Segundo dados apresentados pela Nielsen IQ, o avanço da inflação de alimentos e a perda de poder de compra impulsionam uma mudança no comportamento do consumidor brasileiro: 58% planejam ampliar a compra de produtos de marca própria ainda este ano e em 2026. De acordo com a pesquisa, o segmento de marca própria cresce em média 9,2% ao ano no Brasil.
As compras em autosserviços (supermercados, inclusive via e-commerce) e farma têm maior concentração de vendas, sendo os estados com maior volume de operações Rio de Janeiro, Minas Gerais e Espírito Santo.
Os produtos que têm sido mais adquiridos são as bebidas à base de vegetais/cereais, cortes suínos, absorvente interno, inseticidas domésticos aerossol e margarina – os quais integram as 10 categorias que respondem por 42,5% do faturamento de marcas próprias nas vendas pela modalidade autosserviço.
Dados globais
Globalmente, marcas próprias atingiram 22,8% de participação em 2024 e 53% dos consumidores dizem estar mais propensos a comprar marca própria do que antes. A América Latina é a 2ª região com maior crescimento (+3,7%), tendo como destaques Colômbia, Costa Rica, Argentina e Peru. Além disso, jovens têm confiado cada vez mais nas marcas próprias.
Para Pietro Bastos, da Nielsen IQ, o avanço da marca própria deve acelerar, impulsionado pelo potencial ainda pouco explorado no Brasil e pelo aumento da confiança do consumidor. “Não se trata apenas de preço: marca própria amplia acesso a categorias, qualidade e produtos saudáveis”, destaca o executivo.
Fonte: Giro News



