Entenda como essa opção segue crescendo mesmo em tempos de crise
A marca própria sempre foi uma excelente opção para quem busca economizar sem abrir mão da qualidade, atendendo aos requisitos e expectativas dos consumidores. Tanto que, para os produtores de marcas próprias, as crises sempre se mostraram verdadeiras oportunidades ao ponto de hoje conseguirem se estabelecer independente do cenário econômico.
Para manter a margem de lucro
Uma das grandes vantagens das marcas próprias é que, ao serem mais acessíveis, elas atendem às necessidades do consumidor e entregam a promessa de qualidade, ao mesmo tempo em que proporcionam maior margem para o dono da marca. Isso resulta na fidelização do cliente, que encontra esses produtos exclusivos apenas naquele ponto de venda. O fabricante também se beneficia, mantendo uma margem de lucro saudável.
Para Neide Montesano, presidente da Associação Brasileira de Marcas Próprias (Abmapro), este cenário é claramente visível, especialmente no setor farmacêutico, que cresce dois dígitos todos os anos. “O aumento também é perceptível com a entrada de mais empresas do varejo alimentar, que nos procuram para entender como funciona o mercado de marcas próprias”, explica a presidente.
Para ela, tempos de crise, como a atual inflação alta, há uma grande oportunidade, especialmente quando observamos a cesta básica. “Se considerarmos o aumento da inflação nessa cesta e trocarmos os produtos por marcas próprias, é possível economizar entre 20% e 30%. Assim, o consumidor consegue adquirir produtos de qualidade com um custo reduzido, tornando acessíveis itens que talvez ele não pudesse comprar”, recomenda.
Quanto à questão do preço, as marcas próprias tendem a ser mais baratas que as marcas tradicionais, pois não carregam os custos com marketing e comissões comerciais que as marcas tradicionais têm. Isso resulta numa redução de aproximadamente 20% no preço final para o consumidor.
“No entanto, também existem marcas de quarta geração, como o Taek e a linha Valor, que são produtos altamente diferenciados e inovadores, com valor agregado, e, portanto, não seguem a mesma lógica de preços. Embora ainda sejam mais acessíveis devido à redução de custos na cadeia produtiva, esses produtos se destacam pela inovação e não seguem as comparações tradicionais de preço”, explica.
Em 2006, as vendas de marcas próprias no Brasil eram de 1,6 bilhões; hoje, esse número atingiu 250 bilhões. Esse crescimento é notável em diversos canais de varejo, como alimentação, farmacêutico, pet, home center e até o canal de vestuário, onde a marca própria tem se expandido consideravelmente ao longo dos últimos 20 anos.