Nova Era pretende aumentar o faturamento em R$ 1 bilhão em 2025

Com atuação concentrada no Amazonas, Rondônia e Roraima, o Grupo Nova Era tem intensificado os investimentos em expansão e verticalização da operação. A estratégia inclui a inauguração de uma fábrica de alimentos, o lançamento de marcas próprias e a abertura de novas lojas no interior da Região Norte.

Fundado em Ji-Paraná (RO) em 1981, o grupo iniciou suas atividades como distribuidora de alimentos. Atualmente, a empresa conta com 43 unidades de negócio, cerca de 6.000 funcionários e também opera com as marcas Pátio Gourmet, com formato premium, e lojas autônomas em condomínios residenciais. Nos últimos anos, o crescimento veio por meio de aquisições.

A empresa incorporou a rede Big em 2020 e, em dezembro de 2024, adquiriu 5 unidades da bandeira Atak, cuja integração foi finalizada em fevereiro deste ano.

Agora, o foco se volta à expansão orgânica em cidades médias do interior. Cada nova loja segue o modelo atacarejo, com cerca de 4.500 m², e requer investimento de R$ 30 a 40 milhões. Além das vendas em grande volume, esses formatos incluem serviços como padaria, açougue e hortifrúti, o que amplia o tíquete médio.

O grupo também está investindo em marcas próprias, como parte de uma estratégia para aumentar a rentabilidade e reduzir a dependência de grandes fornecedores.

A GranBom, voltada à alimentação, e a Sertz, de eletros e produtos para o lar, são as duas primeiras marcas anunciadas. A linha deve incluir água de coco, molhos, frios e carnes, com previsão de comercialização futura para o pequeno varejo da região.

Com a inauguração de uma indústria de panificação em maio, o grupo também passou a produzir internamente pães, salgados e confeitaria para abastecimento das lojas. A operação na Região Norte impõe desafios logísticos. Para garantir o abastecimento, a empresa desenvolveu um sistema próprio com transporte refrigerado, atmosfera controlada e centros de compras em São Paulo e no Nordeste.

Além do transporte, a mudança no comportamento de consumo tem pressionado as margens do varejo. Outro desafio enfrentado é a escassez de mão de obra. Para tentar reter funcionários, o grupo mantém uma creche própria que atende gratuitamente 100 crianças. Mesmo assim, adotou o autoatendimento como medida de adaptação. Hoje, 30% das transações são realizadas via self-checkout.

Fonte: SA + Varejo