62% dos consumidores acreditam que os produtos de marcas próprias oferecem a mesma qualidade das marcas tradicionais

62% dos consumidores acreditam que os produtos de marcas próprias oferecem a mesma qualidade das marcas tradicionais

Paralelamente, 86% dos brasileiros notaram uma redução no tamanho das embalagens de produtos sem que isso representasse queda no preço

O padrão de consumo dos brasileiros tem sido significativamente alterado por fatores como incertezas econômicas, pressões inflacionárias. No país, 81% dos consumidores entrevistados em uma pesquisa conduzida pela EY-Parthenon priorizam a busca pelo custo-benefício nas compras – índice acima da média global, de 72%.

Essa busca por economia também está transformando o mercado de marcas próprias. 62% dos consumidores acreditam que os produtos de marcas próprias oferecem a mesma qualidade das marcas tradicionais, e 32% afirmam estar satisfeitos com alternativas mais acessíveis, que imitam a oferta de marcas premium.

Paralelamente, 86% dos brasileiros notaram uma redução no tamanho das embalagens de produtos sem que isso representasse queda no preço, enquanto 59% só compram produtos de marcas conhecidas quando estão em promoção. Além disso, 64% dos brasileiros preferem consertar objetos ao invés de substituí-los.

O levantamento também expõe a preocupação dos brasileiros com questões financeiras e sociais: 83% pensam constantemente no futuro, 45% estão muito preocupados com suas finanças, 58% temem pela economia nacional e 35% se preocupam com o acesso a necessidades básicas.

Digital ajuda, mas é preciso ter cuidado

Neste panorama, a digitalização ganha destaque como parte essencial na experiência do consumidor. Quase metade dos brasileiros (48%) já se inscreveu em listas de varejistas em troca de descontos, enquanto 77% valorizam frete ou devoluções gratuitas como um diferencial em programas de fidelidade. Outras preferências incluem descontos exclusivos (61%) e sistemas de acúmulo de pontos (56%).

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Entretanto, a expansão das estratégias digitais traz consigo uma crescente preocupação com a segurança dos dados. No Brasil, 77% temem roubo de identidade, 71% estão muito preocupados com violações de dados e hackers, e 66% temem a exposição de informações privadas.

Além disso, questões relacionadas ao uso de cookies e privacidade também acendem o alerta: 75% dos brasileiros receiam que seus dados sejam armazenados de forma insegura, enquanto 72% temem ataques cibernéticos baseados em informações coletadas.

Segundo Natália Sperati, sócia de estratégia da EY-Parthenon para varejo e bens de consumo na América Latina, os números evidenciam que, embora o custo-benefício continue sendo um elemento central, as marcas precisam garantir ambientes seguros para transações e armazenamento de dados, pois o consumidor brasileiro valoriza tanto a economia quanto a proteção de suas informações pessoais.

Fonte: Mundo do Marketing

Como as marcas próprias impactam os negócios das farmácias?

Como as marcas próprias impactam os negócios das farmácias?

Com um portfólio diverso e mais sofisticado, produtos ajudam na fidelização e agregam valor para as farmacêuticas

Valeria Contado (Meio & Mensagem) – As farmácias se tornaram centros de conveniência para os consumidores. Com formas de entender os hábitos de consumo de cada um, essas empresas conseguem acompanhar de forma mais precisa a jornada de compras da população. Por isso, muitas redes têm evoluído na criação e desenvolvimento de marcas próprias. Esses ativos são importantes para a geração de valor e rentabilidade para as varejistas do setor farmacêutico.

Com um portfólio diverso e cada vez mais sofisticado, os produtos ultrapassam a linha de medicamentos. Muitas farmácias possuem, atualmente, produtos de beleza, higiene, cuidados com a pele, vitaminas e até mesmo alimentos e bebidas. No entanto, a premissa tanto em medicamentos quanto nas demais categorias é trazer personalização para os clientes e flexibilidade nos preços.

Marcas e negócios

Para as redes farmacêuticas os investimentos em marcas próprias geram um impacto considerado positivo. Na Pague Menos, por exemplo, o crescimento no volume de vendas atingiu os 19,7% em relação ao 3º trimestre de 2022. Já em Extrafarma, marca que agora pertence à rede, as marcas próprias atingiram 6,6% das vendas totais, dobrando o valor do mesmo período do ano passado.

Larissa Pinheiro, diretora comercial de Não Medicamentos e Marcas Próprias Pague Menos e Extrafarma, explica como esses produtos impactam no desenvolvimento da rede.

“Todo o investimento em ações é direcionado para diversas áreas, incluindo pesquisa e desenvolvimento de novos produtos, controle de qualidade, marketing e produção, contribuindo com a melhoria contínua de nossas linhas. Além disso, temos um projeto pautado em ASG, com o olhar ambiental”.

Já a Panvel, aposta em deixar o cliente no centro das decisões para o desenvolvimento desses produtos. Para a marca, esse portfólio é uma forma de fidelizar o consumidor e entender quais são os principais desejos de consumo, e isso agrega valor. No 3º trimestre desse ano, as marcas próprias da companhia geraram uma receita de R$ 76,3 milhões, o que representa um crescimento de 18,2% em relação ao mesmo período de 2022.

O segmento mais expressivo da rede foi o de beleza. Segundo dados divulgados pela empresa, a Panvel Make Up apresentou crescimento de 32,3% nas vendas do terceiro trimestre. “Nosso cliente vem no centro de nossas ações e isso se traduz também na diversidade apresentada em nosso portfólio. Somos uma multimarca, e o mix traduz essa premissa”, afirma Priscila Franzeck Barbosa, gerente executiva de marketing e comunicação do Grupo Panvel.

Estratégias de comunicação das farmácias

Apesar do crescimento e alto impacto na estratégia de negócios, as marcas próprias das farmácias disputam espaço com empresas que possuem um grande investimento em publicidade e marketing.

Por isso, as farmacêuticas precisam apostar em uma estratégia que destaque os atributos das marcas próprias. Desse modo, existe um investimento em redes sociais e interações com os clientes. Nesse sentido, a Panvel usa valor da própria marca como principal estratégia de comunicação. Além disso, já existe, segundo Priscila, uma comunidade, a Panvel Lovers (@panvellovers), que ajuda na divulgação boca a boca desses produtos.

Já para a rede Pague Menos e Extrafarma, a omnicanalidade é um ponto chave para se encontrar com os clientes. “Essa abordagem visa proporcionar maior comodidade e conveniência durante a jornada de compra, permitindo que os clientes adquiram produtos de forma flexível e personalizada, a qualquer hora e em qualquer lugar”, explica Larissa.

Além disso, em um contexto geral, parte dessas marcas próprias oferecem um custo-benefício melhor, em relação aos grandes nomes do mercado. “Optamos por ter menor rentabilidade e entregar um produto de qualidade muito superior, a partir de muita pesquisa, da concepção do produto, da embalagem e da execução no ponto de venda”, diz Priscila, da Panvel.

Neste caso, a executiva afirma que, para a companhia, há um ganho em dois aspectos: preço e valor, e que, por isso, há um grande volume de fidelização. Por isso, pensando em futuro, a Panvel deve lançar cerca de 350 novos produtos.

Confira a reportagem no site do Meio & Mensagem.

 

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