Marcas próprias quebram paradigma e entram nas casas brasileiras

Estratégicas para varejistas, marcas próprias são caminho do crescimento para pequenos fabricantes

Para grandes redes, produtos são importantes para fidelização dos clientes

Embora se apresente como uma fazenda produtora de cogumelos, a 100% Livre também é 100% urbana. Em dois galpões que somam 1.800 metros quadrados, um deles no bairro paulistano do Ipiranga e o outro em Osasco, na Grande São Paulo, Diego Gomes, 39, cultiva shitakes, shimejis, portobelos e outras espécies de fungos, além de hortaliças.

Com 40 colaboradores e faturamento de R$ 10 milhões, a empresa de pequeno porte tem clientes de peso, como Grupo Pão de Açúcar, Carrefour, Sam’s Club e Mambo. Mas é provável que boa parte dos consumidores jamais tenha ouvido falar na 100% Livre, porque cerca de 30% dos cogumelos são comercializados com a marca dos supermercados.

“Não tenho verba para grandes ações de marketing e lido com concorrentes que têm décadas de tradição”, Gomes justifica a estratégia. “Como as marcas próprias têm cada vez mais força no varejo, estão surgindo mais espaços de gôndola para explorar.”

Os executivos das redes varejistas confirmam o que Gomes tem percebido no dia a dia. Segundo Ana Laura Tambasco, diretora de marcas próprias do grupo Carrefour Brasil, esse tipo de produto já responde por 21% das vendas das lojas Carrefour e chega a 25% na rede Sam’s Club.

Cerca de 85% dos fornecedores são empresas de pequeno e médio porte. “Muitas vezes, eles chegam pequenos e se tornam grandes junto com a gente”, ela diz.

O brasileiro foi apresentado às marcas próprias no fim da década de 1980. Tambasco afirma que o Carrefour foi pioneiro, 37 anos atrás, ao lançar os primeiros itens de limpeza. No passado, ela emenda, era um recurso relacionado a preço baixo, o que mudou com o tempo.

“Hoje, o custo-benefício vem atrelado à qualidade e inovação, pois lançamos 300 SKUs [códigos de produto] por ano. As marcas próprias viraram um grande ativo pela fidelização. A cada dez clientes, seis levam itens das nossas marcas.”

De acordo com Anderson Gonçalves de Brito, gerente comercial de marcas exclusivas do Grupo Pão de Açúcar (GPA), o segmento também é estratégico para a rede.

“É uma das nossas grandes fortalezas, pois 22% de tudo o que é vendido por nossas lojas é de marca própria e 80% dos clientes põem ao menos um item no carrinho.”

Diversas embalagens plásticas transparentes contendo cogumelos frescos estão organizadas em prateleiras circulares dentro de um supermercado. As embalagens possuem etiquetas com a marca ‘Qualitá’ e informações de preço e validade. Ao redor, há outros tipos de cogumelos e produtos similares em embalagens plásticas.

Confira a reportagem completa na Folha de S. Paulo 

O crescimento das marcas próprias no varejo

Preferência por marcas próprias cresce entre consumidores brasileiros

A adoção de marcas próprias vem ganhando força no mercado brasileiro, impulsionada pela busca dos consumidores por opções mais econômicas. De acordo com a nova edição do EY Future Consumer Index (FCI), 76% dos entrevistados no Brasil afirmam perceber melhora na qualidade desses produtos — um resultado 13 pontos percentuais acima da média global.

A pesquisa, realizada entre 24 de janeiro e 20 de fevereiro de 2025, ouviu 20,2 mil consumidores em 27 países, sendo 1.003 no Brasil. O estudo permite comparar o comportamento de compra em diferentes mercados e identificar como o consumidor está redefinindo critérios de valor e escolha em meio ao cenário de maior controle de gastos.

Preferência por marcas próprias

Os dados evidenciam um reposicionamento das marcas próprias na mente do consumidor: itens antes associados a menor qualidade passaram a ser vistos como uma alternativa legítima e confiável. O contexto econômico, marcado por maior cautela e racionalização do consumo, aparece como fator determinante para essa mudança de percepção.

  • 84% dos entrevistados no Brasil perceberam redução do tamanho das embalagens sem diminuição proporcional do preço.
  • 83% afirmam ter alterado seus hábitos de compra devido ao aumento do custo de vida.
  • 66% declaram que elas ajudam a economizar dinheiro, crescimento de 7 pontos percentuais em relação à edição anterior do estudo (2024).

A evolução da percepção está ligada a investimentos das varejistas em qualidade, variedade e posicionamento estratégico dessas linhas.

  • 76% dos consumidores brasileiros perceberam aumento da oferta de marcas próprias nas prateleiras — 12 pontos acima da média global.
  • Entre consumidores de maior renda, o índice sobe para 84%.
  • 70% afirmam que esses passaram a ocupar locais mais estratégicos e visíveis nas lojas.
  • 41% dos consumidores no Brasil estão dispostos a testar novas marcas, índice 10 pontos acima da média global, indicando menor fidelidade às tradicionais.

O estudo também evidencia o impacto dessa mudança sobre as grandes marcas: 64% dos consumidores brasileiros afirmam que as marcas próprias atendem às suas necessidades tão bem quanto as tradicionais. Esse resultado pressiona fabricantes estabelecidos a justificar preços mais altos por meio de atributos adicionais, como diferenciação, comprovação de qualidade ou propostas de valor mais claras.

Fonte: Tribuna de Minas 

Leroy Merlin prevê que marcas próprias vão representar 25% da receita até 2027

Atualmente, a empresa atua com 15 marcas próprias

A rede varejista Leroy Merlin prevê que os produtos de marca própria representem, até 2027, 25% de sua receita total. Para isso, a empresa tem reforçado investimentos em inovação, fortalecimento de fornecedores, eficiência operacional e valorização da imagem das marcas exclusivas na percepção dos clientes.

Atualmente, a empresa atua com 15 marcas próprias. As lojas vendem ferramentas e ferragens das marcas Dexter e Standers, revestimentos internos e isolamentos externos Artens e Isoxa, produtos básicos para construção Axton, itens de decoração da Inspire e tintas Luxens.

Outras marcas que fazem parte do portfólio da Leroy Merlin são Lexman (iluminação), Equation (climatização), Naterial, Geolia e Sterwins (decoração e manutenção do jardim), Spaceo (organização), Sensea (banheiro) e Delinia (cozinha).

Resultados expressivos

Em diversas categorias, segundo a Leroy Merlin, os resultados dos produtos de marca própria já são expressivos. Os pisos Artens e os produtos para jardins e áreas externas das marcas Naterial e Geolia hoje representam cerca de 40% das vendas em suas respectivas categorias.

Para a empresa, o controle da cadeia de valor é um benefício crucial da marca própria. A Leroy Merlin exerce maior gestão sobre o design e a produção de seus produtos, garantindo que cada item e cada fábrica parceira atenda aos seus elevados padrões em relação a qualidade e políticas de ESG. Além disso, essa autonomia permite uma resposta mais ágil às tendências do mercado e às necessidades dos consumidores.

A Leroy Merlin também está atenta à necessidade de aportes em sustentabilidade e responsabilidade social de suas marcas, garantindo que todo produto à base de madeira tenha o selo FSC (Forest Stewardship Council) – dentre outras ações para redução do impacto ambiental.

Crescimento global

Os produtos de marca própria não estão no foco da Leroy Merlin por caso. Esse mercado passa por um momento de expansão global, registrando alta de 5,6% nas vendas em 2024. No Brasil, esse crescimento é ainda mais acelerado. Dados da Nielsen mostram que 45% dos lares já consomem esses itens e 60% repetem a compra. Nos últimos anos, o segmento registrou avanço de 27,2% no valor das vendas, mais que o dobro do crescimento das marcas de fabricantes, que foi de 11,1%.

Fonte: Mercado & Consumo

Marcas próprias redefinem a concorrência no varejo farma

Marcas próprias nas farmácias já movimentam R$ 6 bilhões

Movimento estende-se a grandes redes e também ao associativismo

O segmento de marcas próprias em farmácias deve encerrar o ano com receita recorde de R$ 6 bilhões, contra R$ 4,6 bi do ano passado. O movimento iniciado por grandes grupos como RD Saúde e Bemol Farma, que criaram unidades independentes para desenvolver portfólios exclusivos, estendeu-se a outros nichos e tornou-se também uma alavanca para o associativismo e o pequeno e médio varejo.

“Em todo o mundo há redes em que as marcas próprias respondem por 40% das vendas”, destaca a presidente da Associação Brasileira das Indústrias de Marcas Próprias (Abmapro), Neide Montesano.

A entidade reúne 103 associados de diversos setores, incluindo dez players do canal farma – Rede d1000, RD Saúde, Grupo DPSP, Panvel, Assifarma, Unifabra, Pague Menos, Bemol, Farmais e Ultrafarma. Nesse grupo de empresas, o faturamento da categoria avança dois dígitos ao ano. “Isso é resultado da confiança do consumidor e de estratégias das redes em oferecer produtos com melhor custo-benefício’’, ressalta.

Tíquete médio mais elevado com marcas próprias nas farmácias

Um caso bem-sucedido da adoção de marcas próprias em farmácias é o da Needs, da RD Saúde, que alcançou R$ 1,2 bilhão em vendas anuais com produtos exclusivos. Neide cita ainda redes como as Farmácias São João, Nissei e Drogaria Araujo, não associadas à Abmapro, mas que também estão investindo em linhas exclusivas.

Um dos propósitos da marca própria é atrair e fidelizar o consumidor e buscar rentabilidade para as redes varejistas. Além disso, clientes que adquirem esses produtos tendem a gastar mais por compra. “O tíquete médio que contém um único SKU de marca própria é o dobro do tíquete normal. O faturamento das marcas próprias do canal farma é estimado em R$ 6 bilhões em 2025, contra R$ 4,6 bilhões no ano passado’’, explica Neide.

Pandemia acelerou crescimento do segmento

A evolução das marcas próprias passou por quatro gerações. A primeira surgiu com os produtos genéricos, como arroz e feijão vendidos em sacos simples. Na segunda, as embalagens passaram a exibir marcas, ainda sem um conceito bem definido.

A terceira geração, conhecida como me too, trouxe produtos semelhantes aos líderes de mercado, mas com foco na qualidade percebida. Já a quarta geração representa um salto: são marcas que buscam oferecer valor agregado, indo além da disputa por preço. “A Taeq, do Grupo Pão de Açúcar, é um bom exemplo dessa fase”, explica.

Segundo Neide, as marcas próprias costumam ganhar espaço em tempos de crise e vêm registrando crescimento consistente nos últimos 50 anos. Ela citou a pandemia de Covid-19 como exemplo desse avanço. Nesse período, o canal farma se destacou por estar preparado para atender ao aumento da demanda, impulsionado pelas vendas online e por parcerias estratégicas que asseguraram o fornecimento de produtos exclusivos.

Farmarcas planeja levar marcas próprias para 90% das lojas

Para fortalecer seu relacionamento com os consumidores e os associados, a Farmarcas vem intensificando o investimento em marcas próprias. A estratégia busca consolidar a associação como uma das líderes do varejo farmacêutico nacional nessa categoria.

Com três marcas em seu portfólio – SupraCorp, SupraCare e SupraBaby – o agrupamento de redes de farmácias quer ampliar o alcance desses produtos. “Queremos positivar esses itens em 90% das nossas lojas ainda neste ano”, revela o gerente de marketing Augusto Zavarelli.

A meta acompanha um plano de expansão mais amplo, que inclui o aumento da participação das marcas próprias no total de vendas das farmácias associadas. Atualmente responsáveis por 2,5% do faturamento da rede, o que equivale a pouco mais de R$ 200 milhões, os produtos de marca própria devem ultrapassar 4% de market share nos próximos cinco anos.

Os resultados atuais da Farmarcas com as marcas próprias comprovam que a meta é factível. Em agosto, a categoria movimentou R$ 900 mil. “Nos destacamos pela qualidade dos produtos, resultado de colaborações com fornecedores como o Catarinense Pharma. Mas, para consolidar um portfólio sólido de marcas, é fundamental investir em ações de marketing que amplifiquem sua presença no mercado”, analisa Zavarelli.

Rede Soma: avanço do modelo reflete a profissionalização do setor

Bruno Peres, gerente comercial da Rede Soma Drogarias, sublinha que o movimento de valorização das marcas próprias nas farmácias já é uma realidade consolidada. “Hoje vemos como uma grande oportunidade. As redes estão fazendo um trabalho apurado para identificar produtos que realmente se diferenciem e representem a identidade do grupo”, afirma.

Com sede em Raul Soares (MG) e 12 anos de atuação, sendo dez deles dedicados ao desenvolvimento de marcas próprias, a Soma construiu um portfólio com quase 200 SKUs. O mix inclui vitaminas e suplementos, cuidados com a pele, sabonetes, produtos de beleza e bem-estar, além de uma linha de suplementos esportivos.

Peres explica que cerca de 75% das lojas já trabalham com marcas próprias. São 860 farmácias em 23 estados e no Distrito Federal. “Todos têm liberdade para decidir se querem aderir, mas o diferencial competitivo tem feito com que a maioria opte por oferecer esses produtos”, explica o executivo. O catálogo abrange linhas de nutracêuticos e polivitamínicos; suplementação esportiva; e cuidados com a pele e beleza.

Processo rigoroso e inteligência de mercado

Segundo Peres, a exclusividade e o cuidado com a produção são os principais motores do sucesso. “A indústria nos entrega o laudo técnico da matéria-prima e do produto acabado. Mas mesmo assim, enviamos mensalmente amostras para um laboratório homologado, que refaz os testes’’, explica.

Além disso, a rede conta com um departamento de inteligência de mercado, responsável por mapear tendências, identificar demandas regionais e estudar a viabilidade de novos lançamentos. “Nada é feito de forma aleatória. Todo novo produto passa por um estudo de mercado, checagem regulatória junto à Anvisa e análise de custo antes da decisão final de lançamento”, acrescenta. A Soma já estuda novos lançamentos e expansão de linhas, com a meta de chegar a 300 SKUs em 2026.

Intercron é gestora de marcas e produtos exclusivos da Assifarma

Há mais de 15 anos como parceira da Assifarma, a Intercron, gestora de marcas e produtos exclusivos para o canal farma, administra um portfólio que ultrapassa os mil SKUs, com 60 marcas ativas. Pamella Dias, diretora-executiva da empresa, ressalta que as marcas próprias lideram categorias-chave no varejo farmacêutico brasileiro. “Esses produtos hoje representam uma evolução que vai muito além de ser apenas uma opção de rentabilidade’’, ressalta.

Pamella comenta que as marcas próprias nasceram como uma alternativa de competitividade para as redes associadas à Assifarma, fortalecendo a identidade dos grupos, ampliando a margem de lucro e fidelizando o consumidor. “Além disso, permitem oferecer produtos de alta qualidade a preços acessíveis, muitas vezes entrando em categorias tradicionalmente elitizadas e promovendo uma verdadeira democratização do consumo’’, pontua. [geifar]Atualmente, a Intercron detém mais de 8% de participação no market share nacional[/grifar] da categoria.

Abrafad estimula competitividade no varejo farmacêutico

A Associação Brasileira de Redes Associativistas de Farmácias e Drogarias (Abrafad) lançará, no próximo ano, um projeto de marcas exclusivas como estratégia para fortalecer a competitividade das redes independentes. Segundo Marcelo Licnerski, diretor de Operações e Comunicação, que está à frente da iniciativa, o objetivo não é competir com as associadas, mas melhorar a rentabilidade e o lucro das redes ligadas à entidade.

Ele explica que a marca exclusiva é um segmento que cresce extremamente não só no Brasil. Na Suíça, relata, para dez produtos vendidos, sete são de marca exclusiva. “Por aqui, esse processo ainda é embrionário, tem muito espaço para crescer. Os grupos que participam da Abrafad têm suas políticas de marca própria e não vamos interferir nem entrar em conflito”, garante.

Equilíbrio para mix de produtos

A ideia foi estruturada de forma a oferecer às farmácias uma melhor equação do mix de produtos, atendendo às necessidades do consumidor com itens de alta qualidade, a preços acessiveis. “Serão produtos que vão disputar mercado com os demais. Vamos construir uma marca e dar a opção aos clientes de escolher entre as de referência, intermediária e própria”, afirma o executivo.

Licnerski observa que as grandes redes estão, cada vez mais, investindo em marca própria, mas sem perder os investimentos de trade. ‘’Queremos melhorar a nossa performance de trade marketing junto com nossas indústrias. Elaborando uma estratégia de marca exclusiva em determinada categoria vamos atrair também marcas de referência para investir nos PDVs’’, avalia.

Um bom exemplo, segundo ele, é a simeticona cuja marca líder de mercado é o Luftal, fabricado pela Reckitt. Ele detalha que a indústria investiu, fez promoção, divulgação, geração de demanda e fidelizou o consumidor. Há também os fabricantes de genéricos que têm qualidade, é uma opção mais econômica e geralmente o laboratório é parceiro comercial das redes.

 

Fonte: Panorama Farmacêutico 

GPA registra lucro de R$ 137 milhões no 3º trimestre e anuncia plano de eficiência para 2026

GPA registra lucro de R$ 137 milhões no 3º trimestre e anuncia plano de eficiência para 2026

O GPA reportou lucro líquido de R$ 137 milhões no terceiro trimestre do ano, com Ebitda ajustado de R$ 412 milhões, abaixo das estimativas do mercado. A receita líquida somou R$ 4,56 bilhões, alta de 1,4% em relação ao mesmo período de 2024.

A margem bruta atingiu 27,6%, enquanto a margem Ebitda ajustada foi de 9,1%. A companhia destacou crescimento de 4,1% nas vendas em mesmas lojas e liderança no e-commerce alimentar.

“Seguimos firmes na execução de um plano centrado na simplificação do negócio e no aumento da produtividade em todas as frentes”, afirmou o presidente do GPA, Rafael Russowsky.

O Capex totalizou R$ 146 milhões, queda de 36 milhões em um ano, refletindo a revisão da política de expansão e a racionalização de investimentos em tecnologia.

Em fato relevante, o grupo informou que seu conselho aprovou o Plano de Eficiência 2026, que prevê redução de despesas operacionais de R$ 415 milhões e investimentos entre R$ 300 milhões e R$ 350 milhões no próximo ano, quase metade do volume aplicado nos 12 meses anteriores.

Fonte: SA+ Varejo

Qualitá e Spoleto se unem em parceria inédita e lançam massas recheadas congeladas

Qualitá, marca própria das redes Pão de Açúcar e Extra Mercado, se une ao Spoleto, marca de culinária italiana do Grupo Trigo, para lançar parceria inédita de massas recheadas congeladas. As novidades chegam em cinco sabores: gnocchi de batatas, ravioli de queijos, ravioli de carne, ravioli de carne seca com requeijão e ravioli de espinafre com mussarela de búfala. Com embalagens de 400g.

“A collab com o Spoleto reforça o compromisso de Qualitá em inovar e oferecer novas experiências aos consumidores. Estamos sempre atentos as tendências do mercado, visando proporcionar aos nossos clientes as melhores opções de produtos, sempre unindo praticidade, sabor e diferenciação”, explica Anderson Brito, gerente comercial de marcas exclusivas do GPA.

“A parceria com Qualitá foi uma oportunidade de unir expertise e propósito. As receitas exclusivas desenvolvidas para a collab e produzidas em nossa fábrica traduzem o sabor autêntico das massas Spoleto e reforçam a nossa missão de democratizar a boa culinária. Os apaixonados por culinária italiana poderão preparar suas próprias receitas em casa, com a qualidade conhecida das duas marcas”, comenta Rodolfo Dana, diretor de Suprimentos do Grupo Trigo.

Os produtos já estão disponíveis nas lojas do Extra Mercado e do Pão de Açúcar em todo o Brasil, nos aplicativos Clube Extra e Pão de Açúcar Mais, além dos e-commerces das marcas.

Fonte: Super Varejo

 
Marcas Próprias

Reforma Tributária: o que muda para os supermercados de pequeno e médio porte?

Especialista da FGV alerta que período de transição exigirá atenção redobrada, revisão de sistemas e gestão inteligente de créditos

A nova Reforma Tributária, que passa a vigorar a partir de janeiro de 2026, promete simplificar o sistema brasileiro ao substituir cinco tributos sobre o consumo (PIS, Cofins, IPI, ICMS e ISS) por apenas dois: a Contribuição sobre Bens e Serviços (CBS) e o Imposto sobre Bens e Serviços (IBS). Mas, para o varejo supermercadista, especialmente as micro e pequenas empresas (ME e EPP) enquadradas no Simples Nacional, o caminho até essa simplificação será longo e repleto de desafios. “Até 2033, teremos uma convivência entre o sistema atual e o novo modelo tributário, o que exigirá atenção redobrada para evitar recolhimentos incorretos ou pagamentos duplicados”, explica Arnaldo Marques, coordenador do MBA em Gestão Financeira e Econômica de Tributos da FGV (Fundação Getúlio Vargas).

Segundo ele, o novo modelo trará mudanças na apuração, no crédito tributário e nas obrigações acessórias, exigindo investimentos em compliance fiscal e atualização de sistemas. “As empresas precisarão revisar sua base de produtos e classificar corretamente cada item conforme os novos códigos de tributação (cClassTrib). Isso será essencial para evitar erros e garantir conformidade”, afirma Marques.

Impactos diretos para o autosserviço alimentar

Os supermercados enquadrados no Simples Nacional continuarão a recolher tributos de forma unificada, mas haverá segregação automática dos valores destinados à União, Estados e Municípios por meio do sistema de split payment. Na prática, parte do pagamento será transferida diretamente aos cofres públicos, o que muda a dinâmica de fluxo de caixa e requer adaptações nos sistemas de gestão.

Além disso, as empresas do Simples não poderão aproveitar créditos de IBS e CBS, salvo se optarem pelo regime regular de débitos e créditos — decisão que deverá ser reavaliada semestralmente. “Supermercados com alto volume de insumos ou fornecedores que geram créditos podem se beneficiar dessa opção. Já os que atuam majoritariamente no varejo B2C devem manter o regime simplificado”, orienta Marques.

A reforma também afetará atividades comuns ao setor supermercadista, como aluguéis de imóveis comerciais. As receitas de locação, hoje isentas em muitos casos, passarão a ser tributadas pelo IBS e pela CBS, o que deve elevar custos e estimular renegociação de contratos.

Por outro lado, a unificação tributária promete reduzir burocracia e aumentar a previsibilidade na formação de preços, o que, na avaliação de Marques, pode melhorar a competitividade no médio prazo. “Com menos tributos e um modelo de não cumulatividade plena, os supermercados terão maior transparência e previsibilidade fiscal, elementos fundamentais para planejamento e margem”, destaca.

Durante o período de transição, entre 2026 e 2032, Marques recomenda que as redes supermercadistas, especialmente as menores, adotem três frentes prioritárias, uma vez que quem se antecipar à complexidade da transição sairá na frente. “A reforma traz oportunidades de eficiência, mas também riscos para quem não se preparar”, conclui o especialista da FGV.

  • Revisar a cadeia de fornecedores e priorizar parceiros regulares, aptos a gerar créditos de IBS/CBS;
  • Investir em tecnologia fiscal e capacitação das equipes contábeis;
  • Simular diferentes cenários tributários para decidir, com base em dados, se vale a pena permanecer no regime simplificado ou migrar para o regime regular.

Fonte: Super Varejo

Mix Mateus chega a 100 unidades com inauguração em Pernambuco

Nesta quinta-feira (30), o Grupo Mateus deu continuidade ao seu plano de expansão e inaugurou mais uma unidade de sua bandeira de atacarejo em Caruaru, município de Pernambuco. Com isso, a rede Mix Mateus chega ao número de 100 lojas, sendo a 13ª operação de atacarejo no estado.

“Além de ser a loja número 100 do Mix Mateus, é também a primeira inaugurada a quatro mãos após a fusão com o Novo Atacarejo”, afirma a companhia.

A unidade conta com 4.300 metros quadrados de área de vendas, 24 checkouts e mais de 200 colaboradores. Em 2025, o Grupo Mateus expandiu sua atuação com a inauguração de 14 lojas de varejo alimentar, totalizando 272 unidades em operação distribuídas em nove estados.

Apenas neste mês, foram três aberturas. Além de Caruaru, as outras foram realizadas nas cidades de Teresina (PI) e Fortaleza (CE). “Com esta inauguração, reforçamos nossa trajetória de crescimento e consolidamos nossa presença no Nordeste”, completa a companhia.

Fonte: Giro News

Plano de expansão da DPSP prevê 400 novas lojas até 2028

Plano de expansão da DPSP prevê 400 novas lojas até 2028

Grupo reforça presença regional e intensifica relação com consumidores

Foi revelado o novo plano de expansão da DPSP para os próximos anos. Em um momento de crescimento, o grupo celebrou recentemente os aniversários de suas duas redes de farmácias e projetou seu futuro. As informações são do Valor Econômico.

Com as Drogarias Pacheco e São Paulo completando 132 e 82 anos, respectivamente, a empresa definiu uma estratégia voltada ao fortalecimento de suas marcas e à maior proximidade com os consumidores.

SEJA EXPOSITOR DO PRINCIPAL EVENTO DE MARCAS PRÓPRIAS DO BRASIL 

Para alcançar a primeira meta, a varejista planeja inaugurar entre 300 e 400 lojas nos próximos dois ou três anos, com prioridade ao Nordeste e ao interior de São Paulo.

“Nosso propósito é trazer a saúde em primeiro lugar para o cliente, mas também para o colaborador e para o negócio. Foi isso que baseou todas as nossas ações”, afirma Marcos Colares, CEO do grupo.

Relacionamento com clientes guia expansão da DPSP

Já para atingir o segundo objetivo, o marketing tornou-se prioridade na lista de investimentos da empresa. A estratégia inclui ações em diversos tipos de mídias, como ambientes externos no Rio de Janeiro e em São Paulo, televisão e redes sociais, com a participação de diferentes influenciadores.

Segundo Adriana Brito, diretora de marketing e marcas próprias, o investimento da rede em marketing durante o mês de setembro foi cinco vezes maior que o de um mês comum, resultando em aumento de 12% no fluxo de clientes frente a agosto.

Ainda de acordo com a executiva, a DPSP criou este ano uma agência interna para estruturar e acelerar as iniciativas de comunicação. “Esse é um momento de transformação da empresa”, reforça Colares.

Em outra frente, a empresa investe em marcas próprias, reunidas sob o guarda-chuva Ever, que já representam mais de 4% do faturamento do grupo.

O portfólio inclui cerca de 800 itens, que vão de vitaminas a higiene pessoal, beleza e nutrição. Nessa área também estão os serviços de saúde, presentes em mais de 400 das 1.650 lojas distribuídas em nove estados e no Distrito Federal.

Grupo espera resultados já em 2025

O mercado farmacêutico faturou R$ 160,7 bilhões no Brasil em 2024, com crescimento de 12,9% frente ao ano anterior, de acordo com dados da 8ª edição do Anuário Estatístico do Mercado Farmacêutico da Secretaria Executiva da Câmara de Regulação do Mercado de Medicamentos (SCMED).

O faturamento da DPSP em 2024 atingiu a marca de R$ 16,5 bilhões. Desse montante, 26% foram provenientes do canal digital. Para 2025, a expectativa do CEO é elevar o faturamento em 10%.

Para Lucas Menezes, vice-presidente de comercial, digital e marketing do grupo, esses resultados só foram possíveis porque a companhia deu prioridade à regionalização na sua estratégia de marketing. “Não é possível falar com a loja do Recife do mesmo jeito que se fala com a de São Paulo”, diz.

“Criamos um pilar de marketing de lojas muito focado no regional, aproximando a marca das comunidades locais, das escolas aos postos de saúde”, complementa Menezes.

Fonte: Panorama Farmacêutico

As 5 tendências que vão mudar o consumo e o varejo em 2026

Estudo da Capgemini aponta que, cada vez mais, os consumidores recorrem à IA para comparar produtos e ler avaliações

A forma como as pessoas compram, descobrem e se relacionam com as marcas está passando por uma nova virada, com destaque para o avanço da Inteligência Artificial generativa, o crescimento das marcas próprias e a consolidação das experiências que unem o físico e o digital.

É o que mostra o estudo “Top Five Consumer Trends Set to Reshape Retail in 2026”, da Capgemini, apresentado por três líderes globais da consultoria: Dreen Yang, líder global da indústria de produtos de consumo e varejo; Mark Ruston, líder global de varejo; e Jessica Leitch, líder da Frog, agência de experiências e design da Capgemini na América do Norte.

Uma das tendências que devem ganhar força é o uso da Inteligência Artificial para criar experiências digitais de forma natural e contínua. Segundo o estudo, a tecnologia deixa de ser protagonista e passa a atuar nos bastidores, com aplicações voltadas a resolver problemas reais do consumidor e reduzir fricções na jornada de compra. Entre os exemplos, estão os sistemas de autoatendimento que utilizam visão computacional para identificar falhas e corrigir processos em tempo real.

“Os clientes não se importam qual tecnologia está apoiando a experiência, o que eles realmente querem é que ela ofereça a experiência que estão procurando. Também que os vendedores sejam transparentes ao explicar como seus dados estão sendo usados”, afirma Ruston.

A expansão de plataformas conversacionais como ChatGPT e Perplexity está mudando a lógica de pesquisa e decisão de compra. Segundo a pesquisa, cada vez mais, os consumidores recorrem à IA para comparar produtos, ler resumos de avaliações e receber recomendações personalizadas.

“Agora, passamos a usar um aplicativo online para complementar essas compras. Isso se tornou um hábito no último ano. Outro hábito novo é usar ChatGPT ou Perplexity para auxiliar nas compras. Por exemplo, comprei uma raquete de pickleball usando o Perplexity. Esses hábitos são novidades”, conta Yang.

Companheiros digitais autônomos

Para Jessica, a próxima fase da internet será marcada por uma presença digital mais fluida e menos dependente de cliques, com assistentes digitais autônomos capazes de acompanhar o consumidor em diferentes plataformas e momentos do dia.

“Hoje nós temos recomendações personalizadas e busca preditiva, mas há uma próxima onda, com interfaces personalizadas, conteúdo generativo e companheiros digitais autônomos, que vão se mover fluidamente por meio de dispositivos, vozes e contatos. Estamos caminhando para um ambiente invisível de IA, que nos envolve quietamente como consumidores e antecipa nossas necessidades, em vez de esperar o clique ou um comando”, explica.

O avanço das marcas próprias é outra tendência que deve se fortalecer em 2026. Antes vistas apenas como alternativas mais baratas, essas linhas ganham espaço e começam a competir diretamente com grandes marcas tradicionais.

“Hoje, 44% dos consumidores estão comprando marcas próprias mais baratas, em vez de marcas tradicionais. Porém, os fatores mais importantes para os consumidores são as avaliações muito positivas de outros usuários. Eles querem ver se outras pessoas estão tendo bons resultados com essa mudança, além de buscarem selos de vendedores e certificações de qualidade”, afirma Jéssica.

Mais do que a adoção de novas tecnologias, o que vai determinar o sucesso das empresas nos próximos anos é a confiança do consumidor. Segundo o estudo, esse será o ativo principal do varejo, em um cenário em que consumidores valorizam transparência e coerência nas interações com as marcas.

“A nossa última tendência trata da personalização em meio à possível invasão de privacidade. No centro dessa discussão está em como conquistar a confiança do consumidor, que é algo muito difícil de ganhar e extremamente fácil de perder”, diz Ruston.

Segundo ele, a confiança, especialmente nesse momento do digital, em que estamos aprimorando a capacidade de ajudar o consumidor a transitar com fluidez entre as lojas físicas e as experiências online, tornou-se essencial. “Hoje, o cliente pode estar em casa, assistindo a um vídeo da marca no TikTok, que o leva de volta à loja física. Esse movimento constante entre o on e o offline cria uma infinidade de pontos de contato com o consumidor final, e todos esses pontos têm um mesmo objetivo: construir confiança”, diz.

Fonte: Mercado & Consumo // Foto: Freepik