Força da Amazon, Mercado Livre e Shein leva varejo brasileiro a rever estratégias

Força da Amazon, Mercado Livre e Shein leva varejo brasileiro a rever estratégias

Empresas como Magazine Luiza, de propriedade da família bilionária Trajano, e Casas Bahia, viram seu valor de mercado despencar

(Folha de SP/BLOOMBERG) – O chacoalhão no varejo global finalmente alcançou o Brasil, onde as empresas deram início a um processo de reestruturação e consolidação em meio à forte concorrência de gigantes estrangeiras como Amazon, Mercado Livre e Shein.

Embora o e-commerce tenha remodelado o varejo nos EUA e na Europa mesmo antes da pandemia, um conjunto de circunstâncias econômicas, financeiras e logísticas tinha mantido o Brasil isolado dessa tendência.

Isso significa que as reestruturações de dívidas, fusões e mudanças estratégicas que impactaram o setor em outros lugares ocorrem agora em algumas das maiores redes brasileiras.

Marcelo Noronha, CEO do Bradesco, apontou o varejo como um dos segmentos mais fracos da economia brasileira no momento. “Setor que está sofrendo um pouco mais hoje é o varejo, tem mais desafios”, disse ele na quinta-feira (2).

No domingo, o Grupo Casas Bahia — uma das redes de varejo mais populares do país — apresentou um plano de recuperação extrajudicial para reescalonar cerca de R$ 4,1 bilhões em pagamentos de dívidas.

O crédito ficou mais caro desde a implosão da Americanas em um escândalo de fraude contábil no ano passado, o que colocou o setor como um todo sob escrutínio.

Há também uma onda crescente de fusões. A Petz concordou em ser comprada pela rival Cobasi no mês passado. Em fevereiro, a Arezzo comprou o Grupo Soma em uma tentativa de criar um gigante do varejo.

Do seu lado, os executivos do setor de varejo dizem que estão lidando com as consequências.

Há também uma onda crescente de fusões. A Petz concordou em ser comprada pela rival Cobasi no mês passado. Em fevereiro, a Arezzo comprou o Grupo Soma em uma tentativa de criar um gigante do varejo.

Do seu lado, os executivos do setor de varejo dizem que estão lidando com as consequências.

Não há a necessidade de “fechamento de mais unidades, isso tem a ver com processo de lojas que estavam muito deficitárias. Fechamos as lojas e tem uma série de outras que vamos acompanhando no processo de UTI”, disse Elcio Ito, diretor financeiro da Casas Bahia, em entrevista na segunda-feira. “A gente não tem previsão de fechar mais lojas, pode ser que aconteça pontualmente. A grande parte do trabalho fizemos ano passado.”

O acordo da Arezzo pela Soma está sendo finalizado com desconto de 20% desde seu anúncio no início deste ano. Mas as empresas, que obtiveram lucro em 2023, estão “confiantes no crescimento do setor do varejo para este ano”, afirmaram em comentário à Bloomberg News.

Uma vez dominado por grandes empresas com apoio de bilionários, o setor de varejo no Brasil opera sob pilhas de dívidas. Muitas operadoras locais que gastaram muito em plataformas digitais para competir com gigantes globais do e-commerce agora estão sendo pressionadas pelas grandes empresas asiáticas de fast fashion, como a Shein e a Shopee.

Confira a reportagem completa na Folha de São Paulo

 

 

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Walmart aposta em marca própria de alimentos cleans

Walmart lança Bettergoods, sua maior marca própria de alimentos em 20 anos

Walmart vai lançar a Bettergoods, sua nova marca própria de alimentos

Mirando no bolso da Gen Z, o Walmart vai lançar a Bettergoods, sua nova marca própria de alimentos focada em produtos orgânicos e sem glúten nos EUA.

Entre manteigas aromatizadas e sorvetes sem lactose, os preços vão variar entre US$ 2 a US$ 15 — sendo que 70% deles vão custar menos de US$ 5.

Esse é o maior lançamento de uma marca própria do Walmart em 20 anos. Isso porque a empresa já tem a Great Value, que é mais focada em itens básicos de uso diário que vão de café a papel higiênico.

A estratégia por trás

Normalmente, os produtos de marca própria têm preços um pouco mais baixos do que os concorrentes — chamando a atenção dos consumidores em tempos de inflação alta.

Isso porque a rede de supermercados não precisa gastar com publicidade, já que detém o controle da distribuição nas prateleiras. 

Pense que os supermercados também têm o poder dos dados a seu favor. Eles conseguem ver, direto da fonte, o que os consumidores mais compram e investir nesses produtos.

E não é que dá certo? A Kirkland, marca própria de bens de consumo da rede de supermercados americana Costco, gerou US$ 58 bilhões em vendas em 2021 — 1/4 da receita de toda a operação do negócio.

Também temos nossos cases por aqui… Em terras brasileiras, o Pão de Açúcar tem a Qualitá. Já o Grupo Dia tem produtos de marca própria com nomes engraçadinhos — como a água Takum Sede e a My! 

Confira a reportagem no The News.  

 

 

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