Na Panvel, genéricos e marca própria ocupam o espaço da Ivermectina e dos testes de covid

Panvel

Um impulso dos medicamentos genéricos aliado à estratégia de produtos próprios e entrega rápida no e-commerce permitiram à Panvel crescer em vendas mesmo em relação a uma base pouco comparável. O grupo gaúcho apresentou receita bruta 14% superior no primeiro trimestre, de R$ 1,1 bilhão, agora sem o impulso da pandemia — no início de 2022, a variante ômicron fez disparar a procura por testes de Covid, máscaras e medicamentos.

Na rentabilidade, no entanto, a pressão de custos do setor e as despesas financeiras apertaram o lucro líquido em 14%, para R$ 20,8 milhões no trimestre. Ainda assim, com o investidor colocando tudo quanto é varejo no mesmo balaio, a Panvel pode se gabar de uma alavancagem de apenas 0,8 vez, com R$ 257 milhões no caixa.

Com o fim do efeito pandemia, o crescimento de 22,5% na venda de genéricos e de 25,8% em higiene e beleza compensou as perdas em vendas de Ivermectina e testes de covid. O desempenho nas categorias é fruto de uma estratégia de parcerias que a rede de farmácias, da distribuidora de medicamentos Dimed e do laboratório Lifar, já vinha firmando com a indústria e fornecedores para oferecerem os mesmos compostos dos medicamentos de referência a preços mais acessíveis.

“Nos últimos anos, a gente passou por uma série de negociações com a indústria para disponibilizar as moléculas com preço mais adequado para o nosso cliente”, diz Antônio Napp, CFO e diretor de RI da Panvel ao Pipeline.

No segmento de higiene e beleza, a rede de farmácias consegue atuar com margens maiores da marca própria — historicamente superior a 35%. O private label já representa mais de 7% de todo o resultado da Panvel e 20% se considerada apenas sua categoria, que não inclui remédios. São cerca de mil SKUs, entre vitaminas, curativos, produtos de beleza, higiene e bem-estar.

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