Preferência por marcas próprias cresce entre consumidores brasileiros

O crescimento das marcas próprias no varejo

A adoção de marcas próprias vem ganhando força no mercado brasileiro, impulsionada pela busca dos consumidores por opções mais econômicas. De acordo com a nova edição do EY Future Consumer Index (FCI), 76% dos entrevistados no Brasil afirmam perceber melhora na qualidade desses produtos — um resultado 13 pontos percentuais acima da média global.

A pesquisa, realizada entre 24 de janeiro e 20 de fevereiro de 2025, ouviu 20,2 mil consumidores em 27 países, sendo 1.003 no Brasil. O estudo permite comparar o comportamento de compra em diferentes mercados e identificar como o consumidor está redefinindo critérios de valor e escolha em meio ao cenário de maior controle de gastos.

Preferência por marcas próprias

Os dados evidenciam um reposicionamento das marcas próprias na mente do consumidor: itens antes associados a menor qualidade passaram a ser vistos como uma alternativa legítima e confiável. O contexto econômico, marcado por maior cautela e racionalização do consumo, aparece como fator determinante para essa mudança de percepção.

  • 84% dos entrevistados no Brasil perceberam redução do tamanho das embalagens sem diminuição proporcional do preço.
  • 83% afirmam ter alterado seus hábitos de compra devido ao aumento do custo de vida.
  • 66% declaram que elas ajudam a economizar dinheiro, crescimento de 7 pontos percentuais em relação à edição anterior do estudo (2024).

A evolução da percepção está ligada a investimentos das varejistas em qualidade, variedade e posicionamento estratégico dessas linhas.

  • 76% dos consumidores brasileiros perceberam aumento da oferta de marcas próprias nas prateleiras — 12 pontos acima da média global.
  • Entre consumidores de maior renda, o índice sobe para 84%.
  • 70% afirmam que esses passaram a ocupar locais mais estratégicos e visíveis nas lojas.
  • 41% dos consumidores no Brasil estão dispostos a testar novas marcas, índice 10 pontos acima da média global, indicando menor fidelidade às tradicionais.

O estudo também evidencia o impacto dessa mudança sobre as grandes marcas: 64% dos consumidores brasileiros afirmam que as marcas próprias atendem às suas necessidades tão bem quanto as tradicionais. Esse resultado pressiona fabricantes estabelecidos a justificar preços mais altos por meio de atributos adicionais, como diferenciação, comprovação de qualidade ou propostas de valor mais claras.

Fonte: Tribuna de Minas 

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