Assaí investe na região Norte com novo CD e loja em Manaus (AM)

Consumidor corta custos e Assaí responde com marcas próprias

Para enfrentar essa nova realidade e manter a competitividade, o Assaí anunciou que lançará, ainda neste segundo semestre, uma linha de marca própria

Na semana passada, o Assaí Atacadista divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, trazendo à tona não apenas números, mas também reflexões sobre o comportamento do consumidor e os desafios enfrentados pelo setor de varejo alimentar.

Diante de um cenário econômico apertado, marcado por altos juros e pela crescente popularidade das apostas online, a empresa demonstrou preocupação com o enfraquecimento da renda das famílias brasileiras.

Esse ambiente tem levado os consumidores a substituírem produtos por versões mais baratas, movimento que impacta diretamente o desempenho das redes de atacarejo. E por isso, a empresa pretende lançar marcas próprias, que pode permitir a oferta de preços menores.

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Os dados do trimestre revelaram um crescimento de 4,6% nas vendas em lojas físicas, percentual considerado aquém das expectativas da própria companhia, especialmente quando comparado à inflação do período.

A avaliação interna é de que o chamado “trade down”, que é quando o consumidor opta por itens mais acessíveis, continua a ganhar força, principalmente em regiões como o Nordeste.

A empresa também apontou que parte significativa da renda das famílias está sendo direcionada para apostas esportivas, em detrimento da compra de alimentos e produtos essenciais.

Para enfrentar essa realidade e manter a competitividade, o Assaí anunciou que lançará, ainda neste segundo semestre, uma linha de marca própria. A estratégia visa não só oferecer preços mais atrativos, mas também ampliar as margens de lucro da empresa.

A ideia é reforçar o poder de negociação com fornecedores e apresentar alternativas que caibam no bolso do consumidor sem sacrificar tanto a qualidade. Isso porque produtos de marca própria costumam ser ofertados a preços menores.

A marca própria é uma aposta para fidelizar clientes em um momento em que a sensibilidade ao preço está mais elevada do que nunca. Trata-se de uma estratégia comum já utilizada por muitas redes de supermercados em todo o país e no mundo.

Além de marcas próprias, Assaí também deseja vender medicamentos

Outro ponto abordado pela companhia foi a movimentação do setor varejista em direção à venda de medicamentos em supermercados, algo que ainda esbarra em barreiras regulatórias.

O presidente do Assaí, Belmiro Gomes, afirmou que a empresa vê viabilidade operacional para essa iniciativa, caso a legislação permita no futuro. Vale lembrar que atualmente somente farmácias podem vender medicamentos.

Segundo ele, a estrutura complexa exigida para comercializar remédios já é semelhante àquela presente em setores como açougues, que demandam equipamentos específicos e mão de obra especializada.

Diante de um consumidor mais cauteloso e um cenário de concorrência acirrada, o Assaí se prepara para ajustar sua operação, oferecendo mais valor por menos, e buscando novas frentes de crescimento.

Fonte: Tribuna de Minas

Como o D2C e a logística inteligente estão redesenhando o comércio atacadista

Como o D2C e a logística inteligente estão redesenhando o comércio atacadista

A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) desenvolveu uma pesquisa sobre o contexto econômico do comércio atacadista e o futuro do setor, com o objetivo de entender melhor como este tem se comportado nos últimos anos e quais são as principais transformações e tendências. Apresentado por Thiago Carvalho, assessor da Entidade, esse foi um dos principais temas da reunião do Conselho do Comércio Atacadista, realizada no dia 22 de outubro.

De acordo com o documento, o modelo Direct to Consumer (D2C) e as empresas atacadistas se adaptando para atuar como operadores logísticos da Indústria já estão gerando transformações no setor. As mudanças no comportamento do consumidor, aceleradas durante a pandemia, bem como os usos da tecnologia e da Inteligência Artificial (IA) também exigiram modificações na operação. Isso indica que o futuro do atacado no Brasil será desafiador e, ao mesmo tempo, trará novas oportunidades.

O modelo D2C permite que marcas e indústrias vendam diretamente ao consumidor final, sem a necessidade de intermediários. Dessa forma, os produtos podem ser oferecidos a preços mais competitivos, uma vez que não é preciso incluir as margens de lucro de atacadistas e varejistas. Além disso, as marcas conseguem coletar dados diretamente dos consumidores, o que representa uma importante vantagem sobre os concorrentes.

Segundo a FecomercioSP, para competir com marcas D2C, empresários estão investindo nas próprias plataformas digitais e em estratégias de marketing direto ao consumidor. Isso inclui o desenvolvimento de lojas online, a implementação de sistemas de gestão de relacionamento com o cliente (do inglês Customer Relationship Management — CRM) e o uso de IA para melhorar a eficiência logística e a personalização de ofertas.

Logística e gestão de estoque

Ademais, em resposta ao crescimento do D2C, empresas atacadistas estão repensando o seu papel no ecossistema de distribuição. Algumas têm se tornado parceiras das marcas, oferecendo serviços como armazenamento, logística e assistência ao cliente, enquanto outras optam por desenvolver as próprias marcas D2C para conquistar uma parcela desse mercado em crescimento.

Na visão da Federação, investir em tecnologia é fundamental para se transformar em um operador logístico. As ações incluem sistemas de gestão de armazéns (WMS), sistemas de gerenciamento de transporte (TMS) e soluções de rastreamento em tempo real. Esses mecanismos ajudam a melhorar a visibilidade do inventário, a eficiência operacional e a satisfação do cliente.

A percepção da FecomercioSP é a de que muitas empresas atacadistas vão se transformar em operadores logísticos e gestores de estoque, trabalhando em parceria com a Indústria. Atualmente, várias marcas/indústrias priorizam o contato direto com os pequenos e microempresários — e, até mesmo, com o consumidor final. Dessa forma, conseguem ter acesso a informações importantes para as estratégias de negócios. Nesse contexto, as marcas enxergam o comércio atacadista como um parceiro.

Desempenho positivo no pós-pandemia

Para traçar o panorama com as principais tendências e estratégias do comércio atacadista nos próximos anos, a Federação analisou o desempenho do setor, principalmente no período pós-pandemia, com base nas informações da Pesquisa Anual do Comércio (PAC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Os dados mostram que o comércio atacadista foi um dos setores que menos sofreu os efeitos negativos da crise sanitária e que se recuperou de forma mais rápida na reabertura e na volta à normalidade. Na opinião da FecomercioSP, parte desse desempenho pode ser atribuído às mudanças do comportamento do consumidor, que, para evitar o contágio, passou a preferir compras online e a demandar mais agilidade nas entregas e, consequentemente, na recomposição de estoques.

Também contribuíram para o resultado positivo transformações como a criação de parcerias de atuação entre essas empresas e a Indústria. Frente a essa necessidade, o comércio atacadista também se destacou ao ser o principal canal de abastecimento das micro e pequenas empresas.

De acordo com as informações do IBGE, a receita operacional do comércio atacadista atingiu R$ 3,4 trilhões em 2022, aumento de 24,4% em relação ao ano anterior. Nesse primeiro ano de volta à normalidade pós-pandemia, foi a maior taxa de crescimento entre os segmentos avaliados, ficando acima do comércio varejista (16%) e do comércio de veículos, peças e motocicletas (20,5%). O número de empresas e o montante de pessoal ocupado também cresceram em ritmo superior ao dos outros segmentos, superando os números de 2019, antes da pandemia.

Segundo análise da FecomercioSP, grande parte das atividades atacadistas apresentou crescimento de dois dígitos da receita, e as que apontaram melhor desempenho estavam ligadas ao cenário de reabertura e volta à normalidade em 2022. São os casos do comércio de calçados e artigos de viagem, por exemplo, que registrou aumento de 47%, e do atacado de artigos de escritório e de papelaria, papel, papelão e seus artefactos, que avançou 55,5%.

Dados mais recentes indicam a continuidade dessa tendência de crescimento do setor. Quanto ao mercado de trabalho, o comércio atacadista gerou quase 98 mil empregos com carteira assinada no Brasil, no ano passado. Entre janeiro e setembro de 2024, já são quase 75 mil novas vagas.

Fonte: FecomercioSP

Assaí investe na região Norte com novo CD e loja em Manaus (AM)

Assaí Atacadista investe na região Norte com novo CD e loja em Manaus

O centro de distribuição chega com os mais recentes sistemas de tecnologia e programas de treinamento estruturados pelo Assaí; para essa operação foram contratados 83 novos colaboradores

A rede de cash & carry vem investindo em sua expansão na região Norte do país. Nesta terça-feira (3), foi inaugurado um centro de distribuição em Manaus, no Amazonas, e, nesta quarta-feira (4), mais uma unidade do Assaí Atacadista chegou à capital manauara.

Em entrevista exclusiva para o Jornal Giro News, Wesley Silva, diretor regional do Assaí, comentou sobre a importância desse investimento para a atuação local.

“O Amazonas é uma região bem complexa para abastecimento, então esse novo CD vai ajudar muito na questão logística. A gente vai poder centralizar na parte da mercadoria, onde temos dificuldade de abastecimento por parte da indústria, e dentro do CD para poder atender essas quatro lojas de Manaus. E também ajudará a indústria na questão da entrega. Então, com isso a gente vai poder sempre manter um bom sortimento em nossas lojas e atender cada vez melhor os nossos clientes”, revelou.

O centro de distribuição chega com os mais recentes sistemas de tecnologia e programas de treinamento estruturados pelo Assaí, e para essa operação foram contratados 83 novos colaboradores. Com a abertura, a empresa passa a contar com cinco centros de distribuição nas regiões Norte e Nordeste.

4ª Unidade em Manaus

Mesmo com a concorrência, o Assaí Atacadista vê que o mercado ainda não está saturado, e os desafios encorajam a buscar sempre inovações.

“Ainda tem muito o que crescer, é um mercado que caiu na graça do consumidor brasileiro, então, vamos continuar investindo em todas as regiões de Norte a Sul. Os desafios são sempre os mesmos, a concorrência é sempre boa para nós, faz com que a gente busque cada vez ser melhor e se diferenciar do mercado trazendo sempre coisas novas”, afirma o executivo.

A nova unidade, denominada Assaí Bola da Suframa, localizada no bairro Crespo, se insere na geração mais atual de lojas da companhia. Ao todo, serão mais de 12 mil m² de área construída, sortimento de cerca de 9 mil itens, priorizando os fornecedores locais, 30 caixas de pagamento – sendo 6 para compras rápidas de até 15 volumes e 6 de self-checkout -, além de 380 vagas para carros e motos. A loja também disponibiliza serviços como Açougue, Empório de Frios, Cafeteria e Padaria.

Expansão da Rede

Segundo Wesley, com essa inauguração, a rede contabiliza quatro unidades em Manaus. Em meados de março, foi aberta a segunda loja em Macapá e até o final deste ano, a previsão é inaugurar a quarta unidade em Belém, no Pará.

 

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“Para 2025, a gente está em processo de olhar pontos estratégicos para poder definir, mas sempre aparecem oportunidades, e a gente vai sempre procurar investir na região por ser um local importante para o negócio”, conta. O Assaí também vem investindo na modernização das lojas pertencentes ao parque, com a implantação dos self-checkouts.

“Todas as lojas de Manaus já estão com esses serviços e essa nova loja já nasce com toda a modernização da rede. E falando nacionalmente, o self-checkout é uma inovação para esse ano e a gente tem feito isso nas lojas já existentes”, finaliza Wesley Silva.

Atualmente, a companhia conta com mais de 290 lojas nos 24 estados e no Distrito Federal. Na região Norte, são 19 operações distribuídas em todos os estados: Amapá, Amazonas, Acre, Rondônia, Roraima, Pará e Tocantins.

Fonte: Giro News