Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Projeção de negócios de marcas próprias no Brasil atinge R$ 153 bilhões

Em valores combinados, as principais atividades de varejo do Brasil que investem em marcas próprias projetam atingir R$ 153 bilhões em vendas neste ano, aponta a Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO).

O número é resultado de apuração da associação para publicar o Índice de Desenvolvimento da Marca Própria (IDMP), que será apresentado ao mercado na 6ª Semana Internacional da Marca Própria e no 15º Congresso ABMAPRO, que acontecem nos dias 22 e 23 de outubro em São Paulo.

“Esse resultado é um marco para o nosso trabalho”, diz a presidente da ABMAPRO, Neide Montesano.

Resultados positivos

Especialmente, acrescenta, porque segue como o volume de resultados positivos que estão no relatório apresentado pela Private Label Manufacturers Association (PLMA), que projeta US$ 277 bilhões para as vendas de marcas próprias neste ano nos Estados Unidos.

A marca própria – serviço ou produto beneficiado, processado e embalado para uma organização que detém o controle da produção e distribuição da marca tem vantagens para os consumidores e agrega valor para varejistas, atacadistas e distribuidores, representando pelo menos 30% do faturamento de 47% das empresas que aderem ao modelo, explica a associação.

Crescimento médio

“O crescimento médio das vendas passou de 20% para 40% nas empresas”, diz a presidente da associação.

De acordo com ela, os segmentos que mais investem no desenvolvimento de marcas próprias são: supermercados e equivalentes, farmácias, vestuário, petshops, e-commerce, lojas de desconto e de conveniência.

Confira o desempenho

Faturamento por segmento – 2024 – R$ 132 bilhões

• Alimentação: R$ 25 bilhões

• Vestuário: R$ 96 bilhões

• Farmacêutico: R$ 5 bilhões

• Outros: R$ 6 bilhões

Previsão de faturamento – 2025 – R$ 153 bilhões

• Alimentação: R$ 30 bilhões

• Vestuário: R$ 110 bilhões

• Farmacêutico: R$ 6 bilhões

• Outros: R$ 7 bilhões

 

Fonte: Correio da Manhã

Novos hábitos de consumo: produtos saudáveis são imprescindíveis nos supermercados

Novos hábitos de consumo: produtos saudáveis são imprescindíveis nos supermercados

Especialista em varejo supermercadista, Pedro Della’Nora aponta estratégias práticas para organizar sessões de produtos saudáveis e fidelizar consumidores

O consumo de alimentos saudáveis, orgânicos e funcionais está em ascensão no Brasil. Para os supermercados, essa tendência representa uma oportunidade estratégica de atrair consumidores preocupados com saúde, praticidade e bem-estar. Dados da Euromonitor International, consultoria de pesquisa de mercado que fornece dados sobre o setor de alimentos saudáveis, mostram que esse mercado já ultrapassa os R$ 100 bilhões no Brasil e apresenta um crescimento anual de ao menos 27%.

Segundo o especialista em gestão supermercadista e mentor Pedro Della’Nora, isso exige ações imediatas dos supermercados. “O comportamento do cliente está mudando. Cada vez mais pessoas estão buscando alimentos mais saudáveis e de qualidade no supermercado. E se você ainda não está preparado para esse novo perfil de consumo, pode estar perdendo vendas importantes”, afirma.

Uma das recomendações de Pedro é a criação de seções exclusivas, que agrupem produtos voltados para públicos com necessidades e preferências específicos.

“É interessante o supermercado ter sessões organizadas, em áreas como de iogurtes ou na mercearia, por exemplo. Os produtos sem lactose, sem glúten ou com menos açúcar precisam estar centralizados em um único espaço. Isso facilita a vida do cliente, aumenta as vendas e fideliza consumidores com restrições alimentares”, explica.

Além da organização física, a comunicação também é fundamental. Della’Nora destaca que os supermercados devem investir em uma sinalização clara, agradável e eficiente dentro da loja.

“Uma comunicação visual bem feita e convidativa, que destaque a proposta da seção saudável, faz toda a diferença. Muitos clientes deixam de comprar em um supermercado porque lá está bagunçado e procuram aquele que organiza melhor. Organização vende, e quando o cliente se sente acolhido, ele volta”, reforça.

Ele lembra ainda que é importante que os supermercados invistam também em uma divulgação estratégica nas redes sociais, meio que tem muita aproximação com o cliente que busca produtos saudáveis.

Recentemente, Della’Nora foi além e investiu ainda mais na experiência de compra do consumidor que busca alimentos saudáveis na sua rede de lojas, o Ideal Supermercado, localizado na cidade de São Miguel do Iguaçu, no Paraná.

Transformamos a venda de alface em algo único: o cliente não compra, ele colhe.. Por meio de uma parceria com um fornecedor, levamos uma mini hidroponia para dentro da loja, fazendo com que o cliente sinta que está colhendo seu próprio alimento”, conta. “Isso não é só venda, é conexão com o consumidor”.

“Os alimentos saudáveis são uma tendência que veio para ficar. Produtos com menos sódio, orgânicos, integrais e funcionais devem ocupar cada vez mais espaço nos supermercados. E quem se antecipa a esse movimento conquista o cliente”, conclui Pedro Della’Nora.

 

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Flex Atacarejo e Enxuto Supermercados anunciam fusão e fortalecem presença no interior paulista

Flex Atacarejo e Enxuto Supermercados anunciam fusão e fortalecem presença no interior paulista

O grupo UNI-X, que faz parte do plano de expansão das redes, passa a ter 47 lojas em 14 cidades

O Flex Atacarejo anunciou a fusão com Enxuto Supermercados, movimento que marca o nascimento do Grupo Uni-X, que integra a experiência de 30 anos do Flex com a tradição de 62 anos do Enxuto, totalizando 47 lojas distribuídas em diversos formatos, em 14 cidades do interior de São Paulo.

Com 7 unidades de atacarejo e 3 de varejo, o Flex Atacarejo soma-se as 37 lojas do Enxuto Supermercados, resultando em um portfólio diversificado entre supermercados, atacarejos e super proximidade, alinhado às novas demandas de consumo. A fusão dá origem a um grupo robusto, com forte capilaridade em um plano estratégico arrojado para os próximos anos.

“Temos a alegria de anunciar uma nova fase da nossa trajetória. O Grupo Uni-X nasce com força, experiência e um plano ambicioso de crescimento, sem renunciar aos valores que sempre guiaram nossas decisões”, afirma Alessander Henrique Stella, CEO do Grupo Uni-X.

“A união entre Flex e Enxuto vem para promover a força das duas bandeiras, no atacado e no varejo, um movimento importante para garantir maior eficiência e solidez no plano de expansão do Grupo”, destaca Carlos Crespi Neto, diretor de Novos Negócios do Grupo Uni-X.

Expansão e reposicionamento

Como parte do plano de consolidação, o grupo anuncia a abertura de uma nova loja em Campinas, além da reestruturação das bandeiras. As unidades que operavam sob o nome ASP Supermercados passarão a adotar a marca Enxuto, fortalecendo a identidade da rede no interior paulista. Em contrapartida, duas unidades serão descontinuadas, em uma estratégia de concentração de esforços em pontos de maior potencial.

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Outro destaque é a transformação do modelo “Enxuto Aqui”, atualmente voltado a unidades localizadas em condomínios residenciais, que serão convertidos em uma rede de franquias. A meta do novo projeto é alcançar 300 lojas até 2030, levando conveniência e proximidade a bairros e comunidades em rápida expansão urbana.

Logística integrada

Para sustentar o crescimento e garantir maior eficiência operacional, o Grupo Uni-X centralizou suas operações logísticas no centro de distribuição em Jaguariúna, região metropolitana de Campinas, São Paulo. Com 14 mil metros quadrados de área e capacidade para mais de 3 mil posições, o CD passa a ser a sede logística da companhia, apoiando tanto o varejo tradicional quanto os formatos de proximidade e atacarejo.

Stella ressalta que o foco da nova fase está na inovação com responsabilidade, mas mantendo a essência e a tradição que consolidaram o Flex Atacarejo e o Enxuto Supermercados. “Agradecemos a confiança de nossos colaboradores, parceiros, fornecedores e, principalmente, de nossos clientes, que continuam sendo o centro de todas as nossas decisões. Nosso compromisso é evoluir sem perder nossa essência”, afirma.

Fonte: SuperVarejo

Private Label Brazil Feira de Marcas Próprias

Na América Latina, marcas comerciais vêm perdendo em ocasião, em contraste com maior relevância de private label

Na América Latina, apenas 41% das marcas comerciais estão conquistando novas ocasiões, o menor nível em 5 anos, de acordo com a mais recente edição do Consumer Insights 2025, da Worldpanel by Numerator.

O relatório trimestral analisa o comportamento dos consumidores da região nas categorias de alimentos, bebidas, produtos de limpeza e itens de higiene e beleza em nove mercados, incluindo o Brasil.

Ainda que a região encare a incerteza decorrente do contexto macroeconômico, o cenário é positivo, dada a estabilidade dos níveis de desemprego e inflação, por exemplo. O levantamento chama a atenção pelo 11° semestre de crescimento consecutivo ante a uma expectativa de declínio.

Resultados indicam que o consumidor não está deixando de comprar categorias, mas estão realizando aquisições em maior volume, com alta de 1,6% em bens massivos. Em 2024, 55% das categorias cresciam na América Latina. Já neste ano, o percentual foi de 34.

Enquanto as marcas comerciais registraram uma perda de 300 milhões de ocasiões, há um destaque para as marcas de private label, com um ganho de 100 milhões, com crescimento acelerado em países como Equador, Chile e Colômbia. Destaque também para marcas premium que, assim como as proprietárias, crescem no Brasil.

Uma das justificativas para o cenário de forma geral, segundo Marcela Botana, diretora de desenvolvimento de mercado na América Latina da Worldpanel by Numerator, são novos canais e formatos de varejo, como supermercados e minimercados com ofertas de preços mais baixos e marcas próprias.

Neste sentido, defende Marcela, é preciso entender o que o consumidor está buscando, sobretudo em meio a um contexto de fragmentação: pessoas estão podendo eleger e experimentar mais marcas (90%), dada a variedade de canais — uma média anual de 9,5 — e quase cem opções de compra, ao mesmo tempo em que a frequência diminui. “Como marca, é mais difícil a manutenção de uma categoria e volume”, diz.

Os canais com maior propensão para crescimento incluem digital, conveniência, value for money e farmácias. Por outro lado, discounters (com perda de penetração devido à um declínio no Brasil), cash&carry e e-commerce são os que sustentam a frequência de compra, tendo ganho coletivamente 500 milhões de ocasiões de compra. Formatos tradicionais encararam uma retração de 14%.

Para o comércio eletrônico, há um potencial de crescimento na América Latina à medida em que a região encara uma melhora econômica.

Quanto às marcas, 95% estão ganhando penetração na América Latina: 46% delas cresceram apenas em compradores, enquanto outras 49% também viram um aumento em frequência. Apesar disso, só um terço delas é capaz de manter um crescimento sustentável em um período de dois anos.

A complexidade dessa equação, afirma Marcela, está maior a cada ano. Com muitos ocasionais, há uma forte rotação de compradores, o que força as marcas a estarem mais distribuídas, com modelos para mensurar crescimento em penetração e ações também fragmentadas para acompanhar o comportamento de consumo.

Mesmo que não seja uma garantia, o relatório aponta que há maior chance de crescimento para aquelas que marcam presença em mais de metade dos canais. Alguns exemplos que provam que a diversificação é eficaz são as marcas como PepsiCo, Nestlé e Bimbo. Ainda assim, é preciso conquistar ocasiões de compra em diversos deles.

Para Mara Schuvaks, diretora comercial da Worldpanel by Numerato para América Larina, a região é movida por inovação, sendo investimentos imprescindíveis para alcançar mais consumidores e estimular mais momentos de consumo, por exemplo.

Fonte: Meio & Mensagem

Como Decathlon pretende ampliar portfólio ‘Ecodesign’ e conciliar faturamento com metas verdes

Como Decathlon pretende ampliar portfólio ‘Ecodesign’ e conciliar faturamento com metas verdes

Itens de marcas próprias com selo de menor impacto ambiental registraram crescimento de vendas em 2025 frente aos demais produtos

Com compromissos públicos de sustentabilidade na operação global em mais de 60 países, a varejista francesa Decathlon pretende expandir a presença de produtos feitos com menor impacto ambiental nas 50 lojas brasileiras e e-commerce, por meio de suas marcas próprias, para todas as suas linhas.

Para o Estadão, executivos da companhia de artigos esportivos disseram que os itens identificados nas prateleiras com o selo “Ecodesign” têm ganhado o interesse do consumidor, registrando importante crescimento nas vendas frente às demais peças.

Em todo o ano de 2024, 42,2% dos produtos vendidos no Brasil vieram de produção “Ecodesign”. Já no primeiro semestre de 2025, o número saltou para 52%. O volume posiciona a subsidiária brasileira em 12 pontos porcentuais acima da média de vendas desses artigos nos demais países.

No Brasil, 23% do faturamento da companhia vem das peças produzidas localmente, e quase metade delas já seguem os critérios de menor impacto ambiental, segundo dados da companhia. A empresa não divulga valores específicos do balanço da varejista no País.

No faturamento global (compreendendo os 60 países), a companhia registrou € 16,2 bilhões (o equivalente a pouco mais de R$ 102 bilhões) no ano de 2024. O lucro global foi de € 787 milhões (R$ 4,4 bilhões).

“Tivemos muitas conversas sobre como crescer sem impactar o meio ambiente, sendo coerente com a nossa trajetória. E chegamos à conclusão de que tínhamos que reduzir o impacto por pessoa, por artigo esportivo”, afirma o CEO da companhia no Brasil, Cédric Burel. “Conseguindo que cada um dos produtos consuma menos dióxido de carbono na sua cadeia completa, reduzimos o impacto. Assim, conseguimos resolver a equação de crescer impactando menos.”

Inicialmente, a companhia trabalhava com a meta de chegar a 100% de produtos mais ecológicos à venda até 2026, mas houve uma reavaliação. “Quando a meta foi estabelecida, ela foi muito ambiciosa porque, se não colocássemos uma ambição, não iríamos sair do lugar. (Hoje) quando falamos de 100%, queremos dizer que não vamos deixar uma categoria de produtos sem fazer esse trabalho de repensar (a produção), isso não será feito só com uma linha de produtos.”

A escala na produção menos poluente poderá sair do segmentos de meias e têxtil, que são responsáveis por 70% do faturamento dentre o que é fabricado no Brasil, explica a diretora de zona de produção na América, Dânia Hage. “Hoje, de todos os componentes têxteis desenvolvidos no Brasil, já temos soluções (sustentáveis) para 83% deles. Então, se conseguirmos atingir o têxtil, chegaremos no Brasil em 80%, mais ou menos, da nossa meta. Estamos mais focados nisso do que em um indicador preciso”, pondera.

Confira a reportagem completa no Estadão // Foto: Gabriel Alves/Decathlon

 

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Varejo e serviços surpreendem em janeiro. O que esperar para 2024?

Varejo pode movimentar mais de R$ 530 bilhões em 2025

Levantamento anual IPC Maps projeta potencial de consumo nacional e aponta crescimento de 11,3% no varejo

O varejo deve movimentar cerca de R$ 532,1 bilhões em 2025. O número é fruto do estudo anual IPC Maps, desenvolvido pela IPC Marketing Editora, que usa dados oficiais e softwares de geoprocessamento em uma metodologia própria para projetar o potencial de consumo nacional.

Nesse sentido, o montante de R$ 532,1 bilhões se refere ao que as famílias brasileiras devem gastar no varejo ao longo do ano. O número é 11,3% maior que o projetado em 2024.

Apesar do avanço no consumo, o estudo registrou uma queda no número de comércios varejistas. O movimento foi puxado pelos microempreendedores individuais (MEIs). Em um ano, houve uma redução de 6,6% de varejistas dessa natureza jurídica.

Em termos de representatividade, o setor de vestuário lidera o índice de potencial de consumo e pode responder por R$ 182, 7 bilhões. Na sequência, aparecem móveis e artigos para o lar (R$ 113,1 bilhões), eletroeletrônicos (R$ 110 bilhões) e calçados (R$ 73,4 bilhões).

Já na análise por estados, São Paulo lidera com R$ 138,87 bilhões em potencial de consumo em 2025. Minas Gerais (R$ 55,6 bilhões), Rio de Janeiro (R$ 38 bilhões), Rio Grande do Sul (R$ 35,9 bilhões) e Paraná (R$ 34,7 bilhões) completam o top cinco do ranking.

Confira a reportagem completa no Meio & Mensagem

E-commerce no Brasil atinge R$ 100,5 bilhões no primeiro semestre de 2025

E-commerce no Brasil atinge R$ 100,5 bilhões no primeiro semestre de 2025

A ABComm projeta um desempenho ainda mais expressivo para o segundo semestre, impulsionado pelas datas sazonais como Black Friday e Natal

Segundo dados da Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm), o e-commerce brasileiro movimentou R$ 100,5 bilhões no primeiro semestre de 2025. Esse valor é resultado do avanço da digitalização, impulsionado pela diversificação dos meios de pagamento e pelo aumento da confiança dos consumidores em ambientes virtuais.

No período, foram contabilizados mais de 191 milhões de pedidos, com ticket médio de R$ 540. O número de compradores superou 41 milhões, reforçando a relevância do e-commerce como um canal de consumo para diferentes públicos.

Expectativa do 2º Semestre

A ABComm projeta um desempenho ainda mais expressivo para o segundo semestre, impulsionado pelas datas sazonais como Black Friday e Natal, além de eventos esportivos internacionais, e também o impacto positivo do Drex, o real digital do Banco Central, que poderá ampliar a inclusão financeira e facilitar as transações, segundo informações do portal Exame.

“O e-commerce brasileiro vive um momento de consolidação e inovação. As empresas estão investindo em experiência de compra, logística e novas tecnologias, enquanto os consumidores demonstram cada vez mais confiança no ambiente digital. Essa combinação fortalece o setor e amplia seu papel na economia nacional”, comenta Fernando Mansano, presidente da ABComm.

Fonte: Giro News

Assaí investe na região Norte com novo CD e loja em Manaus (AM)

Consumidor corta custos e Assaí responde com marcas próprias

Para enfrentar essa nova realidade e manter a competitividade, o Assaí anunciou que lançará, ainda neste segundo semestre, uma linha de marca própria

Na semana passada, o Assaí Atacadista divulgou os resultados financeiros do segundo trimestre de 2025, trazendo à tona não apenas números, mas também reflexões sobre o comportamento do consumidor e os desafios enfrentados pelo setor de varejo alimentar.

Diante de um cenário econômico apertado, marcado por altos juros e pela crescente popularidade das apostas online, a empresa demonstrou preocupação com o enfraquecimento da renda das famílias brasileiras.

Esse ambiente tem levado os consumidores a substituírem produtos por versões mais baratas, movimento que impacta diretamente o desempenho das redes de atacarejo. E por isso, a empresa pretende lançar marcas próprias, que pode permitir a oferta de preços menores.

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Os dados do trimestre revelaram um crescimento de 4,6% nas vendas em lojas físicas, percentual considerado aquém das expectativas da própria companhia, especialmente quando comparado à inflação do período.

A avaliação interna é de que o chamado “trade down”, que é quando o consumidor opta por itens mais acessíveis, continua a ganhar força, principalmente em regiões como o Nordeste.

A empresa também apontou que parte significativa da renda das famílias está sendo direcionada para apostas esportivas, em detrimento da compra de alimentos e produtos essenciais.

Para enfrentar essa realidade e manter a competitividade, o Assaí anunciou que lançará, ainda neste segundo semestre, uma linha de marca própria. A estratégia visa não só oferecer preços mais atrativos, mas também ampliar as margens de lucro da empresa.

A ideia é reforçar o poder de negociação com fornecedores e apresentar alternativas que caibam no bolso do consumidor sem sacrificar tanto a qualidade. Isso porque produtos de marca própria costumam ser ofertados a preços menores.

A marca própria é uma aposta para fidelizar clientes em um momento em que a sensibilidade ao preço está mais elevada do que nunca. Trata-se de uma estratégia comum já utilizada por muitas redes de supermercados em todo o país e no mundo.

Além de marcas próprias, Assaí também deseja vender medicamentos

Outro ponto abordado pela companhia foi a movimentação do setor varejista em direção à venda de medicamentos em supermercados, algo que ainda esbarra em barreiras regulatórias.

O presidente do Assaí, Belmiro Gomes, afirmou que a empresa vê viabilidade operacional para essa iniciativa, caso a legislação permita no futuro. Vale lembrar que atualmente somente farmácias podem vender medicamentos.

Segundo ele, a estrutura complexa exigida para comercializar remédios já é semelhante àquela presente em setores como açougues, que demandam equipamentos específicos e mão de obra especializada.

Diante de um consumidor mais cauteloso e um cenário de concorrência acirrada, o Assaí se prepara para ajustar sua operação, oferecendo mais valor por menos, e buscando novas frentes de crescimento.

Fonte: Tribuna de Minas

Por que o consumidor está confiando cada vez mais em marcas próprias?

Impulsionadas pela mudança de comportamento do shopper e por estratégias mais sofisticadas dos varejistas, as marcas próprias conquistam espaço nas gôndolas

Nos últimos anos, as marcas próprias deixaram de ser vistas apenas como alternativas de menor preço e passaram a ocupar uma posição estratégica nos supermercados brasileiros. Essa mudança de percepção é resultado de uma combinação de fatores: avanços na comunicação com o público-alvo, melhoria na qualidade dos produtos e um cenário econômico que exige escolhas mais racionais do consumidor.

Como explica Olegário Araújo, pesquisador do Centro de Excelência em Varejo da FGV (FGVcev), em momentos de aperto no orçamento, o consumidor tende a experimentar alternativas mais acessíveis e pode acabar descobrindo que a marca própria entrega tanto quanto — ou até mais — que as líderes de mercado.

De acordo com Minoru Wakabayashi, CEO da Shopping Brasil, empresa de pesquisa de ofertas no país, o principal gatilho para a adoção das marcas próprias no Brasil ainda é o preço. Porém, quando o consumidor percebe que a qualidade é comparável à das marcas tradicionais, ele tende a incorporar essas opções ao seu consumo regular. A experiência internacional reforça esse argumento: em países como a Alemanha, marcas próprias chegam a representar mais de 80% da receita de redes como a Aldi, impulsionadas pela percepção positiva de qualidade. No Brasil, embora a penetração ainda seja menor, algumas redes de grande porte já atingem até 17% de ofertas baseadas em suas marcas próprias.

A conquista da confiança, no entanto, vai além do custo-benefício. Araújo destaca que a comunicação eficiente, o conhecimento do público-alvo e a consistência na entrega são fundamentais. “A marca própria não é mais um produto. É o produto!”, resume o especialista.

Para garantir fidelidade, é necessário manter a qualidade prometida e evitar rupturas, já que, diferente das grandes marcas, o consumidor não encontra a marca própria em qualquer lugar. Uma boa estratégia inclui, ainda, trabalhar vínculos emocionais com o shopper e posicionar a marca como solução real, e não apenas como substituto.

Ainda assim, a fidelização não é garantida. Wakabayashi alerta que, no Brasil, o comportamento do consumidor é altamente influenciado por promoções. O hábito de buscar “vantagens” pode levá-lo a experimentar uma marca própria num momento de escassez, mas também a abandoná-la em favor de uma oferta atrativa de uma marca tradicional. Por isso, é necessário entender bem os perfis de consumo e a sensibilidade de cada categoria: itens com apelo emocional, como chocolates e produtos infantis, tendem a gerar mais resistência à troca.

Ao colocar o shopper no centro da estratégia e investir em qualidade, comunicação e sortimento inteligente, os supermercados não só fortalecem suas marcas próprias, como também criam um relacionamento mais sólido e duradouro com o cliente.

Fonte: Super Varejo

Em nova promoção, OXXO seleciona ilustração de fãs para estampar marca própria de café

Em nova promoção, OXXO seleciona ilustração de fãs para estampar marca própria de café

Vencedor vai figurar na comunicação visual da marca andatti, criada pela rede

Em uma ação de aproximação com o público, a rede de mercados OXXO confirmou que vai selecionar a ilustração de um de seus consumidores para ilustrar os copos da andatti, a marca de cafés exclusiva da marca.

A ideia é que os participantes criem um vídeo para publicação nas redes sociais, dentro dos parâmetros estipulados pela rede, seguido do preenchimento de um formulário publicado em uma página dedicada à promoção.

Criada em novembro do ano passado, a andatti segue o conceito de private label praticado por diversos outros mercados pelo Brasil: a ideia é criar uma nova opção de produto que concorra com os produtos de grandes produtoras — às vezes pelo preço mais acomodável, às vezes pela disponibilidade maior.

Essa ação não vem à toa: o Brasil é o segundo maior consumidor de café do mundo, atrás apenas dos EUA — e mesmo neste caso, mais de um terço do café estadunidense vem da importação de sacas do Brasil. Segundo dados da Associação Brasileira da Indústria de Café (ABIC), o consumo de café por aqui cresceu 1,11% no período entre novembro de 2023 e outubro de 2024, totalizando cerca de 21,91 milhões de sacas de 60kg.

Paralelamente, dados da Associação Brasileira de Marcas Próprias e Terceirização (ABMAPRO) mostram que os produtos de marca própria já estão presentes em mais de 40% dos lares brasileiros.

Unindo as duas preferências, a linha andatti se apresenta como uma opção bastante viável, considerando o volume de presença da rede de mercados no Brasil.

Daí a promoção: segundo a OXXO, três ilustrações serão selecionadas para estampar os copos do café. Mais além, os vencedores receberão R$ 1 mil em cupons digitais (quatro cupons de R$ 250,00 cada) para compras no site ou app do OXXO. O resultado será divulgado até 29 de agosto nos canais oficiais da marca. Importante frisar que os participantes devem residir no estado de São Paulo.

“Queremos dar aos nossos consumidores um espaço para se expressarem artisticamente e deixarem sua marca em algo que faz parte da rotina de milhares de pessoas todos os dias. Os copos andatti passam a carregar não apenas café, mas também histórias e criatividade”, comenta Camila Assis, head de marketing e comunicação externa do OXXO.

Fonte: Promoview