Supermercados deixam de abrir aos domingos após acordo histórico e medida pode mudar o varejo no Brasil

A partir de 2026, o Espírito Santo vai testar um modelo inédito no país: por sete meses, supermercados e outros grandes pontos de venda de alimentos não vão abrir aos domingos. O acordo entre sindicatos patronais e de trabalhadores transforma o estado em um “laboratório real” para medir, com dados concretos, como mudam o consumo, o trabalho e os negócios quando o supermercado deixa de ser opção no fim de semana.

Como vai funcionar

O fechamento dominical não atinge apenas grandes redes. A convenção coletiva inclui hipermercados, atacarejos, atacadistas, autosserviços, mercearias estruturadas, hortifrutis de porte relevante, minimercados de grupos empresariais e lojas de alimentos em shoppings.

Essas operações devem manter as portas fechadas aos domingos no período de teste, salvo exceções específicas, como pontos em áreas turísticas com regras negociadas à parte. Lojas de material de construção seguirão a mesma lógica, alterando o padrão de funcionamento de parte importante do varejo capixaba.

O que muda para o consumo e o lazer dominical com a nova regra

Restaurantes, lanchonetes, cinemas, lojas de moda, farmácias e serviços diversos seguem liberados, mantendo o domingo como dia de consumo e lazer, mas sem o supermercado como protagonista. O consumidor continuará tendo opções para emergências, mas a compra semanal estruturada tende a migrar para outros dias.

Esse novo arranjo abre espaço para que shoppings e polos gastronômicos se reforcem como destino de lazer dominical, enquanto o varejo alimentar se concentra de segunda a sábado. Em paralelo, o comércio digital ganha relevância para quem prefere planejar tudo sem enfrentar filas.

Quais novos hábitos de consumo podem surgir com o fechamento dominical

Sem o domingo, o fluxo de compras deve se concentrar entre sexta à tarde e sábado, exigindo mais organização da rotina doméstica. Famílias que faziam o “rancho” no fim de semana terão de antecipar decisões, planejar a despensa e cuidar melhor dos estoques em casa.

Durante o período de teste, parte dos consumidores deve experimentar formas diferentes de organizar compras e lazer. Entre os hábitos que tendem a ser monitorados com mais atenção, destacam-se:

  • Compras grandes concentradas em um ou dois dias, principalmente sexta e sábado;
  • Uso mais intenso de mercados e mercearias de bairro para reposições urgentes;
  • Substituição do passeio ao hipermercado por outras formas de lazer dominical;
  • Busca por promoções em dias úteis para evitar lojas cheias;
  • Crescimento do e-commerce alimentar, com entregas e retiradas agendadas.
Quais efeitos o novo modelo traz para quem trabalha em supermercados

Para quem atua no varejo alimentar, o domingo livre representa uma mudança relevante, com um ponto fixo de descanso na semana. Isso facilita consultas médicas, participação em atividades escolares, convívio familiar e um descanso mais previsível, reduzindo o desgaste físico e emocional.

Além da folga dominical, a convenção coletiva prevê reajuste do piso salarial e auxílio-alimentação mensal, tornando o pacote mais competitivo frente a setores como logística e call centers. A reorganização de escalas será decisiva para evitar sobrecarga em menos dias e manter a qualidade do atendimento.

Confira a reportagem completa no portal E.M. Foco

Varejo alimentício está mais heterogêneo e acompanha novos hábitos do consumidor

Dados da Nielsen IQ apontam que perda do poder de compra acelera marcas próprias no Brasil

Segundo dados apresentados pela Nielsen IQ, o avanço da inflação de alimentos e a perda de poder de compra impulsionam uma mudança no comportamento do consumidor brasileiro: 58% planejam ampliar a compra de produtos de marca própria ainda este ano e em 2026. De acordo com a pesquisa, o segmento de marca própria cresce em média 9,2% ao ano no Brasil.

As compras em autosserviços (supermercados, inclusive via e-commerce) e farma têm maior concentração de vendas, sendo os estados com maior volume de operações Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.

Os produtos que têm sido mais adquiridos são as bebidas à base de vegetais/cereais, cortes suínos, absorvente interno, inseticidas domésticos aerossol e margarina – os quais integram as 10 categorias que respondem por 42,5% do faturamento de marcas próprias nas vendas pela modalidade autosserviço.

Dados globais

Globalmente, marcas próprias atingiram 22,8% de participação em 2024 e 53% dos consumidores dizem estar mais propensos a comprar marca própria do que antes. A América Latina é a 2ª região com maior crescimento (+3,7%), tendo como destaques Colômbia, Costa Rica, Argentina e Peru. Além disso, jovens têm confiado cada vez mais nas marcas próprias.

Para Pietro Bastos, da Nielsen IQ, o avanço da marca própria deve acelerar, impulsionado pelo potencial ainda pouco explorado no Brasil e pelo aumento da confiança do consumidor. “Não se trata apenas de preço: marca própria amplia acesso a categorias, qualidade e produtos saudáveis”, destaca o executivo.

Fonte: Giro News

O crescimento das marcas próprias no varejo

Intenção de compra de marcas próprias chega a 58% entre brasileiros

A intenção de ampliar compras de marcas próprias alcança 58% dos consumidores brasileiros, segundo levantamento da NielsenIQ apresentado no SIMP 2025, evento da ABMAPRO. A pesquisa indica que inflação e perda de renda impulsionam esse movimento.

“Os investimentos crescem em todos os nichos e projetamos R$ 153 bilhões em vendas, com praticamente todos os canais crescendo fortemente, em especial o Farma que vem com forte contribuição nessa projeção, mas com avanços cada vez mais relevantes nos canais C&C e Home Center”, explica a presidente da ABMAPRO, Neide Montesano.

Segundo a NIQ, a categoria cresce em média 9,2% ao ano no país, com maior concentração em autosserviços e canal Farma. Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo lideram o volume de vendas.

Entre as categorias mais consumidas estão bebidas vegetais, cortes suínos, absorvente interno, inseticidas aerossol e margarina, que juntas representam 42,5% do faturamento da modalidade no autosserviço.

Pietro Bastos, executivo da NielsenIQ, avalia que a tendência deve continuar. “Não se trata apenas de preço: as marca próprias ampliam acesso a categorias, qualidade e produtos saudáveis.”

Globalmente, a Marca Própria alcançou 22,8% de participação em 2024. A América Latina é a 2ª região com maior expansão, com destaque para Colômbia, Costa Rica, Argentina e Peru.

Fonte: SA+ Varejo

RD Saúde vai produzir e vender remédio de marca própria que não precisa de prescrição médica

Grupo dono das redes Raia e Drogasil obteve licença para produzir e comercializar mais de 20 moléculas

O grupo RD Saúde, dono das redes Raia e Drogasil e líder do varejo farmacêutico nacional, obteve licença para produção e venda de mais de 20 moléculas de medicamentos que não necessitam de prescrição médica (OTC). A venda deve ter início em 2026.

A notícia foi divulgada nesta segunda-feira (1º) durante o RD Day, evento da companhia com investidores, em São Paulo. A empresa também anunciou a criação de um espaço de beleza nas farmácias, e o primeiro deve ser inaugurado em uma loja em Barueri, na Grande São Paulo, no segundo trimestre do ano que vem.

Os medicamentos serão lançados sob a marca própria Bwell, de suplementos vitamínicos, que chegou ao mercado em 2023 e tem a atriz Ana Paula Arosio como garota-propaganda.

O novo negócio começou a ser estruturado em 2023. No ano passado, o grupo contratou fornecedores, obteve a aprovação da Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) e iniciou os testes com a primeira fórmula, paracetamol, um analgésico e antipirético.

De acordo com a RD Saúde, a marca própria do paracetamol atingiu 12% das vendas da categoria. Ao todo, as mais de 20 moléculas que serão produzidas com a marca Bwell representam cerca de 16% das vendas de OTC no grupo.

Estão previstas fórmulas como dipirona monoidratada 500 mg/ml (“alívio de dores e febres”), dipirona monoidratada 330 mg + cafeína 50 mg + citrato de orfenadrina 35 mg (“relaxante muscular”), dipirona monoidratada 300 mg + mucato de isometepteno 30g + cafeína 30g (“alívio das dores de cabeça”) e butilbrometo de escopolamina 6,67mg/ml + dipirona 333,4 mg/ml (“dores abdominais e cólicas”).

A investida da RD Saúde ocorre em um momento em que se acirra a concorrência entre o varejo farmacêutico e o varejo alimentar em torno da venda de medicamentos. Os supermercados querem vender remédios sem prescrição em suas lojas, algo previsto no projeto de lei 2.158/2023, aprovado em setembro. O PL prevê farmácias completas dentro dos supermercados, que só poderão funcionar se houver um farmacêutico responsável durante todo o horário de atendimento.

A liberação vinha sendo apoiada pela Abras (Associação Brasileira de Supermercados) e rechaçada pela Abrafarma (Associação Brasileira de Redes de Farmácias e Drogarias), que reúne as 29 maiores redes nacionais.

Agora, com a iniciativa da RD Saúde de fabricar, via terceiros, os próprios medicamentos OTC, o grupo se torna fornecedor dos supermercados. A venda total de medicamentos no Brasil, envolvendo remédios com e sem prescrição, soma cerca de R$ 200 bilhões ao ano.

Fonte: Folha de S. Paulo 

Vendas no Natal devem movimentar R$ 85 bi na economia brasileira, mostra pesquisa

Vendas no Natal devem movimentar R$ 85 bi na economia brasileira, mostra pesquisa

Levantamento mostra que 76% devem presentear no Natal, ou 124,3 milhões de pessoas

As vendas no comércio varejista no Brasil neste ano devem movimentar R$ 84,9 bilhões na economia. É o que aponta pesquisa de Intenção de Compras para o Natal 2025, realizada pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil).

De acordo com o levantamento, 76% dos consumidores devem presentear alguém na data natalina, com expectativa de que 124,3 milhões irão às compras. Em média, pretendem comprar quatro presentes no fim deste ano, número que aumenta para cinco entre as classes A/B, com valor médio de R$ 174. O valor supera em R$ 37 o de 2023, ou seja, um avanço de quase 30%.

Entre os consumidores, os filhos lideram a lista de presenteados neste Natal (58%), seguidos pelas mãe (46%), cônjuge (40%), pai (23%) e irmãos (23%). Para 28% dos entrevistados, o presente de maior valor será destinado aos filhos, 19% para marido/esposa e 18% a mães.

Segundo José César da Costa, presidente da CNDL, o Natal de 2025 reforça “a sua inegável importância” para o varejo brasileiro.Ele pontua que o momento é de planejamento financeiro por parte dos consumidores e de expectativa pelo comércio. “As ruas estarão cheias nas próximas semanas, mas dá tempo do consumidor pesquisar e negociar suas compras”, avalia em nota.

Produtos

A maior procura deve ser por roupas neste Natal, com intenções de compra em 52%. Na sequência, aparecem perfumes e cosméticos (36%), calçados (30%), brinquedos (30%) e acessórios (22%). Um outro destaque da pesquisa é que 43% dos consumidores já substituíram ou pretendem trocar os presentes materiais por experiências, como viagens, jantares, passeios ou shows.

De acordo com o levantamento, 38% dos entrevistados esperam comprar a mesma quantidade de presentes este ano em relação a 2024, 31% pretendem adquirir mais itens e 20% menos.

Um pouco menos da metade dos consumidores (41%) quer desembolsar mais nas compras natalinas em 2025 no confronto com 2024; 26% gastar menos e 23%, a mesma quantia.

Entre os que aumentarão os gastos: 36% darão um presente de maior valor, 34% afirmam que os preços estão mais caros, 18% economizaram ao longo do ano e 17% pretendem dar mais presentes.

As lojas físicas seguem como o principal canal de compra neste Natal: 75% das pessoas consultadas disseram que comprarão os presentes presencialmente. Os principais pontos de compra serão as lojas de departamento (36%) e os shopping centers (31%).

Em relação às compras online, 58% disseram que irão adquirir pelo menos algum presente de Natal pela internet, o que representa 94,2 milhões de pessoas. Em média, 70% dos presentes serão adquiridos por esse canal.

De acordo com o levantamento, oito em cada dez (82%) pessoas que farão alguma compra pretendem fazer pesquisa de preços antes de comprar os presentes para o Natal para economizar.

As principais formas de pagamento dos consumidores nas compras de Natal serão: Pix (54%), cartão de crédito parcelado (39%), cartão de débito (28%) e dinheiro (23%). // Com informação do Estadão de Conteúdo (Maria Regina Silva).

Fonte: Mercado & Consumo 

Supermercados BH abrirá mais seis lojas, encerrando 2025 com 402 unidades

Supermercados BH abrirá mais seis lojas, encerrando 2025 com 402 unidades

Encerrando seu plano de expansão em 2025, a rede Supermercados BH planeja a inauguração de mais seis lojas até o fim deste ano, sendo três ainda neste mês e mais três em dezembro. Destas aberturas, quatro serão em Minas Gerais e duas no Espírito Santo, com a primeira inauguração ocorrendo amanhã (27), no município de Capitólio (MG), que recebe sua primeira unidade da rede.

Ainda nesta semana mais duas lojas serão entregues no Espírito Santo, uma na sexta-feira (28), em Viana, e outra no sábado (29), na cidade de Anchieta.

Lojas de dezembro

Outras três inaugurações estão previstas para dezembro, todas em Minas Gerais. A rede abrirá a quinta unidade em Divinópolis, na região Centro-Oeste do estado, no dia 11.

A capital Belo Horizonte receberá mais uma filial no dia 16, no bairro Tirol, e no dia 19 de dezembro a empresa vai inaugurar outra loja no bairro Pompéia, região Leste da capital.

Neste ano, o BH já abriu 17 lojas e converteu mais 54 operações que pertenciam ao Bretas. Com estas seis inaugurações, a rede encerrará o ano com 402 lojas pelo Brasil. As informações são do Diário do Comércio.

Fonte: Giro News

Eurofral

Eurofral lança calcinha descartável com LYCRA® e foco em marcas próprias

A Eurofral, indústria brasileira especializada em soluções de higiene íntima e roupas íntimas descartáveis, e expositora confirmada na Private Label Brazil 2026, lança no mercado a calcinha absorvente descartável Higifral Lady, desenvolvida com fios LYCRA®, tecnologia Ultra Dry e neutralizador de odores. O produto também foi desenvolvido para projetos de Marcas Próprias do varejo.

A iniciativa é fruto do processo de inovação da Eurofral com a The LYCRA Company, que une atributos técnicos e percepção elevada de bem-estar, alinhando-se ao crescimento acelerado do mercado de longevidade e à busca do varejo por portfólios diferenciados em Marcas Próprias.

Indicada para pós-parto, fluxo menstrual intenso e incontinência urinária moderada, a novidade atende diferentes fases da vida da mulher. A calcinha descartável utiliza o fio LYCRA® – presente nas principais peças de vestuário íntimo do mercado – para trazer mais elasticidade e conforto, permitindo que o descartável acompanhe os movimentos naturais do corpo feminino.

O produto é fabricado com a tecnologia Ultra Dry, que promove rápida absorção e distribuição do líquido, impedindo o retorno à superfície, além de contar com neutralizador de odores que reforça a sensação de frescor. Essa combinação permite ao varejo lançar uma linha de Marcas Próprias com atributos premium, competitividade ampliada e maior fidelização do comprador.

“A parceria com a marca LYCRA® amplia a proposta de valor da Eurofral, trazendo para o universo dos descartáveis o mesmo padrão de flexibilidade e vestibilidade já consagrado no vestuário íntimo. A LYCRA® proporciona um diferencial competitivo e tangível aos nossos produtos. A tecnologia cria uma experiência mais próxima à de uma roupa íntima, com alto desempenho. A calcinha descartável é uma inovação que nasce para ser uma aliada da mulher em diferentes fases da vida”, explica Paulo Junqueira, diretor industrial da Eurofral.

Com a Higifral Lady, a previsão da indústria é produzir 500 mil unidades ao mês em 2026 e se tornar o segundo player na categoria de calcinha absorvente feminina no país.

Para o mercado de Marcas Próprias, a expectativa dobra, com a produção de 1 milhão de unidades ao mês no próximo ano, expandindo para o canal farma a capacidade inovadora da Eurofral em criar produtos diferenciais para o crescimento das marcas próprias.

Marca própria para redes de farmácias

A rede de farmácias Panvel acaba de lançar, em sua marca própria Vida Plena, a versão exclusiva da calcinha absorvente descartável com fio LYCRA® desenvolvida pela Eurofral.

“A categoria de produtos para incontinência vem apresentando crescimento consistente. As vendas de janeiro a setembro de 2025 na rede cresceram 22,5%. Nosso foco é ampliar o portfólio e trazer inovações para o segmento. A parceria com Eurofral e Lycra reforça nossa estratégia para oferecer produtos de alta qualidade que garantam mais conforto e liberdade de movimento aos consumidores”, afirma Adriana Ramalho, gerente executiva de Novos Negócios.

O novo produto está disponível em toda a rede Panvel, que totaliza 632 lojas nos estados do Sul e São Paulo. “Estamos muito felizes em expandir nossa parceria com a Eurofral, uma empresa do sul do Brasil assim como a Panvel. Reconhecemos e valorizamos o compromisso da marca com a qualidade e a inovação tecnológica no desenvolvimento de seus produtos, atributos que também fazem parte dos valores da nossa rede”, destacou Ramalho.

As redes farmacêuticas associadas à Assifarma (13 redes com cerca de 1200 lojas no Brasil) também contam com a linha completa de roupas íntimas descartáveis com fio LYCRA® HyFit® em marca própria, em versões para incontinência urinária moderada, intensa, severa e severa noturna, além da calcinha absorvente descartável.

Para Pamella Dias, diretora de marcas exclusivas da Intercron, desenvolvedora das marcas próprias comercializadas pelas redes associadas à Assifarma, a parceria com a Eurofral une a excelência da indústria na categoria de descartáveis para saúde e o compromisso da Intercron com inovação e diferenciação em marca própria.

“A entrada da tecnologia LYCRA® nessa linha não só eleva o padrão de conforto e segurança como reforça nosso olhar estratégico para produtos que realmente fazem a diferença na jornada do consumidor. É sobre oferecer mais que preço, é entregar performance com valor percebido”, avalia. Para a Intercron, as marcas próprias têm se mostrado uma das estratégias mais potentes no varejo farmacêutico por gerar margem, diferenciação e relacionamento com o cliente. “Hoje, conseguimos entregar produtos com padrão nacional e garantimos alta disponibilidade de produto em gôndola, com uma relação de custo-benefício muito atrativa, unindo qualidade, preço acessível e rentabilidade para a rede. É essa combinação que transforma a marca própria em um verdadeiro motor de crescimento para o varejo”, afirma.

Fonte: Guia da Farmácia

Marcas próprias quebram paradigma e entram nas casas brasileiras

Estratégicas para varejistas, marcas próprias são caminho do crescimento para pequenos fabricantes

Para grandes redes, produtos são importantes para fidelização dos clientes

Embora se apresente como uma fazenda produtora de cogumelos, a 100% Livre também é 100% urbana. Em dois galpões que somam 1.800 metros quadrados, um deles no bairro paulistano do Ipiranga e o outro em Osasco, na Grande São Paulo, Diego Gomes, 39, cultiva shitakes, shimejis, portobelos e outras espécies de fungos, além de hortaliças.

Com 40 colaboradores e faturamento de R$ 10 milhões, a empresa de pequeno porte tem clientes de peso, como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Sam’s Club e Mambo. Mas é provável que boa parte dos consumidores jamais tenha ouvido falar na 100% Livre, porque cerca de 30% dos cogumelos são comercializados com a marca dos supermercados.

“Não tenho verba para grandes ações de marketing e lido com concorrentes que têm décadas de tradição”, Gomes justifica a estratégia. “Como as marcas próprias têm cada vez mais força no varejo, estão surgindo mais espaços de gôndola para explorar.”

Os executivos das redes varejistas confirmam o que Gomes tem percebido no dia a dia. Segundo Ana Laura Tambasco, diretora de marcas próprias do grupo Carrefour Brasil, esse tipo de produto já responde por 21% das vendas das lojas Carrefour e chega a 25% na rede Sam’s Club.

Cerca de 85% dos fornecedores são empresas de pequeno e médio porte. “Muitas vezes, eles chegam pequenos e se tornam grandes junto com a gente”, ela diz.

O brasileiro foi apresentado às marcas próprias no fim da década de 1980. Tambasco afirma que o Carrefour foi pioneiro, 37 anos atrás, ao lançar os primeiros itens de limpeza. No passado, ela emenda, era um recurso relacionado a preço baixo, o que mudou com o tempo.

“Hoje, o custo-benefício vem atrelado à qualidade e inovação, pois lançamos 300 SKUs [códigos de produto] por ano. As marcas próprias viraram um grande ativo pela fidelização. A cada dez clientes, seis levam itens das nossas marcas.”

De acordo com Anderson Gonçalves de Brito, gerente comercial de marcas exclusivas do Grupo Pão de Açúcar (GPA), o segmento também é estratégico para a rede.

“É uma das nossas grandes fortalezas, pois 22% de tudo o que é vendido por nossas lojas é de marca própria e 80% dos clientes põem ao menos um item no carrinho.”

Diversas embalagens plásticas transparentes contendo cogumelos frescos estão organizadas em prateleiras circulares dentro de um supermercado. As embalagens possuem etiquetas com a marca ‘Qualitá’ e informações de preço e validade. Ao redor, há outros tipos de cogumelos e produtos similares em embalagens plásticas.

Confira a reportagem completa na Folha de S. Paulo 

O crescimento das marcas próprias no varejo

Preferência por marcas próprias cresce entre consumidores brasileiros

A adoção de marcas próprias vem ganhando força no mercado brasileiro, impulsionada pela busca dos consumidores por opções mais econômicas. De acordo com a nova edição do EY Future Consumer Index (FCI), 76% dos entrevistados no Brasil afirmam perceber melhora na qualidade desses produtos — um resultado 13 pontos percentuais acima da média global.

A pesquisa, realizada entre 24 de janeiro e 20 de fevereiro de 2025, ouviu 20,2 mil consumidores em 27 países, sendo 1.003 no Brasil. O estudo permite comparar o comportamento de compra em diferentes mercados e identificar como o consumidor está redefinindo critérios de valor e escolha em meio ao cenário de maior controle de gastos.

Preferência por marcas próprias

Os dados evidenciam um reposicionamento das marcas próprias na mente do consumidor: itens antes associados a menor qualidade passaram a ser vistos como uma alternativa legítima e confiável. O contexto econômico, marcado por maior cautela e racionalização do consumo, aparece como fator determinante para essa mudança de percepção.

  • 84% dos entrevistados no Brasil perceberam redução do tamanho das embalagens sem diminuição proporcional do preço.
  • 83% afirmam ter alterado seus hábitos de compra devido ao aumento do custo de vida.
  • 66% declaram que elas ajudam a economizar dinheiro, crescimento de 7 pontos percentuais em relação à edição anterior do estudo (2024).

A evolução da percepção está ligada a investimentos das varejistas em qualidade, variedade e posicionamento estratégico dessas linhas.

  • 76% dos consumidores brasileiros perceberam aumento da oferta de marcas próprias nas prateleiras — 12 pontos acima da média global.
  • Entre consumidores de maior renda, o índice sobe para 84%.
  • 70% afirmam que esses passaram a ocupar locais mais estratégicos e visíveis nas lojas.
  • 41% dos consumidores no Brasil estão dispostos a testar novas marcas, índice 10 pontos acima da média global, indicando menor fidelidade às tradicionais.

O estudo também evidencia o impacto dessa mudança sobre as grandes marcas: 64% dos consumidores brasileiros afirmam que as marcas próprias atendem às suas necessidades tão bem quanto as tradicionais. Esse resultado pressiona fabricantes estabelecidos a justificar preços mais altos por meio de atributos adicionais, como diferenciação, comprovação de qualidade ou propostas de valor mais claras.

Fonte: Tribuna de Minas 

Leroy Merlin prevê que marcas próprias vão representar 25% da receita até 2027

Atualmente, a empresa atua com 15 marcas próprias

A rede varejista Leroy Merlin prevê que os produtos de marca própria representem, até 2027, 25% de sua receita total. Para isso, a empresa tem reforçado investimentos em inovação, fortalecimento de fornecedores, eficiência operacional e valorização da imagem das marcas exclusivas na percepção dos clientes.

Atualmente, a empresa atua com 15 marcas próprias. As lojas vendem ferramentas e ferragens das marcas Dexter e Standers, revestimentos internos e isolamentos externos Artens e Isoxa, produtos básicos para construção Axton, itens de decoração da Inspire e tintas Luxens.

Outras marcas que fazem parte do portfólio da Leroy Merlin são Lexman (iluminação), Equation (climatização), Naterial, Geolia e Sterwins (decoração e manutenção do jardim), Spaceo (organização), Sensea (banheiro) e Delinia (cozinha).

Resultados expressivos

Em diversas categorias, segundo a Leroy Merlin, os resultados dos produtos de marca própria já são expressivos. Os pisos Artens e os produtos para jardins e áreas externas das marcas Naterial e Geolia hoje representam cerca de 40% das vendas em suas respectivas categorias.

Para a empresa, o controle da cadeia de valor é um benefício crucial da marca própria. A Leroy Merlin exerce maior gestão sobre o design e a produção de seus produtos, garantindo que cada item e cada fábrica parceira atenda aos seus elevados padrões em relação a qualidade e políticas de ESG. Além disso, essa autonomia permite uma resposta mais ágil às tendências do mercado e às necessidades dos consumidores.

A Leroy Merlin também está atenta à necessidade de aportes em sustentabilidade e responsabilidade social de suas marcas, garantindo que todo produto à base de madeira tenha o selo FSC (Forest Stewardship Council) – dentre outras ações para redução do impacto ambiental.

Crescimento global

Os produtos de marca própria não estão no foco da Leroy Merlin por caso. Esse mercado passa por um momento de expansão global, registrando alta de 5,6% nas vendas em 2024. No Brasil, esse crescimento é ainda mais acelerado. Dados da Nielsen mostram que 45% dos lares já consomem esses itens e 60% repetem a compra. Nos últimos anos, o segmento registrou avanço de 27,2% no valor das vendas, mais que o dobro do crescimento das marcas de fabricantes, que foi de 11,1%.

Fonte: Mercado & Consumo