaí investe na região Norte com novo CD e loja em Manaus (AM)

Consumidor corta custos e Assaí responde com marcas próprias

Para enfrentar essa nova realidade e manter a competitividade, o Assaí anunciou que lançará, ainda neste segundo semestre, uma linha de marca própria

Na semana passada, o Assaí Atacadista divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, trazendo à tona não apenas números, mas também reflexões sobre o comportamento do consumidor e os desafios enfrentados pelo setor de varejo alimentar.

Diante de um cenário econômico apertado, marcado por altos juros e pela crescente popularidade das apostas online, a empresa demonstrou preocupação com o enfraquecimento da renda das famílias brasileiras.

Esse ambiente tem levado os consumidores a substituírem produtos por versões mais baratas, movimento que impacta diretamente o desempenho das redes de atacarejo. E por isso, a empresa pretende lançar marcas próprias, que pode permitir a oferta de preços menores.

PARTICIPE COMO EXPOSITOR DA PRIVATE LABEL BRAZIL 2026

Os dados do trimestre revelaram um crescimento de 4,6% nas vendas em lojas físicas, percentual considerado aquém das expectativas da própria companhia, especialmente quando comparado à inflação do período.

A avaliação interna é de que o chamado “trade down”, que é quando o consumidor opta por itens mais acessíveis, continua a ganhar força, principalmente em regiões como o Nordeste.

A empresa também apontou que parte significativa da renda das famílias está sendo direcionada para apostas esportivas, em detrimento da compra de alimentos e produtos essenciais.

Para enfrentar essa realidade e manter a competitividade, o Assaí anunciou que lançará, ainda neste segundo semestre, uma linha de marca própria. A estratégia visa não só oferecer preços mais atrativos, mas também ampliar as margens de lucro da empresa.

A ideia é reforçar o poder de negociação com fornecedores e apresentar alternativas que caibam no bolso do consumidor sem sacrificar tanto a qualidade. Isso porque produtos de marca própria costumam ser ofertados a preços menores.

A marca própria é uma aposta para fidelizar clientes em um momento em que a sensibilidade ao preço está mais elevada do que nunca. Trata-se de uma estratégia comum já utilizada por muitas redes de supermercados em todo o país e no mundo.

Além de marcas próprias, Assaí também deseja vender medicamentos

Outro ponto abordado pela companhia foi a movimentação do setor varejista em direção à venda de medicamentos em supermercados, algo que ainda esbarra em barreiras regulatórias.

O presidente do Assaí, Belmiro Gomes, afirmou que a empresa vê viabilidade operacional para essa iniciativa, caso a legislação permita no futuro. Vale lembrar que atualmente somente farmácias podem vender medicamentos.

Segundo ele, a estrutura complexa exigida para comercializar remédios já é semelhante àquela presente em setores como açougues, que demandam equipamentos específicos e mão de obra especializada.

Diante de um consumidor mais cauteloso e um cenário de concorrência acirrada, o Assaí se prepara para ajustar sua operação, oferecendo mais valor por menos, e buscando novas frentes de crescimento.

Fonte: Tribuna de Minas

Em crescimento, atacarejo busca agora vender produtos de marca própria, diz analista

Em crescimento, atacarejo busca agora vender produtos de marca própria, diz analista

Laryssa Sumer, da XP, afirma que o formato vencedor no Brasil procura oportunidades para aumentar rentabilidade

Um relatório recém-divulgado pela XP sobre o varejo alimentar aponta que há uma tendência do atacarejo de se colocar em suas prateleiras marcas próprias. A deterioração macroeconômica impulsiona ainda mais esta iniciativa.

Laryssa Sumer, analista de varejo da XP, que participou do programa Morning Call da XP, explica que o atacarejo é um formato de vendas essencialmente de produtos alimentícios que no Brasil vem sendo vencedor.

Rentabilidade

“É o formato que mais cresce e é bem-sucedido no país”, afirmou. “Todos esses formatos de baixo custo, como eles operam a preços menores, eles acabam se aproveitando da marca própria para trazer maior rentabilidade para o negócio. Os players no Brasil já estão se aproveitando dessa oportunidade”, destacou.

Mas há desafios logísticos a serem vencidos com a implantação de produtos de marcas próprias pelo atacarejo, ressalta o relatório da XP.

Participe da Private Label Brazil, o evento que é pioneiro no setor de Marcas Próprias e Terceirização

Outro ponto abordado pelo documento refere-se ao avanço do e-commerce. A analista avalia que ao contrário do que se possa pensar, plataformas acabam sendo facilitadoras para as varejistas.

“As varejistas estão tentando entrar no universo digital, mas muitas vezes ela acaba tendo alguma dificuldade em penetrar nesse mundo online”, disse.

Plataformas digitais

“E a gente vê algumas plataformas digitais, como Mercado Livre e iFood, como bem posicionadas para capturar esse mercado digital como uma parceria das varejistas tradicionais. Essa é uma tendência do varejo alimentar brasileiro”, pontuou.

Uma outra tendência que se ensaia no varejo global é de os supermercados venderem medicamentos. “Aqui no Brasil há várias questões regulatórios que impedem isso”, esclareceu Laryssa Sumer.

“Mas nos Estados Unidos, o que se passa é que se constrói uma farmácia dentro do supermercado. Isso gera um investimento em pessoal porque tem que equipar a loja para vender medicamentos. Assim, o ganho (do supermercado) não seria de rentabilidade, mas de fidelidade do consumidor”, analisou.

Fonte: InfoMoney

Em ritmo acelerado de expansão, Fort Atacadista investe R$ 60 milhões em sua 60ª loja

Em ritmo acelerado de expansão, a rede de atacarejo do Grupo Pereira abrirá, hoje (25), a sua quarta operação na cidade de Joinville (SC). Localizada no bairro Floresta, esta é a 60ª loja do Fort Atacadista e a 123ª unidade de negócios do grupo. Com investimento de R$ 60 milhões, o atacarejo conta com mais de 3.000 m² de área de vendas, 190 vagas de estacionamento e 18 checkouts.

Participe da Private Label Brazil, o evento que é pioneiro no setor de Marcas Próprias e Terceirização

O sortimento totaliza 8 mil itens e a estrutura inclui hortifruti, Padaria Fort e Açougue Carne Fresca, com mais de 40 cortes de carnes frescas embaladas e fracionadas. Além da abertura no bairro Floresta, o Fort Atacadista também está revitalizando a sua unidade no bairro Bucarein, que foi a primeira operação da rede em Joinville. A loja receberá uma área mais ampla de vendas, equipamentos novos e serviços como açougue e padaria.

Plano de Expansão

Até o final de 2024, o Fort Atacadista pretende inaugurar outras filiais, incluindo mais uma loja em Joinville, no bairro Vila Nova – com previsão de abertura para novembro. As cidades de Florianópolis, Itajaí e Lages (SC), São Bernardo do Campo (SP) e Santa Cruz do Sul (RS) também ganharão novos atacarejos até dezembro.

O total dos investimentos estimados para este ano é de R$ 700 milhões. Atualmente, o Grupo Pereira está presente em Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Santa Catarina, São Paulo, Rio Grande do Sul e Distrito Federal.

Fonte: Giro News