Como Decathlon pretende ampliar portfólio ‘Ecodesign’ e conciliar faturamento com metas verdes

Como Decathlon pretende ampliar portfólio ‘Ecodesign’ e conciliar faturamento com metas verdes

Itens de marcas próprias com selo de menor impacto ambiental registraram crescimento de vendas em 2025 frente aos demais produtos

Com compromissos públicos de sustentabilidade na operação global em mais de 60 países, a varejista francesa Decathlon pretende expandir a presença de produtos feitos com menor impacto ambiental nas 50 lojas brasileiras e e-commerce, por meio de suas marcas próprias, para todas as suas linhas.

Para o Estadão, executivos da companhia de artigos esportivos disseram que os itens identificados nas prateleiras com o selo “Ecodesign” têm ganhado o interesse do consumidor, registrando importante crescimento nas vendas frente às demais peças.

Em todo o ano de 2024, 42,2% dos produtos vendidos no Brasil vieram de produção “Ecodesign”. Já no primeiro semestre de 2025, o número saltou para 52%. O volume posiciona a subsidiária brasileira em 12 pontos porcentuais acima da média de vendas desses artigos nos demais países.

No Brasil, 23% do faturamento da companhia vem das peças produzidas localmente, e quase metade delas já seguem os critérios de menor impacto ambiental, segundo dados da companhia. A empresa não divulga valores específicos do balanço da varejista no País.

No faturamento global (compreendendo os 60 países), a companhia registrou € 16,2 bilhões (o equivalente a pouco mais de R$ 102 bilhões) no ano de 2024. O lucro global foi de € 787 milhões (R$ 4,4 bilhões).

“Tivemos muitas conversas sobre como crescer sem impactar o meio ambiente, sendo coerente com a nossa trajetória. E chegamos à conclusão de que tínhamos que reduzir o impacto por pessoa, por artigo esportivo”, afirma o CEO da companhia no Brasil, Cédric Burel. “Conseguindo que cada um dos produtos consuma menos dióxido de carbono na sua cadeia completa, reduzimos o impacto. Assim, conseguimos resolver a equação de crescer impactando menos.”

Inicialmente, a companhia trabalhava com a meta de chegar a 100% de produtos mais ecológicos à venda até 2026, mas houve uma reavaliação. “Quando a meta foi estabelecida, ela foi muito ambiciosa porque, se não colocássemos uma ambição, não iríamos sair do lugar. (Hoje) quando falamos de 100%, queremos dizer que não vamos deixar uma categoria de produtos sem fazer esse trabalho de repensar (a produção), isso não será feito só com uma linha de produtos.”

A escala na produção menos poluente poderá sair do segmentos de meias e têxtil, que são responsáveis por 70% do faturamento dentre o que é fabricado no Brasil, explica a diretora de zona de produção na América, Dânia Hage. “Hoje, de todos os componentes têxteis desenvolvidos no Brasil, já temos soluções (sustentáveis) para 83% deles. Então, se conseguirmos atingir o têxtil, chegaremos no Brasil em 80%, mais ou menos, da nossa meta. Estamos mais focados nisso do que em um indicador preciso”, pondera.

Confira a reportagem completa no Estadão // Foto: Gabriel Alves/Decathlon

 

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