Marcas próprias em alta: o que realmente está em jogo no novo xadrez do consumo?

Marcas próprias em alta: o que realmente está em jogo no novo xadrez do consumo?

O consumidor deixou de associar marcas próprias à qualidade inferior. Ao contrário: passou a transferir ao produto a confiança que já deposita no varejista

Se alguém ainda duvida da força das marcas próprias no varejo, talvez precise rever o que entende por fidelidade do consumidor. O jogo virou silenciosamente, é verdade, mas com força suficiente para tirar o sono de grandes fabricantes. Não estamos apenas diante de uma estratégia de precificação. Estamos assistindo a uma mudança de cultura de consumo que exige ação imediata das marcas tradicionais.

De acordo com um estudo recente da Kantar, 99,9% dos lares americanos já consomem marcas próprias. Ponto. O dado não é apenas alto; ele é quase absoluto. E, mais do que isso, se apenas 10% dos compradores ocasionais se tornarem recorrentes, o impacto pode superar os US$ 8,7 bilhões em perda anual para marcas nacionais. Estamos falando de uma disrupção silenciosa e crescente.

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O que está por trás disso? Preço, claro. Mas não só. O consumidor deixou de associar marcas próprias à qualidade inferior. Ao contrário: passou a transferir ao produto a confiança que já deposita no varejista. Grandes redes entenderam isso. Investiram em design, experiência, diferenciação. O resultado? Um novo patamar de percepção de valor. Hoje, 20% dos consumidores já enxergam as marcas próprias como premium.

As marcas nacionais estão diante de um dilema. Não adianta apenas abaixar preço ou repetir fórmulas antigas de publicidade. A diferenciação precisa ser real, tangível. E, principalmente, percebida. A inovação não pode ficar restrita aos planos e projetos, ela precisa chegar à gôndola. Não basta comunicar saúde e bem-estar: é preciso entregar de fato. Não adianta ter tradição se não houver conexão emocional com o consumidor.

A zona de conforto acabou. E é exatamente isso. Só sobreviverão as marcas que entenderem que não basta vender um produto. É preciso vender uma experiência. Um propósito. Uma confiança.

O futuro do consumo não será binário entre marcas próprias e marcas nacionais. Será seletivo. O consumidor vai escolher quem respeita sua inteligência e entrega o que promete. E quem não entender isso, ficará para trás.

Fonte: Mundo do Marketing

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